Coluna Marcus Valle e os números da saúde 

*Por Marcus Valle 

Praça Central 

É notável e incontestável que as frustradas, desnecessárias e atrasadas reformas da praça José Bonifácio, geraram, além do aspecto estético, enormes prejuízos aos comerciantes e prestadores de serviços das proximidades. 

Conversando com vários donos de lojas e estabelecimentos, tivemos informações de 20 ,30, 40 e até 50% na queda do faturamento normal (de antes da reforma).

Será que, mesmo após todos esses infortúnios, ainda vão querer fazer reforma na praça Raul Leme? 

Folha de São Paulo 

Na minha opinião, dos grandes órgãos de imprensa (jornais de papel) é o que é mais diversificado (critica a todos, procura abrir espaço a todos os lados). 

Mas…assino o jornal e a entrega é muito ruim…falha umas 3 vezes por mês em média…e chega muito tarde… depois das 10 horas, todos os dias. 

Bom divulgar 

Com a divulgação de um áudio do deputado estadual Edmir Chedid, cessaram ou diminuíram os boatos e especulações sobre a seu estado de saúde. 

Pessoas com destaque político e público, embora tenham direito a privacidade e intimidade, acabam tendo dificuldades para exercer esse seu direito. 

Fiscalização e Autuação 

Lei que proíbe soltura de rojões e fogos barulhentos não está sendo totalmente cumprida, embora tenha colaborado para uma grande redução dessas ocorrências. Falta fiscalização e autuações. 

Reuniões… Consenso 

Muitas reuniões entre pessoas da classe política que são opositoras políticas do grupo Chedid. 

Há um consenso “se houver divisão, muitos candidatos, o grupo da situação reelegerá prefeito, vice, e fará maioria dos vereadores”. 

O problema é que há muitos pré-candidatos (isso é normal), e não há um critério (é difícil definir) para a escolha de um nome. 

Mas, é um avanço, se reconhecer que é precisa união entre as diversas alas de opositores. 

 Soluções fáceis 

Eu gosto muito de fábulas e “historias”. 

Uma que acho interessante é a dos ratos que se reuniram para resolver um grave problema: -o gato surgia de repente, sorrateiro e sempre caçava e vitimava alguns deles”. 

De repente: o intelectual do grupo deu a solução: é só colocar uma coleira com sininhos no pescoço do gato, e aí com o barulho, ninguém mais será surpreendido. 

Aplausos, gritos de “genial! ”, “ótima ideia! ”, “isso resolve! ” etc. 

Daí um rato, chato, “estraga – prazeres”, disse: 

“É… Mas quem vai colocar a coleira no gato? ” 

 Saúde 

Segundo dados divulgados pela jornalista Monica Bergamo, atualmente o Brasil tem 565 mil médicos, e quase 200 mil são generalistas, sem uma especialização definida. A tendência é um aumento no número de generalistas, já que as vagas para residência médica subiram em nível muito mais lento, do que o aumento para o número de cursos e vagas nas faculdades de Medicina. 

 Dica de livro 

Itamar Vieira Junior foi consagrado com seu livro “Torto Arado”, que além de ganhar o prêmio literário Jabuti, vendeu mais de 400 mil exemplares no Brasil, o que é um fenômeno. 

Lançou agora outra obra “Salvar o Fogo”, editora, Todavia, 318 páginas. 

É a história de uma família muito pobre que vive num vilarejo do Nordeste. Seus cotidianos, seus dramas, suas crenças são muito bem narradas pelo jovem escritor, que consegue fazer o leitor sentir e refletir, as enormes injustiças sociais (e questões culturais) do nosso país. 

Gostei muito do livro. Até achei ele melhor que o “Torto Arado” que é bom, mas esse é mais real e verossímil.  

Juro que é verdade 

Paulo Maluf foi prefeito de São Paulo, governador do estado, e candidato a presidência da República. 

Tinha muitos admiradores, notoriamente de extrema direita, e polêmico, ou era “amado” ou “odiado”. 

Eu, pessoalmente, o achava o que havia de pior na política, e não escondia isso de ninguém. 

Mas quando eu era professor de Direito Processual Penal na USF, Maluf (ainda influente, mas não tão forte politicamente) foi preso junto com seu filho, que chegou a ser algemado. 

Na aula, um aluno me perguntou: – Professor, está certa essa prisão preventiva do Maluf? 

Eu respondi que não, que era uma ação espetaculosa, desnecessária e totalmente forçada em termos de direito. 

Um outro aluno, quis me cutucar e disse: – Virou Malufista, professor? 

Pacientemente expliquei que repudiava Maluf politicamente, achava que ele era o símbolo da corrupção e do autoritarismo, mas que minha posição era técnica. 

Por fim, brincando disse ao rapaz: – Se fizeram isso, algemaram e prenderam sem necessidade o Maluf que foi prefeito da maior cidade de país, governador do estado mais rico e populoso… imaginem o que fariam com um simples vereadorzinho de Bragança, como eu. 

Daí, completei, de gozação. 

– E com você que nem um simples vereadorzinho?

*Marcus Valle é advogado, professor universitário e ex-vereador. 

Contato: [email protected]

A Coluna do Marcus Valle é publicada todos os sábados. Para conferir as colunas anteriores basta clicar aqui.

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