Acusado de atirar em vice-prefeito é preso em Bragança Paulista
Se entregou no Plantão Central da Polícia Civil de Bragança Paulista, o acusado de atirar no vice-prefeito de Atibaia, Júnior Humberto de Oliveira, conhecido como Juninho do Hot-Dog, de 44 anos.
Ele estava em liberdade provisória desde março de 2022 e, nesta terça (28), teve essa liberdade revogada e a prisão preventiva decretada pela juíza da 1ª Vara Criminal de Atibaia.
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POR QUAL MOTIVO?
De acordo com o mandado de prisão em que o Em Pauta teve acesso, Juninho Hot-Dog não teria cumprido as medidas cautelares impostas pela Justiça e inclusive postava nas mídias sociais, por meio de lives, estas desobediências.
As medidas cautelares eram:
- Proibição de acessar ou frequentar lugares que estão o vice-prefeito de Atibaia Professor Fabiano e seus familiares, tais como a Prefeitura de Atibaia, o restaurante da esposa da vítima, a residência do ofendido e de outros familiares deste;
- Proibição de se aproximar e/ou de manter qualquer tipo de contato com Fabiano e/ou seus familiares, seja presencial ou por meios virtuais;
- Dever de comparecer à Justiça bimestralmente para informar e justificar suas atividades;
- Não poder se ausentar de Atibaia, por mais de 8 dias, sem autorização da Justiça;
- Dever de se recolher ao domicílio no período do dia ou da noite no qual não estiver trabalhando, bem como nos dias de folga.
E foi justamente este último item, que motivou sua prisão. De acordo com os autos, em duas oportunidades, em outubro de 2022 e em janeiro de 2023, apesar de morar em Atibaia, “o réu postou lives, almoçando com a família em Bragança Paulista e almoçando na residência de um amigo, chamado de Baiano, quando deveria estar recolhido em seu domicílio”.
A juíza Roberta Layaun Chiappeta de Moraes Barros entendeu a postura do acusado de tentativa de homicídio como “evidente afronta ao quanto decidido”, pois “ao invés de passar os domingos em casa, recolhido, já que está em cumprimento de medidas cautelares, preferiu ‘dar um rolê’, como por ele mesmo alegado, desrespeitando totalmente a Justiça e ainda fazendo lives para comprovar o descumprimento”.
A defesa de Juninho Hot-Dog alegou à Justiça que em outubro o réu foi até Bragança Paulista para buscar pães em uma panificadora, devido ao seu trabalho na barraca de lanche. Para isto, juntou aos autos um recibo. No entanto, por se tratar de um domingo, ficou apurado no processo que a referida panificadora não abre, sendo seu horário de funcionamento de segunda a sábado.
Com relação à infração de janeiro, também transmitida ao vivo no Facebook, “a defesa juntou a declaração do tal amigo, tentando justificar o injustificável (o porquê o réu estava almoçando em sua casa, quando deveria estar recolhido na dele), não havendo autorização para o réu se deslocar aos domingos, para comprar ou buscar quaisquer materiais, nem muito menos para almoçar fora de sua casa”, diz mandado de prisão.
DECISÃO
Desta forma, a juíza decidiu que “o réu, em liberdade, não está cumprindo as medidas fixadas, desrespeitando totalmente a Justiça, ensejando causa inequívoca de revogação de sua liberdade”.
Após o registro do boletim de ocorrência de captura de procurado no Plantão Central de Bragança, Juninho Hot-Dog foi encaminhado à Cadeia Pública de Piracaia, para posterior condução ao sistema prisional paulista.
O CASO
Em março de 2022, o vice-prefeito de Atibaia, Fabiano Batista de Lima e Júnior Humberto de Oliveira tiveram um desentendimento via ligação telefônica, após o comerciante divulgar um vídeo em frente a um restaurante, que afirma que o mesmo é de propriedade da mulher do vice-prefeito Fabiano de Lima, fazendo diversas acusações de lavagem de dinheiro.
O vice-prefeito se dirigiu à casa de Juninho do hot-dog para tirar satisfação, agrediu o comerciante com ao menos dois socos pelas costas. Na sequência o rapaz sacou uma arma e atirou contra o vice-prefeito, que foi atingido por um disparo na perna.
Ele fugiu em seu carro e foi hospitalizado no Hospital Albert Sabin, onde teve alta médica após um dia internado. Juninho do hot-dog chegou a realizar uma live logo após efetuar os disparos. Ele contou a sua versão do caso e alegou legítima defesa – tese que acabou refutada posteriormente. Inclusive, ele teria simulado ferimentos em si próprio e foi indiciado também por fraude processual e falso testemunho.
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