Perigo: funcionários trabalham sem equipamentos em obra da Prefeitura

Fotos: Filipe Granado

Na tarde de segunda-feira, 1, a reportagem do Bragança Em Pauta, flagrou o momento que homens trabalhavam na colocação de uma placa de obra, no Lago do Taboão. As fotos mostram o perigo dos funcionários trabalhando sem equipamentos de segurança na obra da Prefeitura.

A placa, contém a identificação da obra, valor e outros dados. Nenhum dos funcionários que faziam o serviço de instalação de placa de comunicação visual usavam os EPIs. EPIs são equipamentos de proteção individual de segurança.

De acordo com a norma NR 35 do Ministério do Trabalho e Emprego, quando o trabalhador executa serviços em uma altura a partir de 2 metros, precisa usar equipamentos. Entre eles estão, por exemplo: capacete, cinto de segurança, andaime e luvas.  Como a instalação da placa ocorreu próxima da rua, também deveria haver o isolamento viário.

Vale lembrar que no Carnaval de 2017, um funcionário da Prefeitura de Bragança Paulista morreu ao cair de uma escada. A queda ocorreu no momento em que ele tentava desmontar parte da alegoria da escola de samba Dragão Imperial. A alegoria precisava ser desmontava  para que o carro alegórico passasse pela fiação. Mauro Aparecido de Moraes Leme não usava equipamentos de segurança. Ele chegou a ser socorrido e ficar internado mas não resistiu aos ferimentos e morreu.

Relembre: + https://bragancaempauta.com.br/sepultamento-do-servidor-mauro-leme-acontece-hoje-as-9h/

As obras

No local onde a placa foi instalada a Prefeitura de Bragança Paulista está realizando uma obra para evitar o assoreamento do Lago do Taboão. Muitos motoristas acreditaram que as obras na rotatória São Francisco, tentariam resolver as questões de trânsito intenso no local, principalmente no horário de pico. As obras, entretanto não são de mobilidade.

Para conter o assoreamento na região do Lago do Taboão serão construídas Bacias de Retenção e Sedimentação de Sólidos. Estas bacias deverão ser periodicamente limpas sem que permitam a passagem dos sólidos para o Lago do Taboão.

As bacias de sedimentação e retenção de sólidos, segundo a Prefeitura, foram projetadas em locais adequados, sem interferências nas construções existentes, áreas verdes instituídas de loteamentos, e, evitando-se supressão de vegetação desnecessariamente.

Atualmente está sendo construída a Caixa de Retenção S3 (concreto armado), justamente na rotatória.

Outras três obras serão executadas:

– Bacia de Retenção S2 (gabiões) – na entrada do Lago do Taboão antes da travessia sob a Avenida Alpheu Grimello;

– Bacia de Retenção S5 (gabiões) – imediatamente antes da confluência entre o Afluente 2 e o Córrego do Taboão, nas margens da Avenida Dom Pedro I;

– Caixa de Retenção S6 (concreto armado – existente) – imediatamente antes da confluência entre o Afluente 3 e o Lago do Taboão, nas margens da Avenida Dom Pedro I, onde já existe uma Caixa de Retenção de Sólidos.

O investimento é de mais de R$ 1 milhão. A empresa vencedora do processo licitatório é a Jofegê Pavimentação e Construção. A obra, entretanto, é gerenciada pela empresa Kingline – Consultoria em Soluções de Engenharia. É ela, que realiza o gerenciamento da execução das medidas de prevenção e combate ao assoreamento do Lago.

 

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