JTP fala sobre transporte escolar, integração e reclamações
Na quarta-feira (9), a Comissão de Educação da Câmara Municipal de Bragança Paulista recebeu o sócio da empresa JTP Transportes, Paulo Henrique Wagner, para dar explicações sobre o caos no transporte escolar do município. Na oportunidade, o empresário acabou também respondendo perguntas sobre as reclamações como um todo que envolvem sua empresa e o transporte público da cidade.
O secretário municipal de Educação Adilson Condesso também era aguardado, mas assim como fez o secretário de Assuntos Jurídicos Tiago Lopes em duas semanas seguidas, não compareceu ao Legislativo, deixando os vereadores da base do Grupo Chedid em uma situação incômoda.
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CONTRATO DESDE 2018 FOI INTERROMPIDO A PEDIDO DA PREFEITURA
“Atuamos no transporte de alunos desde 2018. Não era um assunto que chegavam reclamações. Em janeiro de 2022 fomos surpreendidos com o rompimento do convênio do transporte escolar”, contou Paulo Henrique da JTP.
Em 2022, alunos chegaram a ficar sem ônibus e sem merenda escolar no início do ano letivo justamente porque a Prefeitura de Bragança Paulista decidiu cortar os convênios de alimentação e transporte escolar com a Rede Estadual de Ensino. Na época, a administração alegou questões técnicas e financeiras.
“No segundo semestre de 2022, iniciam-se as conversas com o Governo do Estado. O Estado ensaia a todo momento devolver o serviço, desde agosto. Nós não temos condições de ficar a bel prazer do Governo do Estado e deixar 50 pessoas contratadas”, argumentou a empresa JTP, que acabou reassumindo o serviço somente em fevereiro de 2023.
VOLTA ÀS PRESSAS
“Quando volta janeiro, mais uma vez começa a história que o serviço voltaria pra gente. Porém a empresa que prestava o serviço contratada pela Diretoria de Ensino tinha contrato vigente até 28 de fevereiro. E começa essa coisa de vai assinar o convênio, não vai assinar o convênio. Quando chega na véspera (do início das aulas) que eu fui notificado, a empresa Azul ainda tinha contrato vigente”, afirmou Paulo.
“Nós não tínhamos clareza nenhuma até a véspera do que seria. A Secretaria de Educação não tinha clareza. No dia 3, quando chega a ordem de serviço eu tinha o nome das linhas, mas eles não tinham passado sequer as rotas das novas linhas, as quilometragens das novas linhas, eu não sabia por onde ia ter que passar. Isso foi encaminhado ao longo de fevereiro. O prefeito Amauri assina a ordem de serviço com as aulas já iniciadas”, diz o responsável pela operação e também sócio da JTP.
POR QUE ACEITOU O CONTRATO?
“Quando eu assinei este contrato em 2019, concedia-se após a assinatura 30 dias para início dos serviços. O serviço havia sido suspenso , foi uma reativação. Eu não assinei um novo contrato para fazer o serviço. Eu fui para a boca dos leões. A falta de planejamento levou a essa situação”, afirmou na Câmara Municipal.
“Não estou aqui porque aceitei. Continuo tentando porque não encontraram outra solução. Caso tivessem encontrado, eu teria sido substituído”, confidenciou. Aliás, este contrato do transporte escolar foi julgado irregular pelo TCE (Tribunal de Contas do Estado de São Paulo), em 2022, conforme esclareceu o Departamento Jurídico do Legislativo.
QUANTOS VEÍCULOS DEVERIAM TER NO TRANSPORTE ESCOLAR?
De acordo com o representante da JTP, são 40 veículos com 80 motoristas. Sendo que a empresa apresentou apenas 24 inicialmente. De acordo com ele, hoje ainda faltam duas linhas por falta de motoristas. “Eu não tinha conhecimento das rotas e nem da necessidade dos veículos”, disse.
QUAL É O PRAZO DE REGULARIZAÇÃO?
Durante vários momentos da reunião, foi solicitado ao sócio da JTP um prazo para resolução 100% dos problemas no transporte escolar.
“Duas linhas sem motoristas, éramos para ter finalizado isto na semana passada, entendíamos que os dois motoristas teriam sido contratados, mas entramos a semana com pendência. Entendo que estamos próximos de trazer a regularidade e acabar com este problema”, afirmou à equipe do Em Pauta, sem estipular prazos.
FALTA DE MOTORISTAS
Uma das principais justificativas da empresa para que alunos fiquem até hoje sem o transporte é a falta de mão de obra. De acordo com Paulo, no transporte urbano há 30 vagas de motoristas em aberto.
