CPI das OSS convoca representantes de Amparo para depoimento
Os membros da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga possíveis irregularidades nos contratos firmados pelo Estado com as Organizações Sociais da Saúde (OSS) aprovaram na terça-feira, 14, dois requerimentos convocando um dirigente e uma autoridade para esclarecer um contrato do Grupo de Apoio à Medicina Preventiva e à Saúde Pública (Gamp) com o município de Amparo.
Os requerimentos 85 e 87/2018 convocam a presidente do Gamp Micheli Aparecida da Câmara Rosin e o médico e vereador Geraldo Afondo Moreira Gomes para prestarem informações sobre denúncias, inquéritos e contratações feitas pela OSS para a gestão de serviços de saúde naquela cidade.
Segundo informações divulgadas pela Assembléia Legislativa, outra solicitação dos deputados foi a busca e apreensão de documentos do Hospital Municipal de Cubatão. A entidade possui contrato celebrado entre a prefeitura da cidade e a Associação Hospitalar Beneficente do Brasil (AHBB), que ficará responsável por enviar os relatórios contábeis e financeiros, os referentes aos indicadores de qualidade estabelecidos para a unidade e os de pesquisa de satisfação dos pacientes e acompanhantes, além da descrição dos serviços prestados pela unidade.
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Estiveram presentes na reunião os deputados Barros Munhoz (PSB), Carlos Neder e José Américo (ambos do PT), Carlão Pignatari, Cássio Navarro e Hélio Nishimoto (todos do PSDB) e Edmir Chedid (DEM).
A CEI das OSS foi criada após o deputado Edmir Chedid ter sido citado em gravações telefônicas do preso na Operação Ouro Verde, Fernando Vitor, no final de 2017. Na conversa com um empresário Fernando Vítor, que continua preso, citou que Edmir era o “dono da região de Amparo”, insinuando a necessidade de pagamento de propina para atuar na cidade. Na época, Chedid negou as acusações, disse que apenas tinha sido citado indevidamente e não era alvo de qualquer investigação do GAECO e do Ministério Público. A citação era referente à licitação para contratação de empresa para gerir o AME de Amparo.
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As investigações da Ouro Verde continuam e apuram desvios de mais R$ 4 milhões de hospital em Campinas, operado na época, pela organização de saúde Vitale, que segundo o MP tem como um dos braços, a Reviva Saúde, que desde o ano passado atua em Bragança Paulista.
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Fernando Vítor, chegou a participar inclusive da solenidade de assinatura de contrato da Reviva com a Prefeitura de Bragança Paulista,oportunidade em que se apresentou para a imprensa como um dos diretores da entidade, porém a Reviva, negou quando o mesmo foi preso, que ele tivesse ligação com a entidade.
Foto: Assembléia Legislativa