Queimadas nas estradas aumentam nesta época do ano e merecem atenção
Entre julho e setembro acontecem mais da metade dos casos de queimadas às margens das rodovias no Estado, segundo a Agência de Transporte do Estado de São Paulo – ARTESP. Por isto, a agência e as concessionárias dão atenção especial no combate e prevenção do problema nesta época.
Além de intensificar as ações de combate a focos de fogo às margens das rodovias, também são promovidas as campanhas de alerta e conscientização dos motoristas para os riscos provocados por essas ocorrências.
A ARTESP coordena junto as concessionárias as ações ligadas à Operação Corta Fogo, conjunto de atividades e iniciativas que visa combater os casos de queimadas em todo o Estado.
O programa de prevenção tem coordenação da Secretaria Estadual do Meio Ambiente e envolve diversos órgãos estaduais, como Defesa Civil e Corpo de Bombeiros, entre outros.
O tempo seco dos meses de inverno facilita a propagação dos incêndios, e os trechos rodoviários são sensíveis a essas características climáticas devido à vegetação que margeia as estradas.
Em 2017, as concessionárias que administram os 8,3 mil quilômetros de rodovias sob concessão atenderam 6.063 casos de queimadas, dos quais 3.835 (63,2%) no período entre julho, agosto e setembro.
O mês mais crítico foi setembro, que teve o registro de 1.455 ocorrências.
Nas rodovias, além do problema ambiental, o alastramento do fogo representa risco à segurança para os motoristas, já que a fumaça reduz a visibilidade.
Operação Corta Fogo. Nessa época do ano, as concessionárias, sob gerenciamento da ARTESP, intensificam as ações operacionais para prevenir e combater as queimadas. Os funcionários que trabalham na inspeção de tráfego – que circulam em viaturas pelo trecho concedido para atendimento aos usuários – levam nos veículos abafadores para iniciar o combate a pequenos focos de incêndios.
Algumas dessas viaturas são equipadas, inclusive, com pequenos tanques de água para auxiliar no combate às chamas.
Além disso, carros pipas ficam de prontidão em pontos estratégicos para realizar o combate ao fogo no tempo mais breve possível. Também há grande interação com o Corpo de Bombeiros.
Ainda como parte das ações adotadas, algumas concessionárias firmam parcerias com usinas, indústrias e outros estabelecimentos empresariais com estrutura para o combate ao fogo. Em trechos urbanos de algumas rodovias é desenvolvido um trabalho junto à comunidade com orientações sobre o risco de atear fogo ao lixo e outros detritos próximo à rodovia.
Segundo a Artesp, a partir desta semana estão sendo divulgadas mensagens educativas e de alerta inseridas nos painéis de mensagem eletrônica das rodovias e banners no site da ARTESP e das concessionárias.
O principal alerta dado ao motorista é que ele comunique a concessionária, através do serviço 0800 de cada rodovia, sobre focos de incêndio observados ao longo da viagem. Para reforçar essa mobilização, as concessionárias programaram também algumas ações com distribuição de panfletos nos pedágios.
Dicas de segurança. As queimadas comprometem a segurança do motorista, já que a fumaça reduz a visibilidade, o que pode levar a acidentes, principalmente colisões traseiras. No caso do motorista se deparar com alguma queimada na rodovia, além de avisar os órgãos competentes, ele pode tomar algumas precauções para prevenir acidentes:
– fechar os vidros do veículo;
– manter distância segura do veículo da frente;
– trafegar com farol baixo aceso;
– não ligar o pisca alerta com o veículo em movimento;
– não parar na faixa de rolamento.
Causas. Uma das principais causas de queimadas nas rodovias é o lançamento de pontas de cigarros pelas janelas dos veículos. Essa “bituca” acesa serve de ignição para o incêndio na vegetação seca. Outros fatores são a utilização de fogo para limpeza de terrenos, queima de lixo, fogueiras, queimadas para fins agrícolas não autorizadas e a queda de balões. Nas faixas de domínio das rodovias, boa parte dos focos é provocada pela própria população vizinha à estrada ou transeuntes, principalmente nas áreas mais próximas aos aglomerados urbanos. Por isso toda a vigilância é necessária.