“Cheguei a decidir que renunciaria” confessa prefeito Jesus Chedid
O prefeito Jesus Chedid confessou em entrevista à rádio FM 102 de sua propriedade que chegou a decidir que renunciaria ao cargo de prefeito de Bragança Paulista.
Em dois anos de administração, o prefeito Jesus Chedid ficou afastado da Prefeitura, 75 dias declaradamente por questões de saúde. Além disso, teve 30 dias de férias e mais 60 dias de licença, totalizando 165 dias afastado.
A maior parte destes afastamentos aconteceu este ano.
Aos 80 anos de idade, Chedid disse que tinha decidido renunciar, em conjunto com a sua família. “Eu cheguei a decidir. com a minha família, com o meu vice-prefeito. Nós decidimos que eu renunciaria porque eu não tinha condições”, desabafou o prefeito.
Ele disse que chegou a vir para a Prefeitura em outubro, quando sua licença terminou e subir para o gabinete, amparado para anunciar sua renúncia “Eu não tinha condição. Eu nem assinava”, relatou.
Pedido do filho Edmir Chedid o fez desistir
O prefeito ressaltou ainda que durante a licença ficou internado 17 dias no Hospital Sírio Libanês, dos quais 9 dias ficou na Unidade de Terapia Intensiva (UTI). “Eu não mastigava mais. O meu estado era terminal. Os remédios eu tomava via soro. Comida via soro. Eu não assinava mais nada. Eu não tinha mais forças. Minha pressão estava totalmente descontrolada e isto descontrola o corpo todo”, ressaltou.
Chedid disse que durante a licença teve amparo de todos. Acrescentou ainda que só decidiu permanecer no cargo por causa de conversa com seu filho Edmir Chedid.
Ele disse que depois da conversa resolveu ficar no cargo e tem tido forças para isto. “É uma benção de Deus. Um milagre. Meus filhos e a Marilis ficaram muito preocupados, porque vim para renunciar e voltei prefeito. Estamos muito firmes e determinados”, disse.
Quando Chedid pediu licença de 60 dias, depois dos 30 dias de férias, o pedido de afastamento gerou polêmica na Câmara Municipal. Na época, o vereador Paulo Mário, líder do prefeito na Câmara disse que o afastamento era para que Chedid coordenasse a campanha do filho. A presidente da Câmara, Beth Chedid, no entanto, o desmentiu e disse que o afastamento era por questões pessoais.