Câmara Municipal vota hoje mudança de nome do Centro Cultural

Câmara Municipal vota hoje mudança de nome do Centro Cultural

A Câmara Municipal de Bragança Paulista votará hoje (12), o Projeto de Lei que visa mudar a denominação do Centro Cultural de Bragança Paulista.

Atualmente o espaço inaugurado em 1894 leva o nome de Centro Cultural Teatro Carlos Gomes. No local, funcionou até 1925 o Theatro Carlos Gomes com capacidade para até 1.200 pessoas, para uma Bragança que na época tinha cerca de 40 mil habitantes. Trata-se do primeiro teatro do interior paulista, cuja construção foi financiada por fazendeiros do café.

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Depois, ainda foi colégio, faculdade e escola técnica. Os mais famosos foram o Colégio São Luiz, administrado por padres da Diocese e depois padres agostinianos e o Colégio Carrozzo, que funcionou até 2000. Em 20004 a Prefeitura comprou o espaço. Depois de muitas idas e vindas, inclusive com incêndios e muita briga na Justiça, foi finalmente restaurado e reformado na gestão de Jesus Chedid e Amauri Sodré e reinaugurado em junho de 2020.

CARLOS GOMES

De acordo com o documentário ‘O Belo Parado’, a sinfonia ‘O Guarani’, de Carlos Gomes, foi a primeira execução musical da casa, no espetáculo de inauguração. ‘O Guarani’ era uma adaptação do romance de José de Alencar. A obra seguia uma tendência em voga na Europa de seu tempo: a curiosidade sobre povos e costumes estrangeiros.

Foi apresentada inclusive no aniversário de Dom Pedro II, no Rio de Janeiro.

Antônio Carlos Gomes foi considerado o maior compositor lírico das Américas. Foi o segundo nome mais encenado no Teatro Alla Scala de Milão, atrás apenas de Giuseppe Verdi.

O maestro Carlos Gomes, nasceu em Campinas, em 1836. Filho de Manoel José Gomes, o “Maneco Músico”, e de Fabiana Maria Cardoso, desde cedo estudou com o pai e com 15 anos já compunha valsas, polcas e quadrilhas.

MUDANÇA DE NOME

De acordo com o Projeto de Lei n°46/2022, de autoria do prefeito Amauri Sodré da Silva, o Centro Cultural de Bragança passaria a se chamar Centro Cultural Prefeito Jesus Adib Abi Chedid.

Jesus Chedid faleceu no último dia 2 de junho, aos 83 anos. Foi por cinco vezes prefeito de Bragança Paulista. A primeira de 1993 a 1996 e a segunda de 2001 a 2004. O terceiro mandato não foi inteiro. Ele chegou a governar a cidade entre janeiro e outubro de 2005, mas foi cassado pela Justiça Eleitoral, tendo que deixar o cargo.

Após 12 anos fora do Palácio Santo Agostinho, foi eleito com maioria absoluta dos votos em 2016 e cumpriu o quarto mandato de 2017 a 2020. Quando muitos pensavam que ele abriria mão da reeleição foi novamente candidato em 2020, ocasião em que foi reeleito e assumiu o seu quinto mandato em janeiro de 2021.

A VOTAÇÃO

A votação para a mudança do nome do Centro Cultural acontece a partir das 14h, na Câmara Municipal de Bragança Paulista. O projeto já foi aprovado na Comissão de Justiça, Redação e Defesa do Meio Ambiente e agora será votado em turno único no Plenário pelos 19 vereadores. A presidente Gi só deve votar em caso de empate.

A 24ª Sessão Ordinária pode ser acompanhada de forma presencial no Plenário da Casa ou pelo site da Câmara, no canal do Youtube, e na página do Facebook. 

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3 comentários sobre “Câmara Municipal vota hoje mudança de nome do Centro Cultural

  1. Eu não posso concordar com um absurdo desses! Tirar um nome já consagrado e colocar outro! Carlos Gomes tem uma história, uma vida dedicada à arte da música! Não que ele não mereça, mas esperem outra oportunidade, outra obra que será terminada! À exemplo do Nabizão, que era Marcelo Stefano e em janeiro de 2009 causou revolta na população, acho que esta família quer deixar a marca, tirando direitos de outros …

  2. É mais uma violência contra a cultura brasileira. A destruição da cultura não é só o valor pífio que sempre é destinado, seja pela federação, seja pelos estados e municípios. Bragança faz parte desta lista, não é compreendido o papel da atividade cultural até mesmo para o bem da saúde mental de sua população. Não é possível substituir um nome internacionalmente conhecido, que projetou o Brasil no mundo que escreveu músicas do porte de Guarany para um nome irrelevante de um pequeno prefeito cuja contribuição à cultura não é conhecida.
    Nossos vereadores estão cada vez mais se tornando submissos aos desejos irresponsáveis da administração, assim como o Sr. Amauri que continua fazendo seu nome em uma sombra.

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