Hospital Bragantino suspende as atividades em Bragança Paulista

Hospital Bragantino suspende as atividades em Bragança Paulista

O Hospital Bragantino, localizado no Jardim do Lago, em Bragança Paulista, que já foi no passado Hospital da Unimed e também Hospital Mantiqueira, suspendeu suas atividades.

O estabelecimento de saúde ofertava atendimento de Pronto-Socorro 24 horas, exames de imagem e laboratório, ambulatório de especialidades clínicas diversas e internação. Durante a pandemia, o hospital inclusive atendeu leitos de UTI COVID, da Secretaria Municipal de Saúde Bragança.

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Fotos: Filipe Granado

De acordo com seu site, atendia convênios como Saúde Caixa; Amil; Mediservice, do Bradesco e Bradesco Saúde; Porto Seguro, NotreDame Intermédica, Coopus, Unimed, Sompo Seguros, entre outros, além de atendimentos particulares.

POSICIONAMENTO

A reportagem do Em Pauta conversou por telefone com o ex-adminitrador do hospital, Roberto Schahin, que confirmou a suspensão das atividades por prazo indeterminado.

“A gente suspendeu os atendimentos de pronto-socorro, internação e consultas, pois temos uma questão em aberto com os médicos e corpo clínico da cidade, por conta de todo histórico do hospital”, confirmou.

“Preferimos fechar os atendimentos até resolver isto”, informou Schahin, sem fornecer maiores detalhes.

Ainda de acordo com o ele, até o momento os funcionários não chegaram a ser dispensados e o trâmite de suspensão dos atendimentos foi alinhado junto ao corpo clínico e operadoras de plano de saúde.

“PEGUEI UM NEGÓCIO QUEBRADO”

Em janeiro de 2021, menos de um mês após se tornar um dos investidores e também diretor do Hospital Bragantino, Roberto Schahin afirmou ao Em Pauta que tinha pego “um negócio quebrado”.

“É impossível você pegar um negócio quebrado, onde o último gestor não pagou nenhuma conta e reativar ele de um dia pro outro”, disse ao Em Pauta na ocasião. Na época, havia um impasse entre o hospital e a Secretaria Municipal de Saúde, sobre a data do início da operação de 10 leitos de UTI COVID.

Na crise da pandemia, inclusive o prefeito Jesus Chedid em entrevista à Tv Vanguarda chegou a se manifestar sobre o hospital. “Não arrumou equipe porque não está pagando em dia as contas”, afirmou em janeiro de 2021.

Schahin, concordou com o prefeito na época. “O antigo gestor não pagou ninguém. Não sei se não soube fazer as contas ou foi má-fé, não posso entrar nestes detalhes”, disse. E contou, ainda na ocasião, que ao assumir o hospital no dia 22 de dezembro, haviam 3 meses de salários atrasados (ou parte deles), além de 13° e férias.

Hoje não se sabe ao certo qual período os funcionários estão sem receber.

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