Acusado de homicídio em 2010 é preso e deve ir a julgamento

Acusado de homicídio em 2010 é preso e deve ir a julgamento

Na tarde da última quinta-feira (13), policiais militares da Força Tática do 34º Batalhão de Polícia Militar do Interior capturaram Renan Guilhobel Mota Gonçalves, de 38 anos. Ele é acusado de cometer um brutal homicídio há 14 anos, no Jardim da Fraternidade, em Bragança Paulista.

Os policiais estavam em patrulhamento pela Rua Piracaia quando abordaram um indivíduo em atitude suspeita. Após consulta aos antecedentes criminais, foi constatado que o acusado possuía um mandado de prisão em aberto. Os policiais o conduziram ao Plantão Central da Polícia Civil de Bragança Paulista, onde ele permaneceu à disposição da Justiça.

De acordo com o boletim de ocorrência, havia contra ele um mandado de prisão preventiva expedido pela Vara do Júri do Fórum de Bragança Paulista.

Dessa forma, enfim, Renan poderá ir novamente a julgamento, já que, apesar de ter sido condenado em 2019, teve a pena anulada.



O CRIME

Renan tinha 24 anos quando matou sua companheira, Fernanda Sanches Correia, de apenas 18 anos, com diversas facadas.

O crime ocorreu em julho de 2010. Dias antes, a vítima descobriu que o rapaz estava mantendo conversas por computador com outras mulheres e decidiu se separar. Ele não aceitou a separação e planejou o crime.

Um dia antes do crime, Renan pegou as roupas e saiu de casa. Ele tirou uma cópia da chave e, como sabia a hora em que Fernanda ficava sozinha na casa, entrou no local e a matou brutalmente.

Na época, o pai desconfiou que algo tinha acontecido porque a menina pegava carona com uma tia para ir ao trabalho, mas, naquele dia, não apareceu. Ele tentou ligar para o celular dela e para a residência, mas ninguém atendeu. Fernanda já estava morta quando o pai chegou à residência.

JULGAMENTOS ADIADOS E CANCELADOS

Desde o crime em 2010, a família espera por Justiça. O julgamento do caso foi adiado duas vezes em 2018, uma delas por causa da greve de caminhoneiros e outra pela ausência de uma testemunha no dia do julgamento.

Posteriormente, Renan chegou a ser condenado a 22 anos e 4 meses de prisão. O julgamento aconteceu em 2019, mas foi anulado em 2ª instância. Nessa época, Renan estava preso por tráfico de drogas e continuou preso por um tempo, mas foi liberado após cumprir a pena por tráfico.

Durante o julgamento que acabou cancelado, Renan confessou que matou a mulher Fernanda. Na época, o julgamento do caso durou cerca de 9 horas.

Porém, com o cancelamento do julgamento, um novo júri foi marcado para 29 de março de 2023. Acontece que, na data, Renan não compareceu ao Fórum de Bragança Paulista, onde estavam presentes o juiz, a promotoria, os jurados, os advogados, as testemunhas, os familiares e os amigos de Fernanda.

O julgamento foi, então, cancelado.

Na época, a promotora Carmen Natália Alves Tanikawa, da 6ª Promotoria de Bragança Paulista, pediu a decretação da prisão preventiva para garantia da ordem pública e segurança da aplicação futura da lei penal. A Justiça, então, determinou a prisão de Renan, o que só ocorreu nesta quinta-feira.

Portanto, agora com Renan preso, um novo júri deve ser agendado.

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