Coluna do Marcus Valle e o Meio Ambiente em Bragança Paulista

Coluna do Marcus Valle e o Meio Ambiente em Bragança Paulista

*Por Marcus Valle


Meio Ambiente em Bragança

No que se refere a Meio Ambiente, Bragança evoluiu muito. Quando comecei a atuar na área, na década de 80, eu era para alguns, considerado um estranho, um “esquisito”, que era “contra o progresso”.

Veio a Constituição de 88, a legislação era rigorosa (de 1º mundo, as vezes até incompatível com a cultura da população) e as pessoas começaram a se mobilizar.

Em nossa cidade surgiu o Grupo Eco (presidido pelo Marcio Camargo), depois muitas outras entidades “Bragança Mais” – Coletivo Ambiental, e diversas sociedades atuantes de proteção aos animais, à natureza, ao patrimônio histórico e cultural.

Nesses anos o Poder Executivo, criou uma divisão de Meio Ambiente, e posteriormente secretaria, com pessoas qualificadas as presidindo. Hoje temos também o CONDEMA, bastante atuante. ciclovias foram feitas (o que era considerado uma piada quando eu falava sobre isso), e muitas leis foram aprovadas. Se criou Guarda Ambiental, Defesa Civil e fiscalização específica. Ministério Publico da Comarca, é muito atuante no setor. Foi construída a estação de tratamento pela Sabesp e o Ribeirão do Lavapés melhorou 90%.

Houve pois uma grande evolução, mas os problemas também aumentaram. Loteamento clandestinos, ocupações indevidas, uso de fogo, desmatamento, poluição de águas, poluição sonora e do ar, crueldade contra animais, destruição de patrimônio, lixo descartado ilegalmente etc., continuam ocorrendo. 

Leis ambientais

Tive oportunidade de fazer e aprovar várias leis ambientais, e ações na Câmara Municipal e dentre elas destaco as principais, umas mais respeitadas, outras com dificuldade. Destaques:

1-Proibição de soltura de rojões e fogos de artifício barulhentos (em conjunto com a vereadora Beth Chedid) – embora tenha se reduzido muito a utilização, ainda ocorrem episódios em festas, jogos de futebol etc.

2- Redução de IPTU a quem adota medidas ambientais na propriedade (captação de águas pluviais, energia solar, manutenção de percentual com vegetação, etc.) a lei está em vigor e dezenas de pessoas já tem o desconto.

3-Criação de ciclovias – foi adotada pela administração Jesus – Amauri – tem uso ainda restrito – cerca de 800 a 1.000 bicicletas transitando por dia – e há pontos que precisam melhorar.

4- Preservação das matas do Aeroporto, Lago dos Padres, Araucárias, Norte Sul e Preventório – conseguimos conter nessas áreas empreendimentos e os locais se tornaram preservados (temos alguns problemas – fogo, desmatamento etc.).

5- Permissão para prática de esportes (remo, caiaque, pedalinhos, stand up) e proibição de equipamentos com motor (lanchas, jet-skis) nos lagos urbanos. Esse nosso projeto foi reforçado por outro dos edis Quique Brown e Jocimar, proibindo pesca profissional.

6- Proibição de uso de canudos de plástico (em conjunto com a vereadora Rita Leme) – há pouca adesão e fiscalização.

7- Poluição sonora – essa nossa lei tem dificuldades na fiscalização, faltam plantões, a aferição do som tem que ser feita por aparelhos, mas tivemos muitos resultados (adequação nos horários dos eventos, apreensão de veículos barulhentos etc.).

8- Uso indevido de fogo, essa lei alterada por outra norma municipal, tem sido aplicada, mas há dificuldades por vezes, em relação a autoria (que nem sempre é do dono ou possuidor da área atingida.

9- Descarte ilegal de lixo, tem havido alguns flagrantes, mas há dificuldades na fiscalização.

