Coluna do Marcus Valle e a Saúde Mental

Coluna do Marcus Valle e a Saúde Mental

*Por Marcus Valle 

Saúde Mental

Continuamos insistindo na questão referente a Saúde Mental da população que está extremamente afetada. Em Bragança isso também ocorre.

Segundo recente pesquisa da OPAS (Organização Pan Americana de Saúde, registrou-se da pandemia para cá um aumento de 32% nos diagnósticos de transtorno de ansiedade e 35% nos de depressão.

E o poder público tem se omitido bastante, segundo a OPAS, já que 80% das pessoas tem graves problemas de saúde mental (há outras patologias que aumentaram) não tiveram acesso adequado e tratamentos necessários durante o ano de 2020 (no Brasil e América do Sul).

Em Bragança Paulista também sofremos esses problemas – provalmente com índices próximos – e insistimos que precisa ser reforçado em muito essa questão de Saúde Mental.

Mais uma obra parada

Uma outra obra paralisada que tem gerado reclamações em Bragança é o estádio de futebol do bairro do Estiva do Agudo, utilizado pelo clube “Galo Branco”. O local está totalmente “largado” e sem possibilidade de utilização.

Pergunta

Moradores das proximidades do Lago do Orfeu estranham que muitos caminhões de terra estão sendo despejados no leito do lago que está esvaziado. Perguntam: estão querendo reduzir a capacidade do lago ?

Ofender não é liberdade de expressão

Tivemos nessa semana noticiário sobre fato que diz respeito a ofensas ao ministro do STF Alexandre Moraes e seus familiares, num aeroporto no exterior.

Ninguém é obrigado a “gostar” admirar, concordar ou discordar do ministro. Todos têm o direito a ter opiniões.

No entanto, é obvio, que xingar, ofender, não é um direito… é um crime, seja o Alexandre Moraes, o Kassio Nunes, ou qualquer outro ministro, juiz, procurador ou autoridade.

Já tivemos um caso anterior envolvendo Cristiano Zanin, onde um “empresário” o ofendeu, e ainda postou a ação nas redes sociais.

Depois que fazem a “besteira” de ir prá ofensa (repito que todos tem direito a gostar ou não de outrem), os bravateadores negam o fato, ou pedem desculpas, como ocorreu nesses dois casos.

O Brasil está com muita gente intolerante agressiva, que confunde direito de opinião, com xingamentos, bravatas, e atos violentos.

Seja o autor das ofensas (de direita, centro ou de esquerda), o crime é o mesmo, e deve ser punido e repudiado. A lei é para todos.

 Denúncia

Aumentaram em muito as denúncias e processos por pretensos crimes de “importunação ofensiva ao pudor”, assédio sexual, e estupro”.

Há reportagens recentes de casos de (assédio) em escritórios de advocacia e até na Aeronáutica.

Na imensa maioria dos casos as vítimas são de sexo feminino (homens também podem ser vítimas desses crimes).

Na importunação ofensiva ao pudor – o agente incomoda a vítima, com propostas sexuais insistentes e grosseiras, encaixamentos, pequenos toques físicos em áreas do corpo de forma não tão invasiva como seios, vagina, nádegas.

No assédio sexual – São convites, propostas sexuais de alguém contra um subordinado, dando a entender (explicita ou implicitamente) que se não for atendido haverá represálias (demissão, suspensão, avaliação baixa, não promoção ou outro prejuízo profissional.

 No estupro – há atos sexuais mais graves, toques em órgãos sexuais, sem o consentimento da vítima ou à força. Se for menor que 14 anos, pessoa desmaiada, “em coma” etc., é estupro de vulnerável.

Cuidados ao julgar

Nessas acusações sexuais “cada caso é um caso”, nem todas são verdadeiras. A investigação deve ser criteriosa, imparcial.

Há muitos crimes. Nossa sociedade é machista. 

