Radialistas vivem tempos sombrios, mas que pode ser vencido

Radialistas vivem tempos sombrios, mas que pode ser vencido

No dia 7 de novembro comemoramos o Dia do Radialista, mas será que a categoria tem o que comemorar?

Convidamos o radialista Jesse Nascimento, que durante anos trabalhou na Rádio Globo e na CBN para escrever um texto para o Bragança Em Pauta falando sobre o assunto.

Confira ! Vale a pena a leitura !

“Radialistas vivem tempos sombrios, mas que pode ser vencido”.

Por Jesse Nascimento

Uma das profissões que mais tem sofrido ultimamente é a de radialista.

Uns são alvos de barbaridades cometidas contra eles, pela gestão calamitosa dos meios aos quais prestam serviço.

Outras são deferidas por eles próprios, uma vez que não se atualizam para as novidades que surgem a cada segundo.

Quando falo de radialista, falo daquele que comunica algo e também daquele que faz acontecer no bastidor para que tudo seja colocado no ar.

Um não anda sem o outro.

Os tempos podem parecer sombrios para esta classe, mas irá prevalecer a competência e a inovação.

Quem estudar e se atualizar vai sair na frente. Muitas novidades surgem a todo instante e precisam ser avaliadas e colocadas em prática, se viável.

Nós temos uma TV e um rádio poderosos, mas uma gestão radiofônica que está sentada em berço esplendido. E é por essas e outras, que grandes talentos foram e estão sendo tratados com “amadorismo juvenil”.

Nunca antes aqueles que tremularam a bandeira de determinada emissora foram tão maltratados, sejam eles do microfone ou da área técnica.

O que nomes renomados do rádio e da TV, radialistas, ganham depois de anos a fio de excelentes serviços prestados é: “Você está demitido” e a justificativa covarde é sempre a mesma, contenção de custos.

Evidente que para os acomodados precisa ser dente por dente, mas para aqueles que se atualizam, procuram conhecer novas tecnologias e ferramentas e estudam, o modelo precisa ser outro, o da valorização.

Não tem como negar também que os radialistas que comunicam, e isso é uma arte, precisam estar na linha de frente e valorizados, mas esta é uma palavra que assusta quem faz a gestão do processo. O que ainda não se entende é que a valorização muitas vezes vai além do “ganhar mais”. Esse é tema para outro artigo.

Quem deseja estar na vanguarda não se desfaz de talentos lapidados ao longo de anos, pelo contrário investe no talento para obter mais retorno.

Outro aspecto importante que versa sobre os radialistas está na área técnica. A evolução tecnológica às vezes é vista como inimiga, mas na realidade ela é amiga e parceira, desde que se queira essa amizade e parceria.

No mundo real muitos não querem, outros poucos a desejam, mas o “novo” lhes é imposto e salve-se quem puder, uma vez que as empresas de comunicação fazem de conta não existir cursos para estes profissionais operarem 100% um equipamento.

Que neste 07 de novembro, que nós radialistas possamos comemorar, porque com trabalho, estudo, inovação estaremos comunicando para o Brasil e para o mundo, porque a tecnologia é nossa aliada.

Jesse Nascimento é jornalista, radialista e especialista em gestão de mídias digitais pela ESPM

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