Jogador natural de Bragança é destaque em clube na Itália 

Jogador natural de Bragança é destaque em clube na Itália 

*Por Tárcio Cacossi

De férias em sua terra natal após a conquista do acesso à Série A, principal divisão italiana de futebol, com a Cremonese, o lateral Paulo Azzi, natural de Bragança Paulista, conversou com a reportagem do Em Pauta sobre a temporada 2024-2025. 

Paulo Azzi, de 30 anos, começou nas categorias de base do Legionário, que tinha uma parceria com o Bragantino, o chamado “Bralec”, quando apareceu a oportunidade de se profissionalizar no Matonense, que jogava a quarta divisão do futebol paulista, a “bezinha”.

 





Contratado pela Ferroviária, foi dispensado pelo time de Araraquara. Depois de novas tentativas de encontrar um clube, foi para o Paulista. Enquanto atuava pelo clube de Jundiaí descobriu a possibilidade de obter a cidadania italiana e viajou para o país europeu, onde foi contratado por empréstimo pelo Cittadella. Em seguida, recebeu proposta da Tombense-MG para retornar ao Brasil, mas alguns meses depois voltou em definitivo para a Itália, passando por vários clubes de terceira e segunda divisão, até chegar ao Cagliari, clube com o qual também havia conquistado o acesso na temporada anterior (2023-2024).

No entanto, sem espaço no Cagliari, Paulo Azzi foi negociado com a Cremonese, com a missão de conquistar um novo acesso, e se tornou um dos protagonistas da bem-sucedida campanha. Após terminar a primeira fase na quarta colocação, a equipe disputou os playoffs e superou o Spezia na decisão. Sassuolo e Pisa, líder e vice-líder, respectivamente, da fase de classificação, conquistaram o acesso diretamente.
 

Nesta entrevista, Paulo Azzi fala sobre o bom término de temporada e sua ligação com o Estádio Municipal Cícero de Souza Marques, nova casa do Red Bull Bragantino. 

Por que você acredita que não ganhou tanto espaço no Cagliari? Chegou a conversar com o treinador quando saiu? 

O Cagliari foi muito bom para minha carreira. Só tenho a agradecer. Comecei a temporada jogando bem. Tive uma sequência de jogos, mas posteriormente investiram mais na equipe, trouxeram outros jogadores e resolveram dar oportunidade para eles. Como meu contrato estava acabando acabei perdendo espaço. O treinador [Davide Nicola] falou que eu vinha treinando bem, que merecia estar jogando, porém era uma escolha dele e do clube. Nesse momento temos quer ter humildade de aceitar e abraçar a próxima oportunidade e foi o que aconteceu.

Conte como foi sua trajetória na Cremonese. Situação que a equipe estava e como foi sua adaptação à cidade, ao clube e ao sistema de jogo. 

Na Cremonse encontro uma estrutura pronta para a Séria A. Com profissionais e centro de treinamento de alta qualidade. Chego com a responsabilidade de ajudar a equipe a alcançar a Serie A. Foi um desafio muito legal um estímulo muito bom. Fico muito feliz em ter alcançado isso com eles. O mérito não é meu pois somos um time. Mas sei da minha contribuição e fico feliz por isso. 

A minha adaptação foi muito boa, o grupo me recebeu muito bem. O sistema de jogo me favoreceu porque é ofensivo, em que predomina a posse de bola, voltei a fazer gols e dar assistência.

Qual foi o momento mais marcante nessa passagem, além da confirmação do acesso? 

A virada contra o Palermo, em que pude participar dos três gols e o último jogo contra o Spezia, que marcou nosso acesso. Viver uma final novamente e poder jogar como titular foi um momento muito marcante e maravilhoso. 

Seu contrato com o clube é em definitivo ou por empréstimo? Até quando é o contrato? 

Pertenço a eles. Tenho contrato por mais uma temporada.  

Você fica para a próxima temporada ou tem algumas propostas? 

Fica o desejo da renovação. Vamos conversar. Com certeza podem aparecer novas propostas, mas vamos avaliar o que for melhor. Hoje o desejo é dar sequência na Itália, onde tenho um bom mercado fiz uma boa temporada, mas não estou fechado a outras oportunidades.  


 


Nessas férias você tem acompanhado futebol? Chegou a ir ao estádio do Red Bull Bragantino? O que achou da cara nova do Estádio Municipal? 

Por mais que eu deseje desligar totalmente ficamos ligados [no futebol]. Gostaria de assistir ao jogo da seleção e não consegui e também não consegui ir nesse último do Bragantino [contra o Bahia], em função de outros compromissos. O municipal representa muito pra mim porque nasci e cresci no Jardim das Laranjeiras e foi um campo em que sempre tive contato. Já treinei ali, ia correr, jogava bola… Ver hoje como está é maravilhoso. 

E o que mais você tem feito fora acompanhar futebol? 

No dia-a-dia nossa o que mais faço é estar com a família. Meu filho tem um amor pelo futebol… Mesmo com dois anos já dorme com a bola e é maravilhoso estar com eles. Sempre dou prioridade para ter esses momentos. 

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