Coluna do Tárcio Cacossi e os brasileiros no Mundial de Clubes

Coluna do Tárcio Cacossi e os brasileiros no Mundial de Clubes

*Por Tárcio Cacossi

Brasileiros mostram força no Mundial de Clubes 

As equipes brasileiras estão demonstrando aos europeus que podem ser competitivas contra eles. O Botafogo se tornou a primeira equipe sul-americana a derrotar um europeu em um jogo oficial depois de 13 anos. E não foi qualquer vitória. Foi sobre o Paris Saint-Germain, atual campeão da Liga dos Campeões, considerado por muitos o melhor time do mundo. Se contra o PSG, o Botafogo precisou utilizar uma estratégia mais defensiva, o Flamengo dominou o Chelsea-ING, não tão forte assim quanto o clube francês, mas ainda assim com grandes jogadores, e venceu por 3 a 1. Poderia ter feito até mais. 

O Fluminense diante do Borussia Dortmund-ALE e o Palmeiras contra o Porto-POR também fizeram grandes partidas em empates por 0 a 0 em que foram melhores que os adversários. 

Vale destacar também o Boca Juniors-ARG, que empatou com o Benfica-POR, e vendeu muito caro a derrota para o Bayern-ALE, mas é uma exceção, já que embora tenha um time mais limitado conta com uma torcida incomparável, que não cessa no incentivo do início ao fim dos jogos.  

Já os clubes brasileiros se fortaleceram em investimentos e taticamente. Se não é possível atingir o mesmo nível ainda que os europeus em nenhum desses pontos, dá para competir de um modo mais próximo que nos mundiais desde o início do século, ainda no antigo formato, em que restava ficar na retranca e “achar” um gol. 

Além disso, esse novo formato de grupos é uma verdadeira revolução para a competição. O fato de os clubes não estarem mais limitados a um único jogo de eliminação direta significa que eles terão mais chances de mostrar sua força e adaptar suas estratégias ao longo do torneio. Para os torcedores, isso representa mais emoção, mais futebol e mais histórias para se contar. As fases de grupos poderão criar rivalidades inesperadas, surpreendendo até os mais otimistas. 

A ampliação do número de times também reflete a crescente democratização do futebol, tornando o torneio mais inclusivo e representativo. Essa diversidade de clubes e estilos de jogo vai além de um simples fator de entretenimento. Ela cria uma verdadeira troca de experiências e culturas, o que eleva o nível da competição e proporciona aos torcedores uma verdadeira jornada futebolística mundial.  

Mas é preciso repensar a participação de clubes semiamadores, como é o caso do Auckland City, da Nova Zelândia. Os clubes da Oceania deveriam disputar algum tipo de eliminatória contra clubes de outros continentes, pois fica muito clara a discrepância, o que deprecia a competição. O futebol não é um esporte prioritário naquele continente e os clubes australianos, assim como os dois únicos profissionais neozelandeses, o Wellington Phoenix e Auckland FC, da mesma cidade do semiamador Auckland City, são filiados à Confederação Asiática de Futebol, justamente devido ao baixíssimo nível técnico da Confederação de Futebol da Oceania (CFO). 

BRAGA EM FÉRIAS 

Por falar em Mundial, os jogadores do time masculino profissional do Red Bull Bragantino estão em férias, viajando para diferentes lugares do mundo, e retornam na próxima segunda-feira, 30 de junho. Praxedes está nos Estados Unidos justamente acompanhando o Mundial. Que sirva de inspiração para que ele, enfim, consiga voltar a jogar futebol. Maior investimento da história do Red Bull Bragantino (R$ 35,9 milhões), o meio-campista está praticamente no ostracismo desde 2023. Com passagens apagadas por Vasco e Athletico-PR nos últimos dois anos, está desde o começo do ano treinando com o elenco do Red Bull Bragantino e voltou a ser relacionado. Ficou no banco de reservas nos dois últimos jogos, contra Vasco e Bahia, antes da paralisação do calendário. É a chance de os clubes recupera o investimento, já que dos cinco anos de contrato, resta apenas mais um (termina em 26/06/2026).  

A equipe feminina do Braga também está de férias e volta a jogar somente em agosto devido ao calendário da FIFA para as competições de seleções. A seleção brasileira disputa a Copa América, assim como a Argentina, que tem a artilheira do Braga, Paulina Gramaglia, convocada. Se o time masculino vai além das expectativas, em terceiro lugar no Brasileirão, as bragantinas não ficam muito atrás. 

No Brasileirão confirmaram classificação para as quartas de final para enfrentar o Cruzeiro e no Paulista tiveram um início com um pouco mais de dificuldades, em função de ter enfrentado Corinthians, São Paulo e Palmeiras em apenas quatro rodadas, mas a expectativa é que consigam avançar entre as quatro primeiras para a fase final, ainda que, além dos grandes do estado, a competição tenha a Ferroviária, outra grande potência no futebol feminino. 

FINAIS DO AMADOR NO ESTÁDIO DO BRAGA 

Enquanto não anuncia o projeto da nova arena que será construída no lugar do Estádio Nabi Abi Chedid, a diretoria do Red Bull Bragantino ao menos vem mantendo o espaço em atividade, com jogos das categorias de base do clube. Uma outra importante iniciativa foi ceder o campo à Liga Bragantina de Futebol (LBF) para a realização das finais do Campeonato Amador Séries A e B e dos campeonatos de menores no próximo final de semana, proporcionando aos atletas amadores da cidade também usufruírem das instalações do estádio neste formato pela última vez.

*Tárcio Cacossi, é jornalista, com MBA em Gestão e Marketing Esportivo. 

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