Vereador do PSD se manifesta sobre acusação
O vereador de Bragança Paulista, Ismael Brasilino, do Partido Social Democrático (PSD), se manifestou pela primeira vez em suas mídias sociais sobre a acusação que sofre de intolerância religiosa.
Conforme divulgado pelo Em Pauta com exclusividade, foi protocolado na Câmara Municipal um pedido de investigação contra o vereador, por meio de um abaixo-assinado que conta com cerca de 70 assinaturas.
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O pedido deve ser votado na Sessão Ordinária da Câmara Municipal desta terça-feira (10), com início às 14h e se a denúncia for aceita, ele será encaminhado ao Conselho de Ética e poderá ter seu mandato cassado.
No vídeo publicado no final de semana, o vereador tratou o assunto como uma “grande polêmica” e optou por utilizar a tática de descredibilizar uma das denunciantes, uma mulher.
“É inadmissível esta denúncia sem fundamento, visto que eu tenho a liberdade de escolher o político que me representa e o Lula não me representa. Eu continuarei lutando pelos nossos valores, pela escola cívico militar e por tudo que é certo e justo em nossa cidade. Continuarei o meu trabalho, defendendo o presidente Bolsonaro”, afirmou o representante do partido de Gilberto Kassab, ex-ministro de Lula e Dilma.
E A ACUSAÇÃO?
O vereador não especificou no vídeo, sobre sua publicação ocorrida em 16 de abril de 2022, onde havia uma imagem do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva com duas guias (objeto utilizado em religiões de matriz africana) e uma imagem de Zé Pilintra, mentor da Umbanda e de outras religiões e o presidente Jair Messias Bolsonaro segurando uma bíblia, acompanhada da frase: “Ou o ‘Zé Pilantra’ ou a bíblia. Eu fico com a bíblia com certeza”.
Todavia, o vereador diz que teria chamado o ex-presidente Lula de ‘Zé Pilantra’, portanto, não se referia a imagem de ‘Zé Pilintra’, segundo ele. Tratando-se talvez de uma suposta coincidência.
No vídeo não há qualquer menção do motivo que o fez apagar a publicação. O Em Pauta entrou em contato com o gabinete do vereador do PSD, para saber o seu posicionamento sobre a denúncia e por qual motivo a publicação sumiu de suas mídias sociais. Todavia, não obtivemos retorno.
PSD BRAGANÇA PERMANECE EM SILÊNCIO
O PSD de Bragança Paulista, por meio do seu presidente Jair Diniz e o ex-candidato à prefeito Basilio Zecchini, optaram pelo silêncio sobre o caso de suposta intolerância religiosa. O Em Pauta também procurou as duas lideranças políticas, mas não teve retorno.
OUTRO PEDIDO DE INVESTIGAÇÃO
Na mesma Sessão Ordinária de amanhã, será também votado um pedido de investigação contra o vereador Luiz Henrique Duarte (Quique Brown), do Partido Verde (PV). A denúncia desta vez não é oriunda da população em si, mas de uma representante da população – vereadora do Grupo Chedid.
Camila Marino da Saúde apresentou representação por quebra de Decoro Parlamentar contra o vereador de oposição ao Grupo Chedid, por suposta insinuação de que haveria “esquema” para a votação do projeto de lei da “Outorga Onerosa”. O vereador nega esta acusação.
Para que estas votações ocorram, ao menos três mudanças de vereadores devem ocorrer. Juma Cabeleireiro, do PSD, assumirá o cargo de Ismael Brasilino no momento da votação da denúncia de intolerância religiosa.
Já no caso de quebra de Decoro Parlamentar, Marcus Valle assumirá a cadeira de Quique Brown, ambos do PV e Soninha da Saúde assumirá o cargo de Camila Marino, ambas do MDB.
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