“É uma das cidades que nos atuamos que temos mais dificuldades em contratar mão de obra. A questão do transporte em Bragança é muito aquecida pelas empresas de fretamento”, argumentou.
INTEGRAÇÃO NA PRAÇA DA POESIA
Sobre a polêmica integração na Praça da Poesia, que desagradou a imensa maioria dos usuários do transporte público, sobretudo os trabalhadores da USF (Universidade São Francisco), HUSF (Hospital Universitário São Francisco), pacientes e alunos, o responsável pela JTP disse que a partiu do governo Amauri Sodré/Grupo Chedid.
“Nós não fomos consultados ou discutimos a respeito do Terminal Urbano da Praça da Poesia. A Prefeitura no ano passado contratou um estudo pra fazer o redimensionamento e reestruturação do sistema de transportes e as linhas”, afirmou Paulo.
“No final do ano passado teve o resultado disso, que foi a determinação de uma nova Ordem de Serviço. Dentre as mudanças existia a integração na Praça da Poesia. Nós recebemos essa Ordem de Serviço em janeiro, para que passemos a operar o serviço dessa forma e desde então vem seguindo as determinações da Prefeitura. Não sei quais são os planos de secretário Rogério”, afirmou.
Rogério Crantschaninov é o secretário de Mobilidade Urbana de Bragança.
“Não tenho poder de dizer que os carros vão direto para a USF. O sistema mudou e eu não tenho como mudar a Ordem de Serviço”, concluiu, sobre este tema.
NOVOS ÔNIBUS
De acordo com o sócio da JTP, no momento existem 54 ônibus em operação em Bragança Paulista, para uma média de 350 mil passageiros por mês. O contrato com a Prefeitura prevê 79 veículos, portanto, a operação é de apenas 68% do possível contratualmente.
“De fato existe uma Ordem de Serviço para incremento de frota. Nós apresentamos dois veículos mês de fevereiro e a estimativa de mais 4 no mesmo de março”, explicou Paulo.
“Não tenho clareza para onde irão essas linhas. Estão sendo designadas conforme os carros vão chegando”, disse.
O empresário também falou da falta de equilíbrio financeiro do contrato e do fato de não receber subsídio da Prefeitura, porém a empresa recentemente recebeu um aporte financeiro via indenização no valor de R$ 15.500.000,00 (quinze
milhões e quinhentos mil reais) e, segundo ele, os pagamentos mensais estão em dia.
TRANSPORTES DE DEFICIENTES
Além das reclamações do transporte escolar, o Em Pauta recebeu reclamações ainda sobre má prestação de serviço no transporte de deficientes de Bragança. Com relação a esta reclamação, o sócio da JTP Transportes explicou que o contrato é o mesmo do transporte escolar e, portanto, os motoristas são os mesmos.
Isso mostra que pode ter ocorrido uma transferência de motoristas de um segmento, para outro.
MULTA DE 2 MILHÕES
Na última semana, pressionado por pais, vereadores e a mídia o secretário municipal de Educação Adilson Condesso se dirigiu aos microfones da rádio FM 102, de propriedade da Família Chedid, para anunciar multar na ordem de R$ 2 milhões à JTP, pelos problemas no transporte escolar.
Todavia, a empresa afirmou que está recorrendo dos valores aplicados e as multas não foram pagas aos cofres públicos. “Estamos recorrendo das notificações que recebemos. Nós discordamos da aplicabilidade das multas. Não discordo com relação ao atendimento, mas com relação aos prazos que seriam necessários para reativação do serviço”, afirmou Paulo Henrique Wagner.
Participaram dos questionamentos na Câmara Municipal os vereadores José Gabriel, Marcos Roberto, Rita Leme, Camila Marino, Miguel Lopes, Jocimar Scotti e Sidiney Guedes.
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A prefeitura acusa a jtp, esta por sua vez, diz que o problema foi criado pelo município, e assim por diante. Enquanto isso a população continua sofrendo com o transporte coletivo e ninguém resolve o problema.
Será que a solução seria a renovação das cadeiras na câmara dos vereadores incluo aqui também a mudança de prefeito.
No ano que vem haverá eleições municipais os eleitores devem ficar atentos na hora da escolha do candidato.
Prestam um péssimo serviço, cobram uma tarifa absurda do usuário,.recebem aporte da prefeitura, tudo pelo rico dinheirinho! Vans emplacadas em Bragança neles, prefeito!
FALOU E NAO DISSE NADA..NAO RESOLVE NADA.
PREFEITURA OMISSA, IRRESPONSÁVEL UM FRACASSO… NÓS USUARIOS,CHEGANDO SEMPRE ATRASADO NO TRABALHO POR INCOMPETÊNCIA ADMINISTRATIVA..