Com 1 voto contrário, Câmara aprova vacina para vereadores
Foi publicado na Imprensa Oficial do município de ontem (20) a resolução da Câmara Municipal de Bragança Paulista que torna obrigatória a vacinação contra COVID-19 para vereadores, servidores, terceirizados e estagiários do Legislativo. A medida foi promulgada pela presidente Gi Borboleta e é datada de 19 de outubro de 2021.
O projeto foi aprovado na Câmara por 16 votos a 1. O único vereador que votou contra foi o vereador bolsonarista Ismael Brasilino, do PSD. Esteve ausente na votação a vereadora Camila Marino da Saúde (MDB).
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DEBATE QUASE CONSENSUAL
Com a maioria dos vereadores pensando da mesma forma, sobre a necessidade da vacina para todos, não houve grandes debates sobre o tema.
“Projeto importante, necessário. A vacinação trouxe uma nova realidade para a pandemia no Brasil, isto é um fato! A cloroquina não resolveu as questões da pandemia, a imunização de rebanho não funcionou também e o que tem funcionado é a vacinação. Negar a vacina hoje é um perigo para a sociedade”, afirmou o vereador Quique Brown (PV).
“É público e notório como a vacinação previne a incidência desta doença que acometeu tantas pessoas. É inadmissível que tenhamos que exigir este tipo de atitude de algumas pessoas. Se trata de uma questão de respeito, de eu me proteger e também proteger o próximo, sobretudo, nós que somos pessoas públicas e estamos em contato com a população”, disse a vereadora Gi Borboleta.
“Sou a favor do diálogo, mas essa forma gentil de exigir o comprovante da vacinação incentiva a população a se vacinar”, afirmou Miguel Lopes (PTB).
VOTOU CONTRÁRIO E ESCOLHEU VACINA
Embora tenha dito que apoie a vacina, o vereador bolsonarista Ismael Brasilino votou contrário ao projeto que poderia eventualmente cassar o mandato de vereadores que não se imunizassem.
“Não concordo com a obrigatoriedade que está sendo feita pelo projeto… Os vereadores, que por convicção própria optem por não tomar a vacina poderão ter o seu mandato cassado em alguns casos”, argumentou.
Além disto, Brasilino relatou que se vacinou, mas para isto, escolheu a vacina que iria tomar. Estas pessoas ficaram popularmente conhecida como “sommelier de vacina” e em muitas cidades, como São Paulo por exemplo, foram encaminhadas ao final da fila de imunização.
“Ser sommelier de vacina significa que você ainda não entendeu nada sobre como vacina funciona. Todas as que a gente têm são exatamente equivalentes na sua eficácia na prevenção de doença moderada, grave, hospitalização e óbito”, afirmou a infectologista Luana Araújo em entrevista à CNN.
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