HUSF é homenageado por programa de doação de órgãos

HUSF é homenageado por programa de doação de órgãos

O Hospital Universitário São Francisco (HUSF) possui uma comissão interdisciplinar que é responsável por acolher os familiares enlutados e explicar como a vida pode continuar através de um nobre gesto de amor ao próximo.

Esta comissão, denomina-se Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Transplante de Tecidos (CIHDOTT) e ao longo de 2021 e 2022 realizou 14 captações relacionadas à doação de órgãos e tecidos para transplantes. O HUSF é a maior referência regional neste processo, responsável por salvar vidas, contando com profissionais especializados para oferecer todo o suporte psicológico e técnico aos familiares que passam pelo delicado cenário de luto.

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HOMENAGEM

Por este trabalho, o HUSF foi contemplado com uma homenagem da Central de Notificação, Captação e Distribuição de Órgãos do Estado de São Paulo pelo alto índice de captação e doação de órgãos realizada na instituição.

“Em virtude de crenças religiosas, valores pessoais e emoções momentâneas, a morte encefálica e a doação de órgãos representam temas muito sensíveis. Ainda persistem dúvidas e poucas discussões esclarecedoras sobre esses assuntos em nossa sociedade, afinal, uma das maiores angústias dos familiares é receber o diagnóstico de morte de um ente querido, porém, observar os órgãos dele funcionando através de intervenções artificiais”, explica a psicóloga Flávia Gozzoli, integrante da CIHDOTT.

RÍGIDOS PROTOCOLOS

O diagnóstico de morte encefálica (perda total e irreversível das funções cerebrais) é realizado mediante um rígido protocolo, que segue à Legislação Federal e do Conselho Federal de Medicina (CFM). Somente após a conclusão deste minucioso processo, o óbito poderá ser confirmado.

Além de trabalhar com acompanhamento e diagnóstico dos casos de morte encefálica, a CIHDOTT tem como objetivo oferecer o suporte psicológico aos familiares e conscientizá-los a respeito da importância da doação de órgãos – visto que a negativa dos parentes é o principal impedimento para que o procedimento ocorra. No entanto, a equipe acredita que o acesso às informações podem modificar esta realidade. “É preciso acreditar que, em meio à dor, é possível fazer o bem com um gesto de esperança”.

Ao lado de Flávia, integram a CIHDOTT o médico Felipe Fernandes Pires Barbosa e os enfermeiros Ricardo Ramos e Karina Oliveira, equipe que traz consigo a missão de conduzir este processo de forma ética e acolhedora, respeitando o luto dos familiares e a decisão de cada um, independente de qual for.

LUTO E FELICIDADE

“Atuamos na linha tênue entre a tristeza e a felicidade. De um lado, há uma família de luto. E, do outro, uma família aflita com um parente na fila do transplante, à espera de um órgão. Por isso, procuro transmitir que, dentro desta situação de luto, é possível realizar um ato de generosidade e compaixão, oferecendo uma nova chance de vida aos que aguardam”, explica Dr. Felipe.

Embora o Brasil seja referência na área de transplantes, ainda existem mais de 30 mil pessoas à espera de um gesto de amor. Portanto, se você deseja ser doador, comunique sua família. Ao tomar esta decisão, você exime seus familiares desta responsabilidade e os deixará mais tranquilos sobre o seu nobre interesse de salvar vidas.

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