Eleições 2024: PSOL propõe candidatura única da esquerda
Depois de Marquinho Chedid e Daniel José assumirem publicamente a possibilidade de serem candidatos a prefeito de Bragança Paulista, o partido PSOL publicou uma Carta Aberta sobre as Eleições 2024 no município.
O partido, que teve candidatura própria nas Eleições 2020, 2016 e 2012, convida outros partidos de esquerda para uma possível candidatura única deste campo político. E indiretamente, mostra abrir mão de ser ‘cabeça de chapa’ na composição, em busca de uma unificação.
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Dois nomes do PSOL para esta composição são do Professor Adalberto, que concorreu em 2020 ao cargo de prefeito e Dani da ‘Chapa Coletiva’, que foi a terceira candidata a vereadora mais votada em Bragança Paulista no último pleito, com 1.642 votos, mas ficou de fora da composição da Câmara Municipal, por causa do chamado quociente eleitoral.
CARTA ABERTA
“Aproximam-se as eleições municipais de 2024 e nós do PSOL de Bragança Paulista entendemos que é hora de fazermos um debate público e fraterno sobre quais os rumos que queremos para nossa cidade”, diz a Nota do Partido Socialismo e Liberdade de Bragança.
“Sabemos que a direita na cidade está fragmentada em nossa cidade … De um lado, temos o Grupo Chedid e, de outro, temos nomes …. que se postulam como uma alternativa à direita ao grupo Chedid. Em comum, estes setores, em diferentes oportunidades, apoiaram ou foram coniventes com o governo de Bolsonaro. Apesar dessa fragmentação, não podemos subestimar o poder de mobilização e de manipulação da direita que se mantém como uma força social de massas – exemplo disso são as últimas eleições federais em que, mesmo com a derrota, Bolsonaro teve 66,94% de votos contra 33,06% de Lula, em Bragança Paulista”, argumenta o partido político.
“Por esse motivo, entendemos que a unidade da esquerda é fundamental para uma possibilidade de vitória sobre a fragmentação da direita.
Não faremos, em nenhuma hipótese, coligações com qualquer bolsonarista ou pessoa que tenha relação com o bolsonarismo, pois entendemos que não é possível se aliar à direita para derrotar a direita, isso seria trair os nossos princípios e a nossa história de luta pela
justiça social, pelos direitos humanos e pela democracia”, diz.
“Por isso, convidamos os partidos de esquerda (PCB, PT, PCdoB, PDT e PV), movimentos sociais, ativistas independentes da cidade a se unirem e participarem da construção de seminários programáticos para discutir os possíveis cenários eleitorais, os critérios para a escolha de candidaturas e a elaboração de um plano de governo para a maioria que seja ecossocialista, de combate à misoginia, à LGBTfobia, à xenofobia, ao racismo ou a qualquer outra forma de violência, lutando sempre pela garantia de direitos”, conclui a Nota do PSOL.
De acordo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) as convenções partidárias e registros de candidatura ocorrem entre 20 de julho e 5 de agosto. Definidas as candidaturas, as agremiações têm até 15 de agosto para registrar os nomes na Justiça Eleitoral.
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