Lomónaco faz acordo com MP e Realpe pode estar envolvido em esquema de apostas

Lomónaco faz acordo com MP e Realpe pode estar envolvido em esquema de apostas

O Ministério Público de Goiás (MPGO) anunciou na noite de terça-feira (9) que denunciou 16 pessoas por fraudes visando à manipulação de resultados em 13 partidas de futebol: 8 do Campeonato Brasileiro da Série A de 2022, 1 da Série B de 2022 e 4 de campeonatos estaduais realizados em 2023.

A denúncia aconteceu após a segunda fase da Operação ‘Penalidade Máxima II’, que pode ter novos desdobramentos. A operação esteve na casa do zagueiro argentino, Kevin Lomónaco, do Red Bull Bragantino, no Portal Horizonte em Bragança Paulista no dia 18 de abril.

[exactmetrics_popular_posts_inline]



Kevin Lomónaco, que está afastado desde então do Bragantino, não consta como réu no processo já que ao ser interrogado, o atleta confessou os fatos e firmou um acordo com o MP. Ele confessou que recebeu R$ 30 mil (foto) antecipadamente para cometer uma falta e receber um cartão amarelo na partida entre Red Bull Bragantino x América-MG.

O Red Bull Bragantino perdeu esta partida para o América-MG em Bragança Paulista de 4 a 1, no dia 5 de novembro do ano passado.

O responsável por fazer contato telefônico com o zagueiro foi Luís Felipe Rodrigues Castro. O valor total do acordo era de R$ 70 mil, mas o pagamento dos R$ 40 mil restantes não foram feitos após o jogo.

Kevin ainda cobrou Luís Felipe e o mesmo lhe fez uma nova proposta de manipulação. Desta vez, Kevin deveria cometer um pênalti no primeiro tempo da partida válida pelo Paulistão 2023, entre Portuguesa x Bragantino no dia 21 de janeiro. Kevin Lomónaco ressaltou ao MP que não aceitou a proposta de R$ 200 mil. O Massa Bruta perdeu este jogo de 3 a 0 para a Portuguesa.

Na denúncia apresentada à Justiça pelo MP há prints das conversas por telefone entre Luiz Felipe e Kevin, onde o acusado cita para Kevin que “tinha jogadores” no Red Bull Bragantino, porém, na partida contra o América-MG  provavelmente estaria ou estariam no banco (foto).

O jornal “O Globo”, revelou nesta quarta-feira (10) que o outro atleta suspeito de participar do esquema é o também zagueiro do Bragantino: o equatoriano Léo Realpe. Segundo o divulgado pelo jornal, Realpe consta na planilha de pagamentos. Até o momento o atleta não consta como réu ou investigado no processo.

Realpe chegou ao Bragantino em dezembro de 2019 como uma promessa, mas nunca se firmou como titular absoluto. Ele teve seu contrato renovado em agosto do ano passado e o mesmo vai até dezembro de 2026.

Realpe, segundo o divulgado pelo “O Globo” aparece em uma lista com outros atletas como Max Alves (Colorado Rapids-EUA) e Rafael Vaz que era do Avaí e hoje está no São Bernardo, em uma combinação de jogos  de um final de semana de outubro do ano passado (foto).

Reprodução “O Globo”

Bruno Lopez, que era o responsável pelas negociações diz que os nomes destes atletas estão “mais ou menos certos” (foto). Ainda segundo O Globo, Realpe também aparece em uma planilha com nomes de jogadores que receberam um sinal para cometer alguma das infrações combinadas nas partidas do final de semana dos dias 16/17 de outubro.  O sinal seria de R$ 20 mil, sendo que após a partida o atleta receberia mais R$ 60 mil. Não há confirmação se a transação descrita na planilha realmente ocorreu ou não (foto).

Reprodução “O Globo”

Realpe realmente entrou em campo contra o Santos no dia 17 de outubro e recebeu um cartão amarelo. O Bragantino perdeu a partida de 2 a 0.

Além de Léo Realpe outro jogador do Red Bull Bragantino citado nas conversas entre os agenciadores dos atletas está o meia  Thonny Anderson, que pertence ao Bragantino mas está emprestado para o ABC de Natal. O contrato dele com o time de Bragança vai até 2025.

OUTRO LADO

O Red Bull Bragantino ainda não se posicionou oficialmente sobre o caso Léo Realpe. Conforme apurado pelo Em Pauta, por se tratar de uma lista ainda não oficial o clube não afastou o jogador, que inclusive está relacionado para a partida de hoje pelo Brasileirão, contra o América-MG.

Caso o clube tenha acesso a esta nova fase da investigação do Ministério Público,  pode afastar o atleta, assim como ocorreu com Kevin Lomónaco.

Realpe, inicialmente, garantiu ao clube que não participou de qualquer esquema.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *