Coluna do Marcus Valle: Lago do Taboão virou “terra de ninguém”

Coluna do Marcus Valle: Lago do Taboão virou “terra de ninguém”

*Por Marcus Valle 

Barulho – brigas no Lago do Taboão

Moradores dos bairros que circundam o Lago do Taboão, não suportam mais o enorme barulho (aos fins de semana) causados por carros com som alto, motocicletas que aceleram de forma exagerada etc.

Já existe uma lei (de minha autoria) proibindo som alto nos veículos (e poluição sonora em geral). Antes, a Prefeitura fiscalizava com a Guarda Civil Municipal, e após algumas multas e apreensões de veículos, o problema praticamente acabou.

Atualmente, o lago e suas margens tem uma frequência muito maior, mas não há policiamento constante no local.

Virou “terra de ninguém”. Som alto, gritaria, motos com escapamento aberto, enfim uma tremenda bagunça (isso sem contar as brigas – tivemos até homicídios no local).

Fundamental termos um posto fixo, ou policiamento permanente no local.

Lago: Maravilha, depois … Bagunça

A Prefeitura procedeu a ótimas obras nas margens do Lago do Taboão. O local ficou mais bonito, a frequência aumentou, todos elogiaram.

Depois… “perderam a mão”, começaram a exagerar. Fizeram várias obras e encheram o local de “coisas” sem planejamento.

Hoje temos:

I-as águas poluídas por grande quantidade de lixo, e despejos clandestinos (não há filtros em vários locais de entrada das águas, nem limpeza com barcos).

II- O assoreamento por terra volta a ocorrer – diminuindo a profundidade do logo.

III- Há constantes casos de mortandade de peixes.

IV- Há obras paradas há meses (ponte, e o local dos shows). A ciclovia está interrompida, condutores de bicicletas e pedestres se cruzam (e se estranham). Não há policiamento para orientar.

V- A tão anunciada “tirolesa” está sem atividade por várias semanas. Colocada ao lado do local onde se alugam caiaques e pedalinhos, o que era perigoso, (fizeram proteção por cordas após reclamações), a tirolesa, de repente, parou de funcionar.

VI- Muitas brigas, confusões e barulho. Há policiamento, mas não é fixo, nem constante.

Enfim… “bagunça”.

Bragança – Não tem aposentadoria

Como fui vereador por 36 anos – não consecutivos-, muita gente acha (e me pergunta) se sou aposentado com salário de parlamentar.

Na Câmara Federal, Assembleias Legislativas, e muitas Câmaras Municipais, os parlamentares se aposentam: 8 anos (metade do valor) e 12 anos (100% dos subsídios ou “salários” que recebem os atuais parlamentares.

Em Bragança nenhum vereador se aposentou em 8 ou 12 anos de atividade. Nunca aprovamos essa lei, ao contrário,  sempre fomos contra essa aposentadoria, (alguns queriam isso).

É bom sempre lembrar disso, pois Bragança não cometeu esse “pecado”, tão comum em nosso país.

Privilégios da lei

Finalmente, o STF acabou com essa lei de que quem possui diploma de curso superior ter direito a prisão especial até o processo crime transitar em julgado.

Era um privilégio injusto, elitista, eu diria, indefensável.

Aliás, temos que acabar com alguns privilégios absurdos de certas profissões. Por exemplo: mulheres terem direito a herdar o salário do pai, desde que não se casem. Nem é preciso dizer que muitas têm família, filhos, mas não se casam para manter a aposentadoria. Antigamente poderia se justificar isso, pois parte considerável das mulheres era totalmente dependente do homem para sobreviver. 

Hoje… é um privilégio indefensável na maioria dos casos.

Mas há outros casos (penduricalhos) que são inadmissíveis e permanecem na legislação. 

Dica de livro

O livro “O herói discreto” do escritor peruano Mário Vargas Lhosa de 2013, não é o mais famoso, nem o melhor do consagrado ganhador do Prêmio Nobel. 

A “Festa do Bode” (sobre o governo Trujillo na República Dominicana), e a Guerra do Fim do Mundo (sobre “Canudos” no Brasil) são obras primas.

Mas esse livro “O herói discreto”, editora Alfaguara, 342 páginas, é excelente. Conta 2 histórias que se passam no Peru, sobre 2 empresários e seus conflitos com família, e com criminosos. 

Vale a pena.

Próximas eleições

Nota-se que há uma certa antecipação na discussão das próximas eleições municipais.

O grupo Chedid, ainda favorito (embora a administração esteja num péssimo momento I- com problemas graves de obras paradas, II-transito horrível, III- transporte escolar deficiente, IV- estradas e ruas esburacadas, V- ônibus circulares péssimos, VI- servidores protestando etc.), tem ao que parece, dois candidatos à Prefeito, Gi Borboleta e Amauri Sodré.

A oposição é extremamente dividida e desentrosada. Embora todos saibam que se não houver consenso e saírem vários candidatos, o grupo Chedid vence facilmente. Muitos concordam que deve sair um só, o melhor candidato, mas cada um acredita que ele próprio é o melhor (e alguns não mudarão de ideia). Se não houver união, tchau.

Rápidas.

I- Deputado Edmir Chedid teve problemas de saúde. Esperamos que se recupere rapidamente (a última notícia é que, felizmente, não foi nada muito grave).

II- Esse projeto lei que autoriza a Prefeitura a contratar professores sem concurso público pode dar problemas judiciais futuros.

III- Também irá certamente ter problemas legais aquela pretendida alteração que querem fazer permitindo quaisquer obras nas áreas verdes, e institucionais.

IV- Uma pena o que a intransigência do Executivo causou no Lago do Orfeu. Vários anos o local parado, sem usar, e sem risco iminente. Agora pretendem fazer obras com custo muito maior.

V- Prefeitura tem arrumado as ruas esburacadas, e ou, destruídas pelas chuvas. No bairro Santa Helena (após muitos pedidos) as obras estão sendo feitas na Av. Marcus Vinicius 

Juro que é verdade

No Clube de Campo, jogavam tênis dois conhecidos cidadãos. Esperando a quadra vagar, sentei para assistir o jogo.

 Nisso, um deles deu um bom saque, e outro de forma acintosa (numa “garfada” evidente), gritou: -“FORA”.

O sacador se irritou e fez um comentário exagerado.

PÔ… ISSO É UM JOGO AMISTOSO…VOCÊ NÃO ESTÁ FAZENDO NEGÓCIOS NO SEU COMÉRCIO.

O outro, surpreendentemente nada respondeu, e eu passei a achar que ele era muito frio, bastante controlado.

O jogo continuou e uns três minutos depois, no meio do lance, o comerciante segurou a bola com a mão e perguntou com voz grave:

O QUE VOCÊ QUIS DIZER COM AQUILO QUE VOCÊ FALOU, SOBRE OS MEUS NEGÓCIOS?

A reação foi tão atrasada que gerou gargalhadas, e um outro comentário:

DESCULPE, JÁ VI QUE VOCÊ SÓ É RÁPIDO PARA TAPEAR ALGUÉM NO JOGO DE TÊNIS.

*Marcus Valle é advogado, professor universitário e ex-vereador. 

Contato: [email protected]

A Coluna do Marcus Valle é publicada todos os sábados. Para conferir as colunas anteriores basta clicar aqui.

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