Dona de casa reclama de atendimento no Bom Jesus
No último final de semana, uma dona de casa, moradora do bairro Jardim da Fraternidade, precisou de atendimento e relatou não ter conseguido ao menos ser atendida por um médico, na UPA Bom Jesus, localizada na Hípica Jaguari, em Bragança Paulista,. A Prefeitura apresenta versão oposta.
Conforme relatado ao Em Pauta por Beatriz Susiane Francisco, na madrugada de sábado, 19, para domingo, 20, ela sentiu fortes dores abdominais e nas costas, que causavam ainda falta de ar e dificuldades para andar. Por isto, procurou o Bom Jesus por volta da 1h da madrugada.
Beatriz estava acompanhada de sua mãe, que se encarregou de fazer sua ficha de atendimento. Ainda na recepção, elas perguntaram se o atendimento demoraria, mas foram ignoradas pela recepcionista de plantão e também tiveram dificuldade para entregar a ficha na triagem, pois não havia ninguém no espaço.
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Foi então que um senhor que já tinha sido atendido se prontificou a ir procurar ajuda e a paciente finalmente foi atendida na triagem e posteriormente encaminhada a sala de medicamento, conforme contam.
Ainda segundo Beatriz, ela tomou um soro com medicamentos diversos e terminou. Na sequência, tomou mais uma bolsa de soro fisiológico com remédios e foi quando ela perguntou sobre o atendimento do médico de plantão.
“Quando eu já estava no segundo soro, perguntei para uma enfermeira se o médico não ia me atender, não ia pedir os exames e ela disse que não, que ele já tinha passado os medicamentos”, conta.
“Em nenhum momento o médico apareceu para fazer a consulta e muito menos para fazer um exame”, afirma a paciente.
Já no terceiro soro, a dona de casa conta que foi orientada por uma enfermeira que estaria liberada, se estivesse melhor e perguntou a ela: “O que o médico de orientou?”. E a paciente respondeu: “Ele não me orientou a nada, pois nem a cara do médico eu vi”. E desta forma, acabou liberada.
ESTE É O PROCEDIMENTO NO BOM JESUS ?
Incomodada com o atendimento recebido, a dona de casa conversou com a equipe do Em Pauta, para saber se é correto este procedimento de não ter o contato com o médico.
“Atendimento do médico mesmo eu não tive. Ele não me examinou, não pediu um exame”, concluiu.
OUTRO LADO
O Jornal Em Pauta procurou a Secretaria Municipal de Comunicação da Prefeitura de Bragança Paulista, que por meio de nota respondeu que “todas as pessoas que necessitam de atendimento na UPA Bom Jesus passam por triagem e posteriormente com o profissional médico”. E acrescentou que “Nenhum profissional médico libera o paciente sem dar alta”.
Especificamente sobre o caso de Beatriz, a Prefeitura disse que “a paciente foi atendida, examinada e medicada em 15 minutos. Não retornando para a reavaliação. Reportou a equipe de enfermagem que estava bem e se retirou da unidade”. Versão esta, oposta a versão apresentada pela paciente.
De acordo com a Secretaria de Saúde, naquela madrugada havia dois médicos de plantão na UPA Bom Jesus.
MED LIFE NÃO RESPONDE
A Organização Social Med Life, responsável pela gestão do Bom Jesus também foi contatada pela reportagem, mas não respondeu aos questionamentos.
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Então a enfermeira se passou por médico? Exerceu a medicina ilegalmente? Isso e crime.