Quarta é dia de ver a “Lua Azul” e não é no filme dos smurfs
No dia 31 de janeiro teremos três fenômenos envolvendo a Lua: a Super Lua, a Lua Azul e um Eclipse Lunar. Quem já assistiu os filmes dos Smurfs com certeza, já ouviu falar em Lua Azul, mas você sabe o que estes fenômenos significam? Qual a explicação científica por trás deles?
O Bragança Em Pauta, separou dicas do professor e astrônomo, Cássio Barbosa, do Centro Universitário FEI, que esclareceu mitos e verdades sobre cada um destes fenômenos. Confira!
A Super Lua é uma Lua cheia
A Super Lua, como é conhecida popularmente, é na verdade uma Lua cheia que ocorre nas proximidades do ponto da órbita em que a Lua está mais próxima da Terra, chamado de perigeu. “Pela proximidade com a Terra, a Lua parece ser maior e mais brilhante no céu.
A diferença de tamanho é mais fácil de se perceber quando a Lua está mais próxima do horizonte”, explica o professor. O astrônomo também ressalta que não há uma grande alteração de tamanho e brilho, por isso, não se frustre: poucas pessoas conseguem perceber que é uma Super Lua.
Na Lua Azul, a Lua não fica azul
O segundo fenômeno é a Lua Azul. “Na verdade, a Lua Azul é apenas um apelido dado a segunda Lua cheia, que acontece no mesmo mês. E a Lua não fica azul!”, esclarece o astrônomo. No dia primeiro de janeiro tivemos uma Lua Cheia – que também foi uma Super Lua – e como o tempo entre as duas Luas cheias é de aproximadamente 29 dias, até o fim do mês teremos mais uma Lua cheia e a ela damos o nome de Lua Azul.
Eclipse lunar deixará a Lua com tom alaranjado
A Super Lua e a Lua Azul coincidem com um terceiro fenômeno, um eclipse lunar.
Em um eclipse lunar, a Lua mergulha na sombra da Terra ficando com uma cor alaranjada, por causa dos raios de luz que atravessam a atmosfera terrestre.
“Dependendo do grau de poluição de nossa atmosfera ela pode ficar entre um avermelhado forte, cor de tijolo, até um laranja bem sutil”, conta Cássio.
O astrônomo também destaca que textos apocalípticos falam em Lua de Sangue e por semelhança com a coloração da Lua em eclipses lunares, muitas pessoas associam uma coisa à outra.
No entanto, o termo científico correto para este fenômeno é eclipse lunar. “Infelizmente, esse eclipse lunar não será visto no Brasil em 31 de janeiro. Mas, em 27 de julho deste ano, teremos outro eclipse lunar e este será visível no Brasil”, conta o professor da FEI.
Com que frequência esses fenômenos acontecem?
A Super Lua é um evento bem comum, em geral há 2 ou 3 delas a cada ano, já a Lua Azul acontece uma vez a cada um ou dois anos.
Os eclipses são bastante comuns e, em geral, acontecem pelo menos 2 vezes todo ano em algum lugar do planeta. “A próxima Lua Azul acontece dia 31 de março, mas a próxima Super Lua acontece apenas no ano que vem, dia 21 de janeiro”, destaca Cássio.
Qual a melhor forma de observar a Super Lua e a Lua Azul?
Para observar a Super Lua, que será também uma Lua Azul, não é preciso usar nenhum instrumento. É só ir para um espaço aberto com ampla visão do céu.
É melhor ver a Lua quando ela está baixa no horizonte, além dela ter uma coloração mais amarelada, a proximidade com objetos como árvores e prédios permitem fazer uma comparação de tamanhos. Essas condições são interessantes, também, para tentar uma foto bonita.
Apesar desses fenômenos acontecerem com uma certa frequência, sempre despertam a atenção do público e fazem as pessoas olharem para o céu.
Como destacado pelo professor Cássio Barbosa, “isso pode parecer pouca coisa, mas você se lembra a última vez que tentou contemplar as estrelas? Esse é um hábito cada vez mais difícil na vida moderna”.