Muitos homens têm aquela formação de que podem “atacar” e até “forçar” uma mulher para fins sexuais. E muitos usam o cargo para isso.

Mas também há denúncias falsas (é minoria, mas há) movidas por vingança, interesses financeiros ou até enganos ou erros de interpretação.

Repito… “cada caso é um caso”. A maioria estatisticamente pode ter procedência, mas generalizar pode gerar terríveis injustiças.

O CENSO e o número de vereadores

Com o CENSO, verificou-se que muitos municípios tiveram aumento de população e outros, redução.

Como o número de vereadores das Câmaras Municipais é baseada por lei, na população, em muitos locais (140 municípios) deverá haver redução, e em outros (196 municípios), poderá haver aumento.

Em Bragança Paulista não haverá alteração obrigatória. Atualmente temos 19 edis.

Poderíamos ter de 11 até 21.

Sempre achei 19, um número excessivo.

Mas, embora as pessoas que são leigas, achem que deveria ser o número mínimo (11), pois o raciocínio é “quanto menos, menor despesa”, entendo que 15 seria o ideal.

Explico: – Se fossem só 11 vagas, casa partido que fazer 10 mil votos para eleger um vereador.

Na prática teríamos só os grandes partidos elegendo seus candidatos (seriam quase sempre os mesmos nomes, com pouquíssima renovação – na prática 50% dos vereadores hoje são trocados).

Além do mais, teríamos uma Câmara totalmente dependente e atrelada ao prefeito (as últimas já são, mas tem alguns edis opositores e independentes).

Há vereadores que por sua atuação conseguem justificar e compensar seus salários e custos, fazendo fiscalização rigorosa, evitando gastos desnecessários, dificultando ou impedindo prejuízos ou eventuais corrupções, e, ou, conseguindo verbas estaduais ou municipais ao município.

Uma Câmara fraca, dependente, não atinge o verdadeiro objetivo que é legislar (sem criar despesas), fiscalizar, e opinar ou sugerir ou criticar.

Para uma redução no número de integrantes, tem que haver uma lei, que seja aprovada por 2/3 dos vereadores. Por razões obvias, há resistência dos partidos em relação a isso.

Eu… entendo que 15 seria um número razoável.

Juro que é verdade

Certa vez, fui ao Tanque do Moinho e levei um amigo paulistano para fotografar os pontos de assoreamento do lago.

Ele é muito urbano e quando o coloquei no barco a remo, ele já deu um alarme: –SERÁ QUE ISSO NÃO VAI VIRAR?

Eu o tranquilizei, e seguimos em frente, eu remando e ele fotografando.

De repente, entrei no ribeirão que deságua no lago, e ele avisou: –AI ESTÁ COM MUITO MATO… SE TIVER VESPA OU ARANHA, EU SOU ALÉRGICO.

Mudei o rumo só por precaução e voltei para o lago. Em determinado local, vimos dois biguás (patos selvagens) e uma garça. Ele perguntou: -ELES NÃO VÊM BICAR O OLHO DA GENTE?

Brincando, respondi: –SÓ NO FILME “OS PÁSSAROS”, DO ALFRED HITCHCOCK.

Mais alguns minutos, ele viu um rato do banhado no gramado de uma casa, e me alertou, eu remei em direção ao local para ver o bicho mais de perto.

Daí ele gritou: –NÃO CHEGA PERTO… E SE ELE NOS ATACAR?

Não aguentei e respondi: –JÁ VI DOCUMENTÁRIOS DE ATAQUES DE SERPENTES, ONÇAS, LEÕES, BÚFALOS, LEOPARDOS… MAS DE RATOS DO BANHADO… DESCONHEÇO.

*Marcus Valle é advogado, professor universitário e ex-vereador. 

Contato: [email protected]

A Coluna do Marcus Valle é publicada todos os sábados. Para conferir as colunas anteriores basta clicar aqui.

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