Coluna do Marcus Valle: e as apostas
*Por Marcus Valle
Apostas
Eu particularmente não sou um apostador, mas respeito o direito dos que gostam.
Hoje, no mundo todo e no Brasil, há apostas nas redes sociais, e isso virou uma “pandemia”.
Elas precisam ser regulamentadas e fiscalizadas. Há fraudes e manipulações, principalmente nas áreas esportivas, futebol em especial. Há denúncias de atletas que são cooptados para fazer faltas, receber cartões amarelos ou vermelhos, e até acabam alterando (direta ou indiretamente) resultados, prejudicando seus colegas e clubes.
Os pais também devem monitorar os jovens para ver se eles não estão obcecados e com problemas.
Sugestão de Apostas
Falando em apostas em Bragança Paulista, alguém poderia fazer uma rede com as seguintes questões:
- Qual o primeiro ônibus circular que irá quebrar na semana?
- Quanto tempo leva do centro à periferia no trânsito?
- Qual o primeiro vereador eleito pela oposição que irá aderir ao grupo Chedid?
- Quantos cargos de confiança serão preenchidos por compensação política?
- Em que mês e ano ficarão prontas as obras do Lago do Orfeu?
Red Bull
O futebol é um dos esportes mais imprevisíveis, no que se refere a resultados. Na natação, atletismo, ciclismo, vôlei, basquete, etc. Podemos ter surpresas, mas não enormes zebras.
Um time superfavorito pode perder para o último colocado, num dia infeliz (e feliz para o adversário).
Digo isso porque o Red Bull Bragantino corre o risco matemático de um rebaixamento, embora tenha um time (plantel) para ficar entre os 8 primeiros colocados.
Escrevo essa nota na 3ª feira, antes do termino da rodada. Acredito, sinceramente que o clube escapa do rebaixamento. Pela lógica!
Direito: Animais na pista
Temos visto muitos casos de animais de grande porte (bovinos e equinos) soltos nas vias e estradas do município. O perigo de acidentes graves é grande.
Legalmente falando, esses animais devem ser apreendidos, e os proprietários respondem pelos danos causados (indenização etc.), podendo, dependendo o caso, até haver processo criminal. Na área administrativa também serão multados.
Direito é bom senso
No direito existe um princípio que é fundamental “o da proporcionalidade”.
Na verdade, é usado quando temos choque entre dois hipotéticos direitos. Em cada caso se usa o “bom senso”, e se decide pelo mais razoável mais importante.
Temos muitos conflitos, exemplos:
1 -Direito de Expressão x Direito de Intimidade.
2- Direito de Liberdade Religiosa x Direito de Animais,
Quando ocorrem esses conflitos, analisa-se caso a caso, pois nada é absoluto, matemático.
Exemplos de casos
Exemplos de choques entre direitos. Eu tenho liberdade de expressão, mas isso não me dá permissão a ofender as pessoas, ou devassar sua intimidade (se não houver interesse público).
Posso ter qualquer religião, mas evidentemente não posso sacrificar uma criança em nome da crença (o direito à vida é muito maior).
Posso tomar bebidas alcoólicas à vontade, mas não posso dirigir sob o efeito delas, (causo risco a outros).
Enfim… cada “caso é um caso”, que tem que ser analisado com suas circunstancias.
Nos exemplos que dei acima… não há grandes discussões, mas no cotidiano há muitos casos duvidosos.
Perigo
Entre o Jardim Santa Helena e o Bosques da Pedra há um caminho de cerca de 2 kms. Lá existem acessos de loteamentos, mas é comum pessoas transitarem a pé, com seus cães, de bicicleta, fazendo exercícios etc. Não há acostamento na maioria do trajeto. Já tivemos acidentes fatais lá (há até uma cruz lembrando uma vítima).
Alguns veículos transitam em excesso de velocidade.
O local é muito perigoso. Algo precisa ser feito.
Saúde mental
A saúde mental da população tem muito mais problemas do que no século 20. Globalização, redes sociais impondo padrões, pandemia, dificuldades financeiras, polarização política etc… Isto tudo gera intolerância, frustração, falta de empatia e desiquilíbrio em parte considerável da população.
E isso não é só um caso de segurança pública (justiça, prisões, policiamento). Também é caso de saúde pública, os governos (inclusive os municipais), tem que prevenir e tratar esses problemas.
Precisa Bragança investir mais na prevenção e no tratamento (contratando mais profissionais dessas áreas).
Juro que é verdade I
Certa vez fui ao shopping de Campinas e vi na vitrine de uma loja de calçados uma oferta…sapato de cromo alemão por 250 reais.
Não sou muito ligado em sapatos mas achei o modelo bonito, chamei a vendedora e perguntei: –TEM NÚMERO 43? Ela disse que sim e eu pedi para ir buscar dois.
O Guilherme, que estava comigo comentou: –NOSSA… ESTÁ PODENDO HEIN?
Eu falei que estava muito barato e eu embora usasse tênis, usaria com terno no trabalho e em festas.
Daí ele disse: –POXA… GASTAR 3 MIL REAIS ASSIM… ESTÁ PODENDO MESMO!
Daí eu olhei o cartaz da oferta e vi o número 6 x (pequeno) e 250 (grande). Constrangido, fui embora depressa sem esperar a vendedora voltar com os sapatos.
Juro que é verdade II
É MUITA MACONHA”
Eu e o Dr. Aguirre fomos candidatos em 1982. Éramos do MDB, contra o governo militar.
Estávamos em Vargem fazendo campanha e entramos numa casa. Televisor ligado… Maluf falando.
O dono da casa sabia que a gente era contra o Maluf, e para agradar disse: – Quanta besteira esse homem fala… É muita maconha.
Ficamos surpresos.
Aguirre comentou comigo: – Já ouvi tudo sobre o Maluf… mas maconheiro ele não é.
A história narrada por Marcus Valle aconteceu de fato. A pessoa com quem conversamos em Vargem se chamava “Mindo” e se tornou cabo eleitoral do Marcão e Nicola. Pena que o descobrimos faltando alguns dias para eleição. Soubéssemos dele antes e a votação de Nicola seria maior, podendo, eventualmente, cobrir a diferença de 70 e poucos votos a favor do amigo José de Lima. Maluf “maconheiro” era realmente demais.
*Marcus Valle é advogado, professor universitário e ex-vereador.
Contato: [email protected]
A Coluna do Marcus Valle é publicada todos os sábados. Para conferir as colunas anteriores basta clicar aqui.
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