Coluna do Tárcio Cacossi e a estreia com cara de Bragantino

Coluna do Tárcio Cacossi e a estreia com cara de Bragantino

*Por Tárcio Cacossi

ESTREIA COM CARA DE BRAGANTINO 

Foi no sufoco, nos últimos minutos, mas com um golaço de Pitta para premiar os torcedores que compareceram no  primeiro jogo do time no Cícero de Souza Marques. Diante de toda a modernidade da Red Bull, como se vê também na nova casa, a vitória foi conquistada com a essência do que sempre foi o antigo Clube Atlético Bragantino, ou seja, com dificuldades, mas muita garra e esforço. 

O jogo foi equilibrado, como tem prevalecido no Campeonato Brasileiro, pela competitividade das equipes, ainda mais que, enquanto o Bragantino vinha de quatro vitórias seguidas no campeonato, o Mirassol havia perdido apenas na estreia.  

O time não conseguiu criar grandes jogadas e dependeu mais da individualidade de alguns jogadores, principalmente Jhon Jhon e Juninho Capixaba, para levar perigo ao adversário. Na parte defensiva, o time esteve mais uma vez muito compacto, com entrega de todos na marcação, e quando precisou o goleiro Cleiton também fez defesas importantes.  

Essas dificuldades, o Massa Bruta sempre tem encontrado nos jogos do Brasileirão, mas tem sido feliz e competente para decidir as partidas, em momentos e formas diferentes. Se desta vez não marcou no começo, fez no final. Se não encaixou jogadas combinadas de ataque ou bola aérea, conseguiu, através de um belo lançamento do zagueiro Pedro Henrique e uma habilidade ainda mais espetacular do paraguaio Pitta para se livrar da marcação, encontrar um golaço. 

O time chega à vice-liderança, praticamente empatado com o Palmeiras. Como bem frisou o técnico Fernando Seabra, ainda é um começo de campeonato e não dá para se empolgar. A tabela ainda não se espalhou. As equipes estão próximas umas das outras. Mas se continuar atuando dessa forma, com humildade e dedicação, o Braga tem boas possibilidades de alcançar seu objetivo que é terminar na primeira parte da tabela.  

A 1ª experiência 

Com uma estrutura moderna, ainda que de forma provisória, o Estádio Municipal Cícero de Souza Marques tem boas condições para servir o clube e os torcedores nos próximos anos. 

Logicamente, por ser uma primeira experiência, alguns pontos falhos puderam ser notados no “novo” estádio, mas que são possíveis de serem aprimorados nos próximos jogos, tanto para os torcedores quanto para os profissionais que atuam no local.  

Mas, de um modo geral, talvez o que mais preocupa é que os setores mais populares têm um espaço menor. Enquanto no antigo estádio havia arquibancadas nos fundos e toda uma lateral, o chamado “puleiro”, neste atual há duas laterais somente para os setores mais caros. De um lado as cadeiras cativas e de outro as arquibancadas cobertas. No Nabi Chedid, os dois setores ficavam somente de um lado.

Vale ressaltar ainda que muitas cadeiras ficaram vazias. Não se sabe ainda se por causa da baixa adesão do público que tem acesso à área nesse primeiro jogo ou se haverá mais entradas disponíveis para esse setor nas próximas partidas. Atualmente, não é mais possível conseguir acesso a esse espaço, nem por adesão ao plano dessa categoria de sócio torcedor, muito menos de forma avulsa.   

A mística de um estádio 

Quem costuma acompanhar o futebol de perto e principalmente os jogos de seu time do coração sabe o que é a energia de um estádio. Por ser uma nova casa, ainda sem uma história do time lá dentro e sem o hábito dos torcedores e até mesmo dos jogadores e comissão técnica, é normal um certo estranhamento. Mas da forma como a vitória foi conquistada, com a essência da história do Braga, o time escreveu um belo primeiro capítulo, deixando uma boa impressão à sua torcida e iniciando a “mística” de um novo estádio.

*Tárcio Cacossi, é jornalista, com MBA em Gestão e Marketing Esportivo. 

Clique aqui para conferir as colunas anteriores de Tárcio Cacossi.


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