Coluna do Marcus Valle: Livre expressão – Limites
*Por Marcus Valle
1- Redução no efetivo
Houve uma considerável redução no efetivo da PM de São Paulo nos últimos anos. São atualmente 80.137 (homens e mulheres). Em 2006 tínhamos 10 mil a mais (90.697). Aumentou a população e reduziu o contingente. Concursos serão abertos?
2- Atrasando tudo
Em Bragança estamos tendo constantes problemas de atrasos em obras públicas. É muito comum, algo que deveria ser feito em prazo X, levar 2 ou 3 vezes mais para ser terminado.
E não se diga que as chuvas (são previsíveis no final do ano) justifique isso.
3- Praças centrais
Reforma nas praças centrais, além de desnecessárias, e nada adequadas, ainda estão super atrasadas.
É verdade que se trata de verba vinculada (não pode ser usada em outro local), mas é um absurdo que ela cause mais malefícios que benefícios.
4- Lago: Chega
O Lago do Taboão estava lindo, todo mundo aprovando.
De repente, começaram a fazer obras e mais obras, descoordenadas entre si, e que além de causarem enorme redução da área verde das margens, atrasam e atrapalham as atividades no local.
Hoje temos: ciclovia e aluguel de barcos interrompida, lixo e assoreamento progressivo no espelho d’ água, demora na conclusão de obras, atividades que serão incompatíveis (remo e tirolesa por exemplo) etc. Está na hora de parar de inventar coisas lá.
5- Fábrica de multas
Continuam com a fábrica de multas dos radares/armadilha, e a enorme e exagerada expansão da zona azul.
A verdadeira função dos radares e de áreas de estacionamento, seria melhorar o trânsito e a segurança, (alguns locais são necessários). Mas, o que parece é que o objetivo é arrecadar.
6- Livre expressão – Limites
Como advogado sempre procuro esclarecer que todos têm direito à livre expressão, a opinião, a criticar.
Isso é garantido pela Constituição.
O que não pode ocorrer (isso vale para todos os lados) é se ofender, fazer apologia a crimes, agredir, ou ter atitudes ilegais travestidas em pretenso direito de manifestação.
Há casos em que se deve analisar o caso concreto, para saber se há dolo, intenção, ou eventual excesso aceitável.
Mas há casos em que o dolo é evidente.
7- Caso de Brasília
É obvio que aquele “quebra-quebra” em Brasília é injustificável, repudiável e criminoso.
Só fanáticos ou pessoas muito mal informadas podem aprovar esses absurdos atos de vandalismo, que obviamente visavam derrubar ou desestabilizar o governo.
Foi um “tiro no pé” dos que idealizaram isso. Os 3 poderes (Legislativo, Executivo e Judiciário), todos governadores, a maioria dos dirigentes de outros países repudiaram o fato, e pedem a punição dos autores, mandantes e financiadores. É obvio que tudo que tem que ser apurado, sem exageros, mas com extremo rigor. Foi muito grave.
8- Censo
Foi divulgado que o IBGE apontou que a população de Bragança é de 181.566 habitantes (Atibaia 171 mil, Socorro 40 mil, Piracaia 30 mil etc.).
Mas muita gente questiona os dados, dizendo que recenseadores não passaram pelas suas residências (prédios, casas, chácaras, condomínios e etc.).
Seria bom que isso fosse esclarecido (como chegou esses números).
9- Juro que é verdade
Final dos anos 70. Aparece em Bragança um rapaz, fino, boa aparência, sempre bem vestido, e variando carros luxuosos. Uma amiga minha, muito pragmática (no popular… interesseira) começou a namorar o cara. Além de todos esses predicados externalizados, nas conversas, ele deixava escapar sua amizade com autoridades importantes, nas esferas estadual e federal.
Enfim…o homem era o verdadeiro príncipe encantado e minha amiga estava nas nuvens. Certo dia fomos à casa dela, havia um grupo grande e o namorado sensibilizou-se com o problema de um dos presentes…pediu prá usar o telefone (na época não havia celular) e ligou prontamente na linha privativa do Ministro da Justiça, que era o Petrônio Portela. Todos ficaram impressionados na sala, inclusive com a forma que ele falava com o ministro: -E AI PETRONIO….A GENTE PRECISA SE VER MAIS…EU TAMBÉM SOU OCUPADO…, MAS A GENTE PEGA UM AVIÃO E SE ENCONTRA.
Desconfiado dele (ela dizia que eu tinha inveja), corri até a outra sala e peguei a extensão do fone…. Chamei-a através de gestos discretos…ela foi até mim e eu disse: -PEGUE O FONE E OUÇA COMO O MINISTRO GOSTA DELE.
Ela pegou o aparelho e só ouviu …TUM TUM TUM…e a gente ainda ouvia a voz dele na outra sala conversando com o Petrônio.
Resultado: ela deu um fora nele…e ele ficou puto comigo. Mandou recado que eu a partir daquela data era inimigo dele. Mandei um recado de volta: – POR FAVOR….NÂO ME PREJUDIQUE COM O GOVERNADOR, NEM COM O PRESIDENTE.
*Marcus Valle é advogado, professor universitário e ex-vereador.
Contato: [email protected]
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Muito interessante a Coluna, dizendo verdades que acontece na maioria das cidades brasileiras, e ainda com algumas “pitadas” engraçadas sobre o cotidiano.
Muito bom