Coluna do Marcus Valle e o IPTU de Bragança Paulista

*Por Marcus Vale
Perigos da internet
Continua cada vez mais assustador o uso indevido (e muitas vezes, criminoso) das redes sociais.
Pessoas cobram dúvidas; narram traições em relacionamentos amorosos; defendem pessoas que nem conheceu; fazem acusações (falsas ou verdadeiras) de crimes expondo os suspeitos; publicam intimidades e críticas de ex relacionamentos; fazem filmagens constrangedoras de pessoas trabalhando (só quando há visível ilegalidade poderiam ser divulgadas); incentivam linchamentos etc.
Muitas vezes, o estrago é tão grande que é irreparável para todos. Quem publica ou comenta está sujeito a sanções criminais, civis (indenização) e administrativas (perda de função, demissão, desligamento de escolas etc.).
E quem é vítima fica marcado para sempre por mais que haja retratação.
Ônibus: ainda ruins
Apesar das promessas e algumas providencias, os serviços de ônibus circulares continuam ruins (desconforto, atrasos, veículos quebrados etc.).
IPTU: Bomba
Após o Carnaval chegarão os carnês de IPTU.
Parece que muitos bairros terão aumentos consideráveis… Câmara anterior aprovou com poucos votos contrários.
Vereadores caíram numa “cortina de fumaça”.
Ficaram discutindo a taxa de iluminação, e não viram o projeto do IPTU (que nos parece ilegal). Avisamos na época.
Teremos sérios questionamentos sobre valores excessivos e legalidade dos mesmos.
Privatizar estradas?
Essa questão de privatizar as estradas Bragança – Socorro, e Bragança – Itatiba nos parece bastante polêmica.
É verdade que obras nessas estradas foram anunciadas por diversas vezes, e nada aconteceu.
Mas se a privatização traz estradas melhores, empresas só se interessarão se tiverem lucro (nos pedágios). Pergunta-se:
É viável? E os moradores da zona rural?
Há movimento suficiente para que o pedágio não seja muito caro?
E as outras?
E as outras estradas da região? Bragança – Piracaia e Variante do Guaripocaba?
Nada será feito de obras?
Câmara dependente
Câmara Municipal deverá agir como um mero departamento da Prefeitura caso aprove projeto permitindo que o Executivo tenha maior porcentual para manejar sem autorização do legislativo.
Meio a meio
Red Bull Bragantino e Santos é um jogo muito equilibrado. Eu diria que chances iguais (50%), embora os dois times tenham ido mal na primeira fase.
Praça: Vai
Prefeitura anunciou que o conserto na reforma da praça central levará no máximo 60 dias (já se passaram quase 20). Será que vão cumprir esse prazo?
Plantas aquáticas proliferando
Em virtude de poluição é comum a proliferação de plantas aquáticas, que crescem e se multiplicam de forma anormal, causando danos e perda de oxigênio das águas. Isso acontece em vários lagos urbanos e no Rio Jaguari. O ideal seria conter as fontes poluidoras, ou proceder tratamento técnico nas plantas para que elas não se disseminem. Mas o que as vezes fazem, e é paliativo é a retirada dessas plantas, o que demanda muito trabalho e recursos.
Plantas nos lagos
No Tanque do Moinho as plantas são retiradas constantemente o que atenua a proliferação e eutrofização do lago.
No Lago do Taboão recentemente retiraram plantas entre a ponte e o desague do ribeirão, numa operação trabalhosa, custosa e que gerou muita polêmica. Isso ocorreu a poucas semanas, mas já notamos que as plantas estão renascendo em quantidade considerável (fotos). Se não forem retiradas (ou tratadas) agora, elas tomarão conta do local novamente em menos de dois meses.
Juro que é verdade
1970 ou 1971. Quinze garotos de 15 a 18 anos de idade, de Bragança, resolveram acampar em Extrema – MG.
A cidade era pequena. Eles chegaram ao local de mochilas e foram até a Pedra do Sapo, onde montaram barracas. Todo mundo viu e achou estranho.
Os garotos levaram comida, muita bebida (Cinzano, Piper e outras porcarias), e começaram a brincar de tiro ao alvo com espingardinhas de pressão, e uma cartucheira que alguém pegou do pai.
O eco dos tiros eram ouvidos na cidade.
À noite, a maioria dos garotos dormia nas barracas, bêbados, ou com sono. Apenas quatro conversavam na beira de uma fogueira.
Nisso… aconteceu um negócio que ninguém entendeu nada. Uma forte luz os iluminou e uma voz metálica (vinda de megafone) os mandou deitar ao chão, e “jogar as armas”.
Todos (os que acordaram e estavam na beira da fogueira) ficaram perplexos e paralisados pelo medo.
Eram soldados do Exército que cercaram o local, pois tinham sido avisados que um grupo de guerrilheiros, possivelmente do Capitão Lamarca, estavam acampando no local.
O oficial do Exército desceu até o acampamento (havia dado a volta por cima, para fazer o cerco) e empunhando uma arma perguntou: – QUEM É O CHEFE?
João Barbosa, que era o mais velho (e estava “altinho”) respondeu: –QUEM TEM CHEFE É ÍNDIO… e imediatamente tomou um tabefe, que quase o jogou dentro da fogueira.
Os soldados viram que éramos um bando de moleques e ficaram furiosos com os policiais da cidade (eram apenas três) que os chamaram para enfrentar perigosos guerrilheiros.
Até hoje eu tiro sarro do advogado João Barbosa, que foi… por um dia… Juan Lamarca Guevara, en la Sierra de Extrema.
*Marcus Valle é advogado, professor universitário e ex-vereador.
Contato: advmvalle@gmail.com
A Coluna do Marcus Valle é publicada todos os sábados. Para conferir as colunas anteriores basta clicar aqui.
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