Prefeitura de Bragança libera frota de ônibus mais velha da JTP

Prefeitura de Bragança libera frota de ônibus mais velha da JTP
Incêndio ocorrido em um ônibus de transporte coletivo de Bragança Paulista, no ano de 2022, no bairro Boa Vista dos Silva.

A Prefeitura de Bragança Paulista publicou em edição extraordinária da Imprensa Oficial um Extrato de Aditamento envolvendo o transporte público no município. A cidade terá uma frota de ônibus mais velha.

De acordo com o documento publicado na quarta-feira (31), a empresa JTP Transportes, Serviços, Gerenciamento e Recursos Humanos Ltda está autorizada a aumentar a idade média de sua frota. A gestão do prefeito Amauri Sodré flexibilizou os atuais 66 meses (5 anos e meio) da idade média da frota, para 84 meses (7 anos).

Portanto, com a medida, os usuários do transporte público terão à sua disposição uma frota mais velha em Bragança Paulista. Entre as consequência de ter uma frota com mais tempo de vida, estão as quebras durante viagens.

A justificativa apresentada é “restabelecer o equilíbrio econômico-financeiro do contrato, mantendo a tarifa de remuneração no valor calculado”. Esta tarifa tem o valor de R$ 10,51 em Bragança Paulista, desde abril de 2024. Deste valor, R$ 4,50 são pagos pelos passageiros e R$ 6,01 pelos cofres da Prefeitura.

APORTE MILIONÁRIO 

Em outubro de 2023 o Em Pauta noticiou um aporte de R$ 7 milhões e 800 mil dos cofres públicos municipais para JTP, por serviços prestados. Na ocasião foi alegado suposto prejuízo na execução do contrato.

Isto soma-se a uma outra indenização, que veio a público em março de 2023, durante a 7ª Sessão da Comissão de Justiça da Câmara Municipal. Na oportunidade o então secretário municipal de Assuntos Jurídicos, Tiago José Lopes confirmou que a Prefeitura iria pagar para a JTP outros R$ 20 milhões dos cofres públicos, por estas mesmas indenizações.

CEI PARA INVESTIGAR CONTRATO NUNCA SAIU DO PAPEL

Nos anos de 2022 e 2023, os vereadores Miguel Lopes e Quique Brown tentaram instalar a ‘CEI da JTP’ na Câmara Municipal, para investigar o contrato do transporte coletivo. Todavia, nunca obtiveram as assinaturas necessárias. Para que a Comissão Especial fosse instaurada, de acordo com o Regimento Interno, seria necessária a adesão de um terço dos vereadores, ou seja, sete deles.

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