Fundação CASA de Bragança não tem previsão de reabertura
Com o fechamento da unidade local, e o retorno das visitas que estavam suspensas por causa da COVID-19, os familiares de adolescentes infratores de Bragança Paulista terão que se deslocar para outras cidades para ver menoresQuando a Fundação CASA foi inaugurada em Bragança Paulista, em 2007, gerou muita polêmica. De um lado pessoas que achavam que a unidade poderia trazer transtornos para cidade, por exemplo, com rebeliões.
Do outro lado, pessoas defendiam que ficando mais perto de suas famílias, em unidades menores e sem superlotação, os menores pudessem realmente se ressocializar.
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Apesar de algumas tentativas de fuga registradas, nenhum incidente grave aconteceu no local até o fechamento da unidade em 2020 durante a pandemia da COVID-19. Por outro lado, alguns menores, conseguiram concluir estudos e foram aprovados em vestibular.
CASA Bragança fechada
Os 20 menores que estavam na Fundação CASA de Bragança quando ela foi fechada, foram transferidos para outras unidades. Como as visitas estavam suspensas, mesmo que estivessem na unidade de Bragança Paulista, eles não receberiam suas famílias.
A partir de hoje, 15, no entanto, as visitas serão retomadas e os familiares dos internos de Bragança Paulista terão que fazer deslocamento para outras cidades.
Até quando? Ninguém sabe.
De acordo com a assessoria do Governo do Estado, não há qualquer previsão para reabertura da unidade da Fundação CASA em Bragança Paulista.
Porque fechou?
A justificativa do Estado para o fechamento é que o atendimento na Fundação CASA ainda está abaixo do registrado em dezembro de 2019. Na época, a Fundação CASA atendia no Estado a 6.850 adolescentes. Este número, em 14 de janeiro deste ano caiu para 5.103 atendidos.
Ainda de acordo com a Fundação CASA, dos 20 adolescentes que se encontravam na unidade de Bragança Paulista em julho de 2020, apenas dois continuam em cumprimento de medida socioeducativa.
Os dois adolescentes, no entanto, já eram originários de outros municípios, ou seja, os familiares já tinham mesmo que fazer deslocamentos para visitas.
Jovens infratores vão para onde?
Desde o fechamento da unidade, os adolescentes apreendidos em Bragança Paulista são atendidos prioritariamente no CASA Atibaia. A unidade possui estrutura para realizar a quarentena dos jovens recém-chegados. Segundo a Fundação CASA, todo adolescente apreendido no Estado fica 14 dias em quarentena para evitar a contaminação pela COVID-19.
A instituição não revela quantos jovens de Bragança Paulista estão na Fundação CASA de Atibaia. Alguns, aliás, estão em outras unidades no Estado. Segundo a Fundação CASA até ontem havia 18 adolescentes originários da cidade de Bragança Paulista internados em centros da Região Metropolitana de São Paulo.
As visitas
Todos eles poderão receber visitas a partir de hoje.
Cada jovem receberá a visita quinzenal de um membro da família, previamente autorizado pela equipe de referência do adolescente no centro socioeducativo.
Para ingressar no local, o visitante terá a temperatura auferida; responderá a um questionário sobre o seu estado de saúde; preencherá uma declaração de que não pertence ao grupo de risco da doença.
O visitante também deverá utilizar máscara durante todo o período da visita e, ainda, realizar todos os cuidados com a higiene, como lavar as mãos com frequência e/ou utilizar álcool em gel.
Familiar ou parceiro do PAR com temperatura corporal acima de 37,2ºC ou que teve contato com pessoa com suspeita ou diagnosticada com Covid-19 há menos de 14 dias não poderá realizar visita.
A duração da visita familiar presencial será de uma hora, observando distanciamento social de 2 metros, em local aberto e procurando evitar o contato físico. Cada centro socioeducativo programará o horário da visitação, que pode acontecer entre 10h e 12h ou entre 14h e 16h. A cada hora será permitido o ingresso de até 15 familiares.
Caso haja suspeita ou confirmação de caso de COVID, a visitação no centro será suspensa por 14 dias.
De acordo com a Fundação CASA, os centros socioeducativos recebem uma verba para auxílio aos familiares cujos filhos encontram-se internados em locais distantes da sua cidade de origem.
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