Reviravolta: mulher muda versão sobre homicídio e acaba presa

Reviravolta: mulher muda versão sobre homicídio e acaba presa

Na noite desta terça-feira (31), um crime de grande repercussão ocorrido em Bragança Paulista sofreu uma reviravolta, após investigação da Polícia Civil e uma suposta vítima de estupro acabou presa por homicídio doloso de um motorista particular. A princípio a vítima relatou que o homem era motorista de aplicativo. Todavia, após horas de investigação a polícia constatou que ele já havia prestado serviços de motorista para ela por mais de 40 oportunidades, de forma particular.

O fato ocorreu por volta das 11h30 na Estrada Capitão Aviador André Locio e Silva Rouquet, no Bairro do Agudo. Uma estrada estreita e pouco movimentada. A viagem teve início no bairro do Guaripocaba e deveria seguir até o município de Pinhalzinho.

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A mulher, de 21 anos, afirmou inicialmente à Polícia Militar que “o motorista tentou estuprá-la e ela reagiu desferindo um golpe de faca”. Após o esfaqueamento, ela permaneceu nas imediações e aguardou a chegada do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) e da PM, que a encaminhou ao Plantão Central da Polícia Civil.

Na delegacia, as versões apresentadas por ela começaram a divergir da versão inicial. Em depoimento ela disse que estava passando mal, pediu que o motorista estacionasse o veículo e acabou vomitando. Então, ainda de acordo com a versão dela, “repentinamente o motorista desembarcou do carro e abriu o porta-malas do automóvel. Ela viu que havia uma faca grande dentro do porta-malas e ao ver a faca, temendo ser abusada sexualmente, rapidamente o abordou por trás, empurrando-o, tomando para si a faca”. Na sequência, ela disse que desferiu a primeira facada e que o motorista agarrou seu braço e os dois se atracaram e foram para a parte da frente do carro, onde ele tomou a segunda facada.

Os policiais civis do Plantão comandados pelo delegado Rogério dos Santos Gimenes e a Polícia Científica foram ao local do crime, que era devidamente preservado, para verificar se os fatos narrados pela moça na delegacia eram condizentes com o encontrado no local. Já se passava das 15h. O Em Pauta acompanhou este momento e presenciou que a perícia encontrou ao menos 5 facadas no homem e a princípio não confirmou ter localizado o vômito no chão e o mato amassado devido a suposta luta corporal entre as partes.

As investigações e depoimentos continuaram durante a tarde.

A moça não apresentava nenhum ferimento pelo corpo, de acordo com a Polícia Civil. Por volta das 20h, após o término do registro da ocorrência, o delegado responsável pelo caso atendeu a imprensa e afirmou que a moça “achou que ele ia abusar sexualmente dela”. Indagado se houve alguma menção de contato físico, o delegado disse que não houve.

“Ela supôs. Ela pegou a faca que estava no porta-malas, que era dele. Alguns detalhes ainda teremos que investigar. Ela foi presa por homicídio doloso, pois não há prova irrefutável que ela agiu em legítima defesa”, explicou Rogério dos Santos Gimenes.

A acusada deve passar por audiência de custódia nesta quarta-feira (1) e a Justiça definirá se ela permanecerá presa ou responderá pelo homicídio em liberdade. Ela não apresentou um advogado na delegacia.

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