Coluna Marcus Valle e a venda do prédio da antiga Unimed

Coluna Marcus Valle e a venda do prédio da antiga Unimed

*Por Marcus Valle

Plantas aquáticas em lagos e rios

Plantas aquáticas em rios ou lagos tem funções e benefícios (habitat para uma fauna diversificada de insetos, peixes, aves e mamíferos; proteção contra erosão; despoluição etc.).

Mas quando crescem em abundância, isso é sinal de eutrofização (poluição das águas por nutrientes – esgoto, fertilizantes, lixo, efluentes industriais etc.).

Plantas aquáticas em excesso

Em Bragança observamos que há proliferação dessas plantas (aguapés, outras assemelhadas a vitória regia etc.) no Lago do Taboão, Tanque do Moinho e Rio Jaguari).

Notamos que, de tempos em tempos, a Prefeitura e outras entidades fazem a retirada dessa vegetação.
É uma medida paliativa, que apenas resolve temporariamente o problema (mau cheiro, obstrução de grandes trechos, redução de oxigênio, doenças hídricas, eco transpiração etc.).

Plantas aquáticas: como resolver

Sobre essa questão de proliferação das plantas aquáticas, tivemos a oportunidade de conversar com o engenheiro Júlio Lopes que é especializado no tema.

Ele nos esclarece, em síntese, que o ideal seria conter as fontes poluidoras, ou seja, impedir que elas atinjam as águas.

Em relação as plantas, que estão proliferando, a simples retirada não resolve a questão, é mero paliativo.

Ele explica que o local da ocorrência tem que ter um manejo adequado, cientifico, com técnicas a serem utilizadas para cada caso especifico. Para isso existem métodos físicos, químicos e biológicos.

Casos notáveis

Nessa semana tivemos 3 fatos amplamente noticiados.

1-O vereador de São Paulo Camilo Cristofaro foi cassado por ter dito que determinada medida errada “é coisa de preto”.

2-Estudantes de São Carlos (universitários) foram expulsos da faculdade por terem desfilado nus durante um evento esportivo promovido por alunos de vários cursos.

3-Uma professora foi punida por ter errado sexo de um aluno trans, ao se dirigir a ele na sala de aula.

Foram penalidades extremamente rigorosas. No 1ºcaso a cassação do mandato (que é a pena de morte do político) aparentemente seria um exagero (pena desproporcional). No entanto, devemos ressaltar que o edil já tinha feito manifestações de cunho racista anteriormente (em pelo menos 2 episódios). Portanto, não foi apenas uma frase infeliz, fora do contexto. Foi uma reiteração de condutas.

No 2º caso, dos estudantes, a pena máxima foi aplicada (expulsão). Eles desfilarem nus, exibindo e apalpando os órgãos sexuais, o que é no mínimo uma enorme idiotice, e crime de “atos obscenos”. Dois erros, da universidade, aparentemente:

1-os fatos ocorreram em abril, e as providencias e punições só foram tomadas após divulgação da imprensa (omissão).

2-paradoxalmente e hipocritamente não iam fazer nada (pois o evento ocorreu fora da faculdade), mas quando fizeram, aplicaram a pena máxima.

No 3º caso, da professora, se ela apenas confundiu e errou ao se dirigir a estudante trans, não deveria haver qualquer punição. Mas se o fez de forma dolosa, é diferente, haveria discriminação. Há vídeo da aula e deve ser analisado, com isenção.

Assalto

Bragança Paulista perto de outros municípios paulistas e brasileiros tem índice de criminalidade baixo, é uma cidade relativamente tranquila.

Mas, mesmo assim, tem ocorrido crimes aqui que saem ou fogem do nosso cotidiano, e assustam.

Semana passada tivemos um assalto a um supermercado do Henedina Cortez onde 2 elementos, encapuçados, um deles com uma arma tipo submetralhadora, rendeu a todos, em horário onde haviam clientes.

Prédio da Unimed

A Prefeitura enviou projeto à Câmara Municipal para vender 29 imóveis que pertencem ao município, que são inservíveis para construção de bens públicos (art. 1º da lei).

É um projeto normal, defensável, pois terrenos pequenos, de 250 a 500 m² não tem utilidade, para a municipalidade fazer algo.

No entanto, observamos que no projeto em que consta a relação das 29 áreas, também está a área do prédio da antiga UNIMED, de quase 3 mil metros quadrados, localizada em área nobre (próximo ao Lago do Taboão).

Esse terreno não é inservível para construção.

Portanto, tecnicamente e legalmente, não se encaixa no projeto de lei.

Se for vendido nessas condições, haverá problemas legais.

Trânsito

Trânsito em Bragança está péssimo, confuso, perigoso, lento. É verdade que com 130 mil veículos, topografia acidentada, vias antigas sem possibilidade de ampliação, é quase impossível uma solução. Mas são constantes os acidentes, muitos com motocicletas x outros veículos.

Temos vários locais complicados e perigosos na cidade. Um é a rotatória próxima ao Habib’s e outro próximo é uma passagem, acesso do prédio Soleil a Norte Sul. A rotatória do Lavapés também é palco de inúmeras ocorrências.

Nesses locais todas semanas temos acidentes

Juro que é verdade: Elogio?

Anos atrás eu passava pela praça central quando fui interpelado por um senhor que educadamente me perguntou…DR. O QUE É ONANISTA? Sabendo que não se tratava de algo agradável, tentei tornar a resposta mais branda e acadêmica. Disse que o termo vinha de Onã, personagem bíblico do velho testamento, que ejaculava sozinho. Ele disse que ainda não havia entendido, daí, traduzi de uma forma delicada…ONANISTA SIGNIFICA …MASTURBADOR. O homem ficou possesso e disse: EU VOU PROCESSAR AQUELE CANALHA…ELE ESCREVEU QUE EU ERA UM ONANISTA DO CREPÚSCULO.

Juro que é verdade: Ele voltou

No final dos anos 80, estive em Brasília e resolvi visitar meu amigo de infância e adolescência, o HJ, que morava na capital federal, e havia se tornado um empresário de enorme sucesso.

Fui com o Barretinho (Bob Fernandes) na casa do HJ, uma mansão no bairro mais sofisticado da cidade, e fomos recebidos por ele, que estava de bermuda e camiseta branca, super educado, mas formal.

Ele nos mostrou a casa e fez questão de que ficássemos para jantar.

Pediu por telefone “pato com laranja”, do restaurante Fiorentino, um dos mais famosos de Brasília.

Serviu-nos uísque 30 anos, e champanhe francesa.

Confesso que eu estava meio inibido com a sofisticação dele, eu e o Bob ficamos meio sem jeito com a finesse do HJ, que não víamos há mais de 20 anos.

De repente… após alguns uísques, a Celina (esposa dele) derrubou uma taça de champanhe, que se espatifou no chão.

Os olhos do HJ brilharam, e ele grita:

– PÔ… ESSA TAÇA É CARÍSSIMA… TOMA MAIS CUIDADO… DINHEIRO NÃO É CAPIM.

Daí, eu não aguentei e disse:

– AH… QUE BOM, AGORA ESTOU À VONTADE… ESSE É O HJ QUE EU CONHEÇO.

*Marcus Valle é advogado, professor universitário e ex-vereador. 

Contato: [email protected]

A Coluna do Marcus Valle é publicada todos os sábados. Para conferir as colunas anteriores basta clicar aqui.

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