9 de Julho é tricampeã do Carnaval 2023 de Bragança
A escola de samba 9 de Julho é a campeã do Carnaval 2023 de Bragança Paulista. Com 269,75 pontos, a escola fez um desfile técnico e superou as adversárias.
É o terceiro título seguido da agremiação, que foi campeã em 2019 e 2020. Em 2021 e 2022, por causa da pandemia da COVID-19 não houve desfiles.
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O DESFILE DA CAMPEÃ
A escola de samba 9 de Julho, fundada em 1º de maio de 1962 mostrou na avenida a busca incessante pelo conhecimento medicinal através dos tempos. A escola fez um desfile extremamente técnico e competitivo e diante dos erros das outras agremiações é uma das favoritas ao título.
A Comissão de Frente representou “Sangue, Suor e Transformação”, mostrando a luta entre gladiadores e o trabalho do filósofo Cláudio Galeno na tentativa de curá-los após um ataque de um leão.
O Casal de Mestre-Sala e Porta-Bandeiras representou a cura em vermelho e branco, ou seja, que o samba é o melhor remédio para amenizar a dor, afinal, a “9 de julho tem o dom de curar”.
O primeiro carro da escola, por sua vez, representou Roma e o estudo da cura e da longevidade.
O carnavalesco Cristiano Bara também levou para a passarela alas como “Cavaleiro Medieval”, “Medicina na Índia”, “Cura Africana”, “Medicina Moderna” e “Doutores da Alegria”, “Amor ao Próximo”.
As Baianas representaram a “Medicina Chinesa” enquanto que a Bateria Tsunami fez uma alusão aos Sacerdotes Médicos que interpretavam o sonho das pessoas.
A escola finalizou o desfile com o carro Senhora da Terra, que fez uma alusão a Obaluaê, mostrando que tanto negros como índios sempre encontraram a cura nas florestas através de maceragens, beberagens e chás que levaram no caminho da medicina moderna.
FALA DAS AUTORIDADES
Antes da apuração, a secretária de Cultura e Turismo, Vanessa Nogueira, ressaltou a importância do retorno do Carnaval. “Foi um ano de superação. Parabéns para as escolas. Obrigado a população de Bragança Paulista pela presença em todos os eventos. Obrigado a todos funcionários que trabalharam incansavelmente para realização do evento”, disse na abertura da apuração.
O secretário de esportes, Jota Malon, também lembrou da tragédia causada pelas chuvas no Litoral Norte e todos respeitaram na oportunidade um minuto de silêncio.
OS QUESITOS
As escolas foram avaliadas em nove quesitos, em três cabines de jurados da Federação das Escolas de Samba e Entidades Carnavalescas do Estado de São Paulo, (FESEC). Os quesitos foram:
- Comissão de Frente
- Samba-Enredo
- Enredo
- Alegoria
- Fantasia
- Evolução
- Harmonia
- Mestre-Sala e Porta-Bandeira
- Bateria
ESCOLAS PERDERAM PONTOS
A Escola de Samba Lavapés começou o julgamento perdendo 1,75 pontos por não apresentar no primeiro dia de desfiles 10 baianas e mais 49,75 pontos por não apresentar o número mínimos de componentes, que era de 300. A escola desfilou apenas com 105 componentes no primeiro dia.
Já no segundo dia de desfiles, quando não houve julgamento, a escola Lavapés perdeu 8,5 pontos por não apresentar as baianas e mais 24 pontos por não apresentar número de componentes exigido, que era de 200.
No total a escola perdeu 83 pontos.
Quem também perdeu pontos antes da abertura das notas foi a Dragão Imperial. A escola chegou a pedir que o desfile fosse atrasado por 10 minutos, alegando que por causa do atraso da saída da Acadêmicos da Vila a montagem dos desfiles da Dragão Imperial teria sido prejudicada. Na hora o pedido não foi aceito, a escola ignorou a medida e fez seu desfile em 58’9 minutos, tendo o seu presidente Cléber Centini segurado o desfile e sido o último a deixar a pista.
Por isso, a escola perdeu 9 pontos. A escola chegou a interpor um recurso junto à Liga Independente das Escolas de Samba de Bragança Paulista (LIESB), que se reuniu na manhã desta quarta-feira (22) e não acatou o recurso alegando que não foram apresentadas provas.
Com tantos pontos perdidos, a disputa realmente ficou entre 9 de Julho e Acadêmicos da Vila, que foram campeã e vice-campeã.
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