Assédio moral no trabalho: como identificar e combater?
Por Dr. Felipe de Carvalho
O assédio moral no ambiente de trabalho compromete a dignidade e o bem-estar do trabalhador. Ele ocorre quando há condutas repetidas que humilham e constrangem, afetando sua integridade. Essas ações podem ser diretas, como insultos e gritos, ou mais sutis, como isolamento e propagação de boatos. Para que se configure o assédio moral, os atos precisam ser reiterados e prolongados. Uma ofensa isolada, embora grave, pode gerar direito à reparação de danos morais, mas não caracteriza o assédio.
Entre as condutas que podem configurar assédio moral, destacam-se:
- Gritos, insultos e humilhações públicas;
- Imposição de punições vexatórias, como dinâmicas humilhantes;
- Delegar tarefas impossíveis ou com prazos inviáveis;
- Sobrecarga de trabalho ou retirada de funções habituais para gerar insegurança;
- Monitoramento excessivo do tempo, como restrição ao uso do banheiro;
- Controle exagerado fora da hierarquia para gerar desconfiança entre os colegas;
- Isolamento social ou propagação de boatos para prejudicar a imagem do trabalhador.
Ao identificar essas condutas, a vítima deve:
- Documentar: registre datas, horários, locais e testemunhas dos episódios.
- Buscar apoio psicológico: o suporte emocional é essencial para enfrentar a situação.
- Relatar ao RH ou à chefia: formalize a denúncia dentro da empresa.
- Procurar orientação jurídica: caso as ações continuem, um advogado trabalhista pode orientar sobre os próximos passos e sobre a possibilidade de ação judicial para reparação.
O assédio moral deve ser combatido para preservar a dignidade no ambiente de trabalho. Nenhum trabalhador deve ser submetido a humilhações, e todos têm direito a um ambiente saudável e respeitoso.
Dr. Felipe de Carvalho (@fdcarvalhoadv), advogado especializado em Direito Trabalhista, sócio do escritório Bizarria, Carlini e Carvalho (@bizarriacarliniecarvalho)