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Serviços de saúde orientam que cidadãos não procurem hospitais à toa
Mundo a fora, um surto de Influenza (gripe) paralelamente a pandemia da COVID-19 preocupa as autoridades sanitárias. Em Bragança Paulista não é diferente. Nos últimos dias os hospitais têm batido recordes de atendimento. Diante deste cenário, a Prefeitura de Bragança Paulista realizou na manhã desta terça-feira (28), uma live com representantes da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Vila Davi, Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), Pronto Atendimento Bom Jesus, Hospital Universitário São Francisco e Santa Casa de Bragança Paulista.
Ao todo 13 profissionais destas unidades de saúde, além do vice-prefeito Amauri Sodré, participaram da transmissão ao vivo que aconteceu no gabinete da Prefeitura de Bragança Paulista. Nem o prefeito Jesus Chedid, nem a secretária de Saúde Marina de Fátima Oliveira participaram do pronunciamento. Ela, segundo o divulgado durante o pronunciamento, está de férias e foi representada por seu assessor Marcus Leme.
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Todos os presentes usavam máscaras, mas o distanciamento entre as cadeiras de pelo menos 1 metro não foi respeitado. Além disso, apesar de ter álcool gel na mesa, o microfone era passado de mãos em mãos, sem maiores cuidados.
O pronunciamento durou cerca de 40 minutos e nenhuma novidade foi apresentada. Não foram permitidas perguntas de jornalistas, tampouco da população. Os representantes das unidades hospitalares só confirmaram o que a população já sente na pele: o aumento dos atendimentos que consequentemente causam demora nos atendimentos e aglomerações nas recepções das unidades.
SEM NOVAS MEDIDAS
Nenhuma medida como por exemplo, a concentração de atendimentos de síndromes gripais em uma única unidade para garantir os atendimentos de outras patologias foi anunciada. No auge da pandemia da COVID-19, os atendimentos de síndromes gripais foram concentrados na UPA Vila Davi e no Bom Jesus eram realizados os outros atendimentos. Também não foi anunciado aumento de número de médicos plantonistas ou convênios com hospitais particulares.
BALANÇO DE ATENDIMENTOS
De acordo com os dados apresentados, no Bom Jesus foram realizados 500 atendimentos ontem. Na semana anterior os atendimentos estavam na casa de 200 a 300 atendimentos por dia. “Temos funcionários doentes afastados. Estamos atendendo no limite”, disse o responsável pela unidade.
“Evitem ir aos hospitais. Evite levar crianças em sua companhia. Vamos evitar. Só no caso emergencial vamos nos dirigir aos hospitais”, implorou o vice-prefeito Amauri Sodré que pediu que as pessoas usem máscara, respeitem o distanciamento social e higienizem as mãos com álcool gel.
Na UPA Vila Davi, ontem foram realizados 610 atendimentos. O número também é superior ao que vinha sendo registrado. Durante a live não houve qualquer pronunciamento sobre uma foto que circulou ontem nas redes sociais de pacientes deitados no chão da unidade, enquanto aguardavam por atendimento.
Os profissionais do SAMU, por sua vez, ressaltaram que ontem o serviço bateu o recorde de atendimentos em 10 anos de existência. Foram 223 chamados em um único dia.
Diante do quadro de aumento dos atendimentos das síndromes gripais todos ressaltaram para que os pacientes não levem mais do que um acompanhante para as unidades de saúde e que só procurem os hospitais caso tenham: febre alta, tosse persistente e falta de ar.
O secretário de Saúde em exercício, Marcus Leme, aproveitou a oportunidade para ressaltar a importância da vacinação contra COVID-19. Segundo o balanço apresentado hoje 10.253 pessoas não tomaram a segunda dose da vacina, sendo que destes 2.384 precisam tomar a segunda dose de AstraZeneca, 1.694 devem receber a segunda dose Coronavac e 6.175 precisam retornar às unidades para tomar a segunda dose de Pfizer. O agendamento da vacinação pode ser feito no site da Prefeitura de Bragança Paulista.
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Vários municípios estão fazendo aplicação domiciliar de doses de vacinas em atraso. As unidades de saúde poderiam contatar os moradores de seu território, por telefone e/ou visita domiciliar para aumentar rapidamente a cobertura vacinal. Não podemos incorrer no mesmo erro de 2020, quando poderiamos ter tido um controle rigoroso dos casos e contatos de COVID -19, oferecendo testagem, monitoramento efetivo, obrigatoriedade das máscaras e com isto evitar a repetição da tragédia que vivemos.