Governador do Estado fala sobre obra atrasada em Bragança

Governador do Estado fala sobre obra atrasada em Bragança

Em agosto de 2021, o Governo do Estado de São Paulo e a Prefeitura de Bragança Paulista deveriam inaugurar 28 unidades habitacionais para idosos do programa Vida Longa. Mais de 1 ano depois, nenhuma unidade foi entregue e por isto o Em Pauta questionou o governador Rodrigo Garcia, em recente visita à cidade.

Inicialmente o programa chamava-se Vila Dignidade e posteriormente recebeu o nome de Vida Longa. A obra no bairro da Jardim Vista Alegre está em ritmo lento, com poucos trabalhadores e chegou a ficar paralisada.

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PRAZO NÃO É CUMPRIDO

No local ainda há uma placa do Governo do Estado, afirmando que a data de início é da obra é 3 de agosto de 2020 e o seu prazo é de 12 meses, ou seja, deveria ser entregue até agosto de 2021.

Com o prazo já estourado, em janeiro de 2022, a CDHU (Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano) informou ao Em Pauta que a obra deveria ser entregue em abril de 2022. Na época, a construtora Elefe Engenharia Civil continuava responsável pela obra atrasada.

Nesta quarta-feira (21) a reportagem do Em Pauta esteve mais uma vez no local e haviam poucos trabalhadores, cerca de seis, além de um vigilante.

FALA GOVERNADOR

Em entrevista ao Em Pauta, o governador Rodrigo Garcia falou sobre o atraso de mais de um ano.

“Todo o esforço pra gente retomar obras que param. Muitas vezes a empreiteira ganha a licitação e abandona a obra. Muitas vezes o governo não gosta do serviço e tira a empreiteira. Mas diferente da nossa casa, temos que passar por um processo de licitação, passar por toda uma burocracia pública porque o dinheiro é público. Estamos nos empenhando para concluir rapidamente o Vila Dignidade, assim como outras obras da região”, afirmou.

OBRA SERÁ ENTREGUE QUANDO?

Em maio de 2021, a Secretaria de Comunicação da Prefeitura de Bragança Paulista divulgou que a obra contava com um sistema de monitoramento, com câmeras on-line e drones, para acompanhamento em tempo real. Conforme informado à época, “o objetivo é evitar atrasos e manter os cronogramas”.

O sistema não adiantou.

O Em Pauta solicitou à CDHU um novo prazo e o motivo do atraso na obra. Se houve aditamento de valor e se a construtora Elefe Engenharia Civil permanece como responsável pela obra. Todavia, não obtivemos retorno até a publicação desta reportagem.

PARTE DOS IDOSOS ESTÃO SELECIONADOS

A Prefeitura de Bragança informou que já selecionou 17 idosos para o conjunto habitacional. Ao todo, serão 28 contemplados.

De acordo com a SEMADS (Secretaria Municipal de Ação e Desenvolvimento Social), todos foram encaminhados pelos equipamentos da secretaria, como os CRAS (Centros de Referência da Assistência Social), CREAS (Centro de Referência Especializado de Assistência Social) e Centro Dia para Idosos, sendo entrevistados individualmente.

Os idosos selecionados atendem aos critérios como: ter idade igual ou superior a 60 anos; ser independente para as atividades da vida cotidiana; estar em situação de vulnerabilidade e risco social; ter vínculos familiares fragilizados ou rompidos; ser inscrito no Cadastro Único para Programas Sociais – CadÚnico; ter renda mensal de até 2 (dois) salários mínimos; residir no município há pelo menos dois anos; prioridade para beneficiários do BPC e aqueles em extrema pobreza.

3 MIL MORADIAS?

Embora o município tenha um grande déficit habitacional e a chapa Jesus Chedid/Amauri Sodré tenha prometido a construção de 3 mil moradias populares durante sua campanha em 2016, essas são as únicas casas populares em construção no município pela Prefeitura ou Estado.

Enquanto isto, a Associação Comunitária de Habitação Popular de Bragança Paulista (ACOHAB) constrói 560 moradias de interesse social, no Jardim Águas, em Bragança Paulista, voltada aos seus associados. Em uma primeira etapa serão construídas 392 unidades. Na segunda serão construídas 198 unidades. Os condomínios receberam os nomes de Condomínio Residencial Renato Russo e Elis Regina.

A Secretaria Municipal de Habitação, por sua vez, sequer atualizou o cadastro do déficit habitacional de Bragança Paulista.

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