“Operação Alumidas”: empresa de Bragança é alvo da Polícia e Receita Federal

“Operação Alumidas”: empresa de Bragança é alvo da Polícia e Receita Federal

Na terça-feira (14) a Polícia Civil de Mato Grosso do Sul, a Secretaria de Estado de Fazenda de Mato Grosso do Sul (SEFAZ) e a Receita Federal  realizaram a “Operação Alumidas” com objetivo de desarticular esquema criminoso de lavagem de dinheiro, falsidade ideológica e crimes contra a ordem tributária envolvendo empresas do ramo de sucata de alumínio. Uma empresa com sede no Bairro do Guaripocaba, em Bragança Paulista, foi alvo da ação. 

Ao todo, segundo a Polícia Civil de Mato Grosso do Sul foram cumpridos 27 mandados de busca e apreensão. Os mandados foram expedidos pela 1ª Vara Criminal Residual de Campo Grande.  Destes, 13 foram cumpridos no Estado de São Paulo (Capital, Guarulhos, Campinas, Bragança Paulista e Paulínia), 11 mandados no Estado de Mato Grosso do Sul (Campo Grande, Paranaíba e Sete Quedas), 1 no Rio de Janeiro (Capital), 1 no Pará (Belém) e 1 em Minas Gerais (Belo Horizonte).

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Em Bragança Paulista, a operação cumpriu um mandado de busca e apreensão em uma empresa situada no Guaripocaba. No local a polícia e apreendeu documentos e aparelhos eletrônicos. Ninguém foi preso.

De acordo com a Polícia Civil a empresa beneficiada com o esquema tem sede em Mato Grosso do Sul, mas seus sócios-proprietários moram em Campinas. 

O CRIME

De acordo com as investigações, os crimes foram praticados por empresas associadas para emissão de notas frias, visando a dissimulação de operações internas e interestaduais em conluio. O objetivo era fraudar os fiscos estadual e federal no que tange às negociações envolvendo o ramo de sucata de alumínio.

Além das apreensões, o Poder Judiciário do MS, autorizou o sequestro e indisponibilidade de bens na posse de sete investigados apontados como principais integrantes da organização criminosa, contra os quais existem indícios veementes da proveniência ilícita dos bens, bem como foi determinado o bloqueio de todo patrimônio relacionado à empresa beneficiária do milionário esquema criminoso, abrangendo veículos, imóveis, aplicações financeiras, dentre outros.

FRAUDE TRIBUTÁRIA

Segundo as investigações, pessoas jurídicas interpostas, conhecidas como “noteiras”, emitem documentos fiscais inidôneos simulando compra e venda de sucata de alumínio e alumínio industrializado. O objetivo é gerar créditos fiscais fictícios às companhias do grupo investigado, além de acobertar a circulação de mercadorias de origem desconhecida.

De acordo com a Polícia Civil do Mato Grosso do Sul, por meio de subterfúgios contábeis e comerciais, há indícios de reiterado ajuste irregular do fluxo produtivo, notas fiscais, pagamentos e até simulação de transporte de mercadorias inexistentes, objetivando confundir os órgãos de fiscalização, em especial quanto às operações fictícias de compra e venda de sucata de alumínio ou de alumínio industrializado.

“No curso das investigações, o vínculo entre as empresas ficou ainda mais claro, não só pela forma de agir, mas também pela operacionalização da fraude pelo mesmo contador, pessoa já bastante conhecida do meio policial por figurar em diversos crimes, como: falsidade ideológica, estelionato e lavagem de dinheiro”, diz a Polícia.

OPERAÇÃO “BLINDAGEM METÁLICA”

Algumas das pessoas jurídicas investigadas já foram alvo de outras grandes operações, como a Blindagem Metálica, ocorrida em setembro de 2021, além de terem sido autuadas em outras oportunidades. Mesmo assim, persistem no não cumprimento de suas obrigações tributárias, tanto no âmbito federal como estadual.

A Receita Federal estima que a fraude tributária pode ter gerado prejuízo superior a R$ 500 milhões aos cofres públicos. Já no âmbito estadual, existe uma estimativa de sonegação tributária de aproximadamente R$ 200 milhões.

Foto: Divulgação Polícia Civil

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