Quatro são acusados de usar digitais de silicone para obtenção de CNH
Quatro homens, com idades entre 43 e 53 anos. foram presos pela Polícia Civil acusados de fraudar sistema de obtenção de Carteira Nacional de Habilitação (CNH) em Bragança Paulista e Atibaia. As prisões aconteceram na quinta-feira, 3, e foram efetuadas durante a Operação Falanges. Os acusados usavam digitais de silicone para enganar o sistema.
Conforme o apurado pelo Jornal Bragança Em Pauta, há cerca de 20 dias a Polícia Civil de Bragança deu início a investigações.
O objetivo era apurar se um escritório de assessoria ao trânsito de Bragança Paulista e cidades da região estaria envolvido com uma auto escola e também com curso de formação de condutores da cidade de São Paulo na obtenção fraudulenta de CNH.
A informação era que os escritórios captavam clientes e facilitavam a obtenção da CNH junto ao DETRAN de São Paulo.
Com as Investigações os policiais descobriram então que alguns dos registros já integravam os sistemas DETRAN e continham realmente endereços em São Paulo que não tinha qualquer relação com os habilitados e pré-habilitados.
A Polícia Civil apurou ainda que o escritório de um dos preso elaborava os falsos comprovantes de residência, que facilitavam e habilitavam para acesso ao sistema de CNH em São Paulo.
Além disso, segundo as investigações da Polícia Civil, também havia facilitações em exames, aulas e conclusão da
habilitação.
Diante das investigações os policiais conseguiram, na 1ª Vara Criminal de Bragança Paulista, mandados de busca e apreensão em estabelecimentos e residência de dois suspeitos. em Bragança Paulista e Atibaia.
As prisões
Durante as buscas, a Polícia Civil encontrou em um computador uma conta de telefone celular cujo endereço do cliente não era o verdadeiro.
No escritório, além dos funcionários havia quatro clientes que iniciariam o processo de habilitação em São Paulo. Quando a polícia fazia as buscas, aliás, um motorista de aplicativo chegou no local. Ele disse que tinha sido contratado para levar os quatro futuros motoristas para São Paulo.
Chamou atenção da polícia o fato de um dos clientes inclusive ser analfabeto.
Conforme o registrado no boletim de ocorrência o acusado assumiu integralmente a responsabilidade pelos atos do escritório, inclusive os fraudulentos. Confessou ainda que o esquema incluía moldes de silicone com impressões digitais para simular o sistema online.
O primeiro passo para a fraude era conduzir os clientes para o registro real e legal no posto DETRAN, do Poupatempo do shopping Aricanduva. Ali, no entanto, os clientes já usavam os endereços forjados.
A partir de então, as aulas e exames ficariam tudo a cargo da Auto Escola Paulista, com sede na capital. Os policiais também se dirigiram para o local.
Lá, apesar de ser constatada a abertura online de sistema de aula não havia alunos. Para abrir o sistema eram usados moldes de silicone, que estavam guardados no local.
A polícia testou um dos moldes que realmente ativou o sistema online DETRAN. Foram apreendidos então 40 jogos de moldes com impressões digitais e dados de CPF e nomes.
Um dos presos, proprietário do Centro de Formação de Condutores, possuía um cartão de assinatura digital que permitia que o sistema pudesse ser validado e ativado.
Os quatro foram autuados em flagrante de delito e encaminhados para audiência de custódia.
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