Obra atrasada n° 20: reforma da Prefeitura também atrasa

Obra atrasada n° 20: reforma da Prefeitura também atrasa

O histórico Palácio Santo Agostinho, sede da Prefeitura de Bragança Paulista, onde fica o prefeito Amauri Sodré e a Secretaria Municipal de Obras, não passou ileso pelo atraso da empreiteira responsável pelo “pacotão de obras” atrasadas.

Nem no principal prédio do Poder Público de Bragança Paulista houve o cumprimento de prazo estabelecido no contrato n° 087/2022, assinado em maio do ano passado com a empreiteira Urban Obras e Comércio Ltda.

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A obra de reforma e revitalização do Paço Municipal está orçada em pouco mais de R$ 2 milhões e 600 mil e o prazo inicial de conclusão era de 8 meses, ou seja, janeiro de 2023, o que não ocorreu. Este contrato, que contempla outras obras atrasadas, já teve 3 aditamentos de prazo.

Especificamente a obra na Prefeitura foi aditada em 60 dias em janeiro de 2023 e depois até 29 de novembro de 2023, que é a data contida atualmente na placa da obra. A data de início da reforma é omitida no mesmo local.

5 FUNCIONÁRIOS ATUAM

A reportagem no Em Pauta visitou a Prefeitura na segunda-feira (29) e, ao contrário de outras obras, encontrou ao menos 5 funcionários trabalhando na reforma de um banheiro e na fachada interna do prédio.

MINISTÉRIO PÚBLICO INVESTIGA PACOTÃO

Em abril, a 7ª Promotoria de Justiça de Bragança Paulista instaurou um Inquérito Civil para investigar o “pacotão de obras” atrasadas e paradas da Prefeitura de Bragança Paulista. O promotor enumera ao menos 12 obras atrasadas e/ou paradas, todas estas divulgadas pelo Em Pauta desde os primeiros dias de 2023. O jornalismo do Em Pauta já atualizou este número para 20.

“Não há nenhuma irregularidade contida nas licitações dos ‘pacotões de obras’, cujo procedimento respeitou todos os trâmites legais do assunto”, afirmou a secretaria de Assuntos Jurídicos da Prefeitura, sobre a investigação do MP, que ainda não foi concluída.

Também em abril o Em Pauta questionou o prefeito Amauri Sodré durante uma solenidade se ele se arrependia de ter feito o pacotão de obras. O mesmo respondeu que não.  “Foi uma experiência. Foi uma experiência a mais porque quando  as demais empresas pegavam individualmente muitas delas não tinham condições de tocar (a obra). Então foi uma ideia nossa de fazer o pacotão, mas infelizmente quando você faz uma licitação você sabe que a firma que está entrando é uma firma é idônea, mas não é o que aconteceu em Bragança”.

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