Luzes não serão acesas até comissão reavaliar detalhes de contrato

Luzes não serão acesas até comissão reavaliar detalhes de contrato

Uma das promessas do prefeito Jesus Chedid era religar, logo nos primeiros dia de seu governo,  as lâmpadas que foram apagadas em diversas ruas da cidade, pelo prefeito  Fernão Dias da Silva Leme em 2015, com o objetivo de cortar gastos.

Na tarde desta terça-feira, dia 3, entretanto, Chedid fez uma reunião com representantes da empresa Citeluz e a imprensa e anunciou que não pode ordenar a ligação imediata das lâmpadas.

“Nós não podemos mandar religar nada para gerar despesas para a prestadora de serviços se o contrato não está legal. A comissão que vai ver como pode legalizar isto”, afirmou Jesus Chedid.

Confira trecho do seu discurso no vídeo:

O prefeito enfatizou que a comissão criada por ele, através de decreto ainda durante a solenidade de posse, com objetivo de avaliar todos os contratos e pagamentos, está analisando todos os detalhes do contrato já que os mesmos foram julgados irregulares pelo Tribunal de Contas.

Uma nova reunião está marcada para tratar sobre o assunto no dia 12 de janeiro.

Segundo o informado na reunião, a Prefeitura está devendo três meses para a empresa, sendo que nos próximos dias, vence mais um pagamento.

O valor da dívida é de aproximadamente R$ 500 mil e Jesus Chedid informou que sua assessoria irá avaliar se a Prefeitura pode ou não pagar estes valores, já que o contrato com a empresa foi julgado irregular pelo Tribunal de Contas do Estado de São Paulo.

O contrato entre a Citeluz e a Prefeitura foi firmado no dia 13 de setembro de 2011, ou seja, durante a segunda administração de João Afonso Sólis (Jango), no valor de aproximadamente R$14 milhões.

Como os julgamentos no Tribunal de Contas nem sempre acontecem logo em seguida a licitação, o Tribunal de Contas  julgou o contrato irregular, no dia 25 de março de 2014, ou seja já durante a administração de Fernão Dias que prorrogou o mesmo até março de 2017.

Assim que julgou o a licitação e o contratos irregulares, o Tribunal de Contas determinou também o envio do processo ao Ministério Público.

Segundo o informado pelo gerente da empresa Sérgio Melo de Almeida e pelo coordenador técnico André Luis Ribeiro, o desligamento aconteceu a partir de agosto de 2015, e a empresa apagou cerca de 1500 pontos de energia. Parte deles, entretanto, foram religados nos últimos meses.

Ainda segundo os representantes da empresa, o desligamento custou aos cofres públicos cerca de R$ 280 mil e a economia gerada por mês era de aproximadamente R$ 70 mil, ou seja, foram necessários 4 meses de cortes para pagar o desligamento.  Para religar as lâmpadas também deve haver custos.

Vale lembrar que a Prefeitura abriu uma nova licitação no dia 28 de novembro e que duas empresas interpuseram recursos.

CALL CENTER

Desde quando o desligamento de lâmpadas foi feito, a empresa desligou também o Call Center, ou seja um canal de comunicação com a população. Assim, as reclamações passaram a ser feitas diretamente à Prefeitura.

Os representantes da empresa, disseram que o desligamento não gerou nenhuma economia  aos cofres públicos. Ao contrário, a Prefeitura pagava por algo que já existia e não estava sendo usado.

Confira a declaração:

 

Além de Jesus Chedid e seus secretários também participaram da reunião, que começou com cerca de duas horas de atraso, o deputado Estadual Edmir Chedid, seu filho Victor Hugo e o presidente do Bragantino, Marquinhos Chedid.

Na sequência, eles também conversariam com representantes da empresa ETENG. Outras reuniões estão marcadas para os próximos dias, para tratar sobre outros contratos.