‘Caso Carvanne’: empresário tem 6 pedidos de prisão
Mais de 130 Boletins de Ocorrência foram registrados e o empresário foi 42 vezes indiciado pela Polícia Civil, em 45 inquéritos instaurados.
Nesta semana, completou um mês que a 1ª Vara Criminal de Bragança Paulista determinou a primeira prisão preventiva do empresário proprietário da loja Carvanne Automóveis, localizada na Avenida Antônio Pires Pimentel, no Centro.
Nos últimos 30 dias, outros 4 mandados de prisão foram expedidos contra Christoffer Carvalho Silva, que desde então encontra-se foragido da Justiça. Sua loja encontra-se fechada e ele não atualiza mais suas mídias sociais e apagou um “vídeo de esclarecimento”.
Nesta quinta-feira (21) o Em Pauta entrevistou a delegada Nagya Andrade, da Central de Polícia Judiciária (CPJ) de Bragança Paulista, que afirmou que até o momento já foram registrados 136 Boletins de Ocorrência relacionados ao ‘Caso Carvanne’.
Em razão da existência de muitas vítimas com considerável prejuízo financeiro, o Ministério Público pode solicitar o bloqueio das contas dos investigados, bem como da pessoa jurídica, cartório de registro de imóveis, enfim, tudo que possa ser útil para o ressarcimento às vítimas.
“As investigações prosseguiram, foram instaurados aproximadamente 45 inquéritos policiais e estamos com 5 mandados de prisão preventiva com relação ao Christoffer em aberto”, afirmou a delegada.
“O indiciamento está ocorrendo em todos os inquéritos, quando concluo que houve o delito. São casos distintos e 42 indiciamentos distintos. Ele já foi indiciado pelos crimes de estelionato, falsidade ideológica, associação criminosa”, explicou Nagya Andrade.
Quando perguntada pelo Em Pauta, de quando o empresário teria se beneficiado monetariamente com os supostos golpes, a delegada respondeu que “é um valor ainda difícil de se apurar, pois são transações feitas envolvendo vários veículos de valores diferentes, uma estimativa da Polícia Civil é um prejuízo às vítimas na ordem de R$ 4 milhões”, disse.
OUTROS ENVOLVIDOS?
A Polícia Civil já concluiu que outras pessoas participaram das supostas práticas criminosas. “É certo que os funcionários dele tinham o conhecimento das atividades ilícitas de Christoffer Carvalho Silva. Foram e também estão sendo indiciados. E conseguimos ao longo desse um mês identificar várias pessoas que emprestavam o nome para ele fazer os financiamentos. Estas pessoas foram e estão sendo indiciadas por falsidade ideológica”, afirmou a delegada.
“Os bancos também estão sendo investigados. Foram expedidos precatórios para isto. Assim como parceiros do Christoffer que emprestavam login e senha para ele fazer os financiamentos”, complementou.
Outras duas pessoas indiciadas pela Polícia Civil no ‘Caso Carvanne’, não tiveram as prisões decretadas até o momento. O Em Pauta entrou em contato com o advogado Cesar Augusto Leme, defensor de Christoffer Carvalho Silva, para saber se Christoffer pretende se entregar à polícia, mas não obteve retorno até a publicação desta reportagem.
PARADEIRO
O Setor de Inteligência da Polícia Civil do Estado de São Paulo atua no caso. Os mandados estão em posse deste setor. Outras informações não foram divulgadas.
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