IPTU: Edmir Chedid critica vereadores do grupo, que rebatem

O prefeito Edmir Chedid criticou o posicionamento de quatro vereadores do seu próprio grupo político pela forma como votaram na última terça-feira (11) no pedido de urgência na tramitação de um projeto para revogar a lei que permitiu o aumento do Imposto Territorial e Predial Urbano (IPTU) em Bragança Paulista.
A crítica foi feita durante coletiva de imprensa sobre o reajuste do IPTU e, na oportunidade, o prefeito Edmir Chedid disse que faltou bom senso aos vereadores Fabiana Alessandri, Fábio Nascimento, Jocimar Scotti e Juninho Boi. Se, em dezembro, eles votaram favoráveis à lei que autorizava o aumento, agora os quatro voltaram atrás e, além de se posicionarem publicamente contra o aumento, votaram favoráveis ao pedido de urgência.
“Houve reuniões, nesta sala inclusive. Nós debatemos, explicamos. Mas, às vezes, a pessoa se sente pressionada, tão pressionada, que não está, às vezes, preparada para, naquele momento, exercer o cargo. Tem que ter firmeza, determinação, honradez; não tem como ter dois senhores para servir”, disse o prefeito Edmir Chedid.
O prefeito ressaltou ainda que não tem como defender os interesses de quem teve aumento de imposto ao mesmo tempo que defende quem teve redução. “Talvez os vereadores não fizeram a avaliação de que atender todos os seus eleitores, eles não conseguem. Ninguém que administra, ninguém que é político consegue atender 100% da expectativa das pessoas”, disse.
O prefeito ainda continuou: “Eu fico triste pelos quatro. Quem sabe eles vão aprender, no decorrer do tempo, a ter firmeza naquilo que falam e fazem”, finalizou.
Por fim, ainda durante a coletiva, Edmir Chedid classificou como politiqueiro o projeto elaborado pelos vereadores Bruno Sucesso, Cláudio Coxinha, Gabriel Gomes, Mauro Moreira, Miguel Lopes e Quique Brown, que visa revogar a lei que permitiu a revisão da Planta de Valores e, consequentemente, o aumento do IPTU.
O QUE DIZEM OS 4 VEREADORES?
Por outro lado, o Em Pauta procurou os 4 vereadores que mudaram de posicionamento de dezembro para esta semana e pertencem ao Grupo Chedid.
Juninho Boi explicou que, ainda durante o governo Amauri, foi realizada uma reunião com os vereadores para apresentar o projeto com o objetivo de fazer justiça social. E atualizar a Planta Genérica, que estava defasada. “Não teve uma tabela para a gente ver. A gente acreditou que seria feita justiça social e alguns reajustes de maneira saudável, que a população pudesse pagar”, afirmou.
“Acredito, sim, que atendeu a uma parcela da população, mas, em contrapartida, para outra parcela, os aumentos foram muito abusivos, mesmo com o fator redutor. Imaginemos se não tivesse esse fator”, argumentou.
“Como o projeto apresentado para a gente não foi parecido com o projeto praticado, eu entendo que precise ser revogado, para que seja discutido um outro projeto que atenda à necessidade dos reajustes, mas de uma maneira que a população possa pagar, fazendo justiça social para todos, independente da classe social. O sentimento não é de pressão, é de justiça para todos, não para parte da população”, concluiu.
Nesse mesmo sentido, Fábio Nascimento disse que, quando votou pela atualização da Planta Genérica, em dezembro, votou pensando que o Executivo faria uma atualização justa e adequada. “Quando notei que, para muitos munícipes, o IPTU veio de uma forma muito elevada, passei a lutar pela revogação dessa lei. E vou continuar lutando junto com os demais vereadores para que se tenha um reajuste adequado”, afirmou à reportagem.
A vereadora Fabiana Alessandri e o vereador Jocimar Scotti foram procurados pelo Em Pauta, mas não se posicionaram até a publicação desta reportagem.
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