Vereador propõe CEI para investigar obra na Av. Atílio Menin
Após 64 dias sem realizarem uma sessão, nesta terça-feira (7) aconteceu a 1ª Sessão Ordinária da Câmara Municipal de Bragança Paulista em 2023. Apenas uma vereadora não esteve presente: Fabiana Alessandri.
O primeiro encontro dos parlamentares em 2023 foi marcado pela proposta de abertura de uma Comissão Especial de Inquérito (CEI) para investigar a responsabilidade do prefeito Amauri Sodré na obra da Avenida Atílio Menin, que teve que ser refeita após ser entregue.
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O pedido foi realizado pelo vereador Miguel Lopes, que já havia registrado boletim de ocorrência sobre a situação, após solicitar documentos da obra e não ser atendido. Por isto, o prefeito Amauri é investigado pela Delegacia Seccional da Polícia Civil por meio de inquérito policial.
Dinheiro jogado fora
“Muito triste estar tratando o Legislativo desta forma e vindo dele que foi vereador”, lamentou Miguel, sobre as documentações não apresentadas como cópias do edital do processo licitatório, da proposta vencedora, do memorial descritivo, especificação da dimensão do asfalto que deveria ser aplicado no local, entre outros dados.
“Estamos aqui protocolando uma Comissão de Inquérito. Porque não tem como o Delegado Seccional ver indícios fortes e abrir o inquérito. E nós aqui não investigarmos a parte político-administrativa. Ele está fazendo a investigação criminal dele e só falta essa Casa não aprovar uma Comissão de Inquérito”, anunciou o vereador.
“É nossa função fiscalizar. Estamos falando de milhões em dinheiro público. A Comissão de Inquérito é para o Legislativo fazer a função dele, que é investigar o que aconteceu na Avenida Atílio Menin e depois também investigar as obras paradas, inclusive com a data apagada”, complementou.
“Na Atílio Menin foi jogado dinheiro fora. Foi um serviço meia boca, um serviço amador. Serviço este que o prefeito está negando informação para esta Casa, através do assessor parlamentar Mauro Garcia”, justificou.
“Peço ajuda. Peço o posicionamento de cada um dos senhores. Eu não vou abrir mão disto. É muito sério isto. Vou contar com cada um dos senhores. Vou cobrar”, concluiu Lopes, dirigindo a palavra aos outros 17 vereadores presentes.
Vale lembrar que além de tudo o citado pelo vereador Miguel Lopes, o Em Pauta flagrou junto com o vereador Quique Brown, a empresa responsável pela obra retirando água do Lago do Tanque do Moinho, sem apresentar autorização do Departamento de Águas e Energia Elétrica do Estado de São Paulo – DAEE, com conhecimento da administração. A prática é proibida por lei, mas a Prefeitura alega que como a obra é pública a empresa teria autorização.
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