10- Proibição de retirada de água nos lagos urbanos por caminhões (sem autorização) – Diminuiu, mas continua ocorrendo.

Candidato da situação

Continuam as perguntas especulações e dúvidas sobre quem serão os candidatos a prefeito (e vice) do grupo Chedid, atual situação.

Há 5 nomes comentados: Amauri Sodré, Gislene Bueno, Marquinho Chedid, Vitor Hugo Chedid e Edmir Chedid.

Pelo que observamos há uma análise política, eleitoral e jurídica para se definir as candidaturas.

Amauri, que seria o candidato natural, sofreu com um período de turbulência da administração (obras paradas, ônibus circulares, salários de servidores etc.) que não foi causado por ele, mas estourou na sua gestão.

Gislene, é vereadora experiente, de confiança absoluta do deputado Edmir, mas está sendo pesquisada sua viabilidade eleitoral.

Marquinho Chedid é do grupo, mas tem força própria, toma decisões independentes, e não é controlável.

Edmir Chedid é deputado estadual, e teria que se licenciar para concorrer. Ademais, representa a região. Teve problemas de saúde, mas está muito bem mentalmente, embora em algumas restrições físicas (é o candidato considerado mais forte eleitoralmente).

Vitor Hugo é simpático, habilidoso, de confiança da família, mas é mais desconhecido do público.

Ademais, existem especulações e possíveis questionamentos jurídicas sobre Edmir e Vitor Hugo (se considerado que Jesus teve 2 mandados seguidos – o que é discutível). Amauri também poderia ser questionado (o que também é discutível).

Enfim… livres de discussões jurídicas estão a Gi e o Marquinhos.

Acidentes fatais

Esse ano tivemos 14 mortes no trânsito em Bragança Paulista, 4 na área urbana e, 10 nas estradas da região (que constantemente tem anúncios não realizados de melhorias). É verdade que nem todos os acidentes ocorrem por falhas nas vias e rodovias, (há imprudência, negligencia ou imperícia dos envolvidos).

Mas… nos chama a atenção a dificuldade que temos em obter melhoria nas estradas (para Itatiba, Amparo, Piracaia, Socorro).

Rápidas
  1. HUSF envia profissionais ao Rio Grande do Sul para ajudar na tragédia. Também temos vários cidadãos bragantinos que ajudam com campanhas, e se dirigiram até lá.

  2.  Nossos hospitais e Unidades de Saúde continuam lotados devido a epidemia de dengue (tivemos cerca de 7 mil casos só esse ano). Além do mais, há muitos casos de fortes gripes (vacinação foi feita, mas a adesão é pequena).
Juro que é verdade

Anos 70. Um grupo de bragantinos montou uma república na Capital, rua Bela Cintra. Todos faziam faculdade, e chegavam em São Paulo na segunda feira de manhã. Apenas o Marcos K é que chegava no domingo à noite, e dormia lá. Excepcionalmente, dois dos outros moradores chegaram no domingo, e pararam num barzinho próximo.

Fizeram amizade com um policial e resolveram fazer uma brincadeirinha com o Marcos. Abriram a porta, e viram que o amigo dormia profundamente no seu quarto. Se esconderam atrás da porta enquanto o policial acordou o Marquinho com um chacoalhão. 

Sonado, ele despertou…. e viu o estranho apontando uma arma para ele. Marquinhos dizia: –LEVE TUDO, MAS NÃO ME MATE….NÃO ME MATE. Os amigos caíram na gargalhada…e Marquinhos ficou uma semana sem falar com eles.  Como se vê, naquele tempo as brincadeirinhas não eram muito leves, e nem primavam pela sutileza e sensibilidade.

*Marcus Valle é advogado, professor universitário e ex-vereador. 

Contato: [email protected]

A Coluna do Marcus Valle é publicada todos os sábados. Para conferir as colunas anteriores basta clicar aqui.

 

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