Velório: Prefeitura de Bragança reforma obra recém-inaugurada
O espaço do Velório Municipal encontra-se fechado mais uma vez, em um período de menos de dois anos. O local foi reformado em 2020 e, agora, passa por reformas da obra recém-inaugurada.
O motivo da nova reforma são as infiltrações que tomaram conta do local. Conforme apurado pelo Em Pauta, nas semanas do final de 2021 e início de 2022, durante o período de chuvas, água escorria pelas salas de velório, molhavam os assentos fixos que ficaram inutilizados e as goteiras molhavam desde o espaço destinado ao velório do corpo, até as pessoas e o próprio caixão.
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A reportagem do Em Pauta esteve no local na última semana para verificar a situação, mas foi impedida de entrar no Velório Municipal por um funcionário comissionado do Governo Chedid, que trabalha na Administração do Cemitério.
Conforme divulgado pela Prefeitura em 2020, a obra orçada em cerca de R$ 280 mil, seria para “adequação das instalações, dos banheiros, troca de pisos e telhado, além da instalação do sistema de ar-condicionado, resolvendo o problema das condições climáticas, tanto para dias quentes, quanto para dias frios”. A empresa contratada foi a Deliberali Serviços e Construções Eireli.
Em julho de 2020, a Prefeitura informou a um jornal local que “havia sido realizada 100% da impermeabilização da laje e as telhas da cobertura trocadas”. E foi justamente nesta laje, supostamente impermeabilizada recentemente, que teria surgido o problema que ocasionou as goteiras.
Segundo o apurado extraoficialmente pelo Em Pauta ficou constatado que ao invés de uma impermeabilização foram colocadas camadas de piso no local e que por isso, o problema das infiltrações não foram solucionados.
PREFEITURA NÃO RESPONDE QUESTIONAMENTOS
O Em Pauta enviou alguns questionamentos sobre o caso à Secretaria Municipal de Comunicação da Prefeitura: quando os engenheiros da Prefeitura atestaram que a obra estava concluída, se a obra encontra-se em seu período de garantia e qual empresa está realizando a reforma da obra recém-inaugurada e quem está arcando com os custos.
A solicitação foi enviada no dia 5 de janeiro, mas 8 dias depois não obtivemos resposta do secretário Thiago Morais, ex-assessor do deputado estadual Edmir Chedid.
VELÓRIOS OCORREM EM LOCAL APERTADO E SEM VENTILAÇÃO
Enquanto o velório está fechado, pela segunda vez em dois anos, os moradores de Bragança Paulista que precisam do local para velar dignamente seus entes queridos, passam por uma situação quase desumana.
Os velórios, em pleno novo pico de pandemia da COVID-19, estão ocorrendo nas Capelas do Cemitério (Bom Jesus e Capela da Paz). Locais estes apertados, sem ventilação adequada para tempos de pandemia e em condições precárias.
Em uma das capelas apenas um corpo é velado por vez. Na outra, até quatro, sem qualquer divisão. Com tamanha precariedade, os velórios que por causa da pandemia já estavam com horário reduzido de 4 horas foram ainda mais diminuídos e agora podem durar apenas duas horas.
Mesmo com tempo curto para que os parentes possam se despedir dos seus entes queridos, nem sempre conseguir uma vaga para realizar o velório no mesmo dia é possível. Dependendo da quantidade de falecimentos, por causa da falta de lugar adequado para velar os corpos, a família tem que esperar por uma vaga no dia seguinte.
Essa espera, as vezes, gera um outro problema: as condições que ficam os corpos, já que muitas famílias não tem como pagar pela preparação do corpo para que o sepultamento aconteça no dia seguinte, e com isso, os familiares mal podem se despedir dos seus entes como gostariam.
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