Coluna do Marcus Valle e o desgaste da administração
Ataques aos que ousam criticar
Nas últimas semanas temos notado que alguns políticos, assessores ou jornalistas ligados à administração municipal do grupo Chedid, tem feito “ataques” a membros da oposição, ou a quem ouse fazer qualquer crítica sobre evidentes erros que são cometidos.
No que se refere a questão das obras (abandonadas ou atrasadas ou desnecessárias) no Lago do Orfeu, Taboão, Matadouro etc. eles investiram essa semana pela rádio FM e Jornal, contra mim (Marcus Valle), Basílio Zechin e Quique Brown.
Eu, que sequer tenho cargo público, fui alvo de um editorial de 1ª página de um jornal, me atacando por algo totalmente infundado e absurdo, que não tem qualquer relação com minhas atividades.
Sinal de desgaste
Parece que o desgaste da administração com a questão das 1) obras (atrasadas ou desnecessárias); 2) do horrível trânsito; 3) da política salarial com os servidores municipais; 4) do péssimo serviço dos transportes urbanos (ônibus); 5) do evidente desentrosamento e desentendimento entre secretarias, vereadores da situação que se digladiam; 6) da complicada situação da saúde agravada pela epidemia de dengue; 7) do atraso do material nas escolas; 8) da notória queda do índice de aprovação do governo após o falecimento do ex-prefeito Jesus, tudo isso desorientou e desestabilizou parte do grupo.
Nem a parte forte (festas, eventos, maquiagem da cidade, e propaganda) tem resolvido.
Quantos candidatos?
Pelos cálculos preliminares (número de partidos, etc.) acredita—se que teremos cerca de 300 candidatos a vereador para disputar as 19 vagas à Câmara Municipal.
Ônibus circulares: problema crônico
Mais reclamações de ônibus quebrado – linha 122 – Henedina Cortez – Santa Helena, terça-feira e segunda-feira.
Todos usuários chegaram atrasados (ou não chegaram) ao trabalho.
Isso tem acontecido direto em vários percursos, é um problema crônico. As ocorrências são muitas,
A Prefeitura anuncia “providencias”, mas a questão se torna cada vez pior.
Reclamações sobre som alto
A Av. Antônio Pires Pimentel é uma via que tem muitos estabelecimentos comerciais, mas também tem residências.
Recebemos reclamação que no número 396, há uma loja que mantém a música alta durante o dia, o que tem incomodado moradores.
Eles nos contam que várias vezes conversaram com as responsáveis, que prometem resolver a questão, (abaixam o som por vezes), mas depois, o som volta a ser ligado a uma altura elevada.
A lei de “poluição sonora” estabelece o número de decibéis que pode ser emitido e imitido. O ideal seria “o bom senso”, um acordo.
Mas, como o impasse permanece (até B.O. já foi feito), a Prefeitura deveria fazer uma aferição do som emitido, e resolver esse problema.
DIREITO
Uma pergunta que sempre me fazem é se O CLIENTE (normalmente) CONTA A VERDADE AO ADVOGADO, OU MENTE.
É evidente que o certo é contar a verdade, até porque se mentir ao médico, ao dentista, ao contador, ao psicólogo etc., e também ao ADVOGADO, poderá ter um diagnóstico, uma orientação, e um tratamento errado para seu caso.
Mas, na prática, parte dos clientes (não é a maioria) tem tendência a mentir, ou omitir fatos, ao advogado, por uma série de “razões”:
1- Alguns acham que se convencerem o advogado de que tem razão ou são inocentes, ele irá trabalhar melhor;
2 – Outros, por vergonha ou constrangimento (principalmente quando tem relação social com o profissional), escondem fatos ou os atenuam.
3- As vezes, os mais jovens contam uma história mentirosa de inocência aos pais e familiares, e tem medo que a família que escolheu o advogado, seja informada;
4- Há os que (são poucos) por negacionismo ou presunção, acreditam na mentira ou na versão que construíram.
As pessoas mais inexperientes e que nunca tiveram problemas com a Justiça, tem maior tendência a mentir ao próprio advogado.
Os advogados mais experientes alertam o cliente sobre o prejuízo que pode causar se ele mentir ou esconder algo… explicam que é a mesma coisa que, por exemplo, ir ao médico e esconder as dores que sofre, …o que levará o profissional a errar.
Com essa explicação do profissional, a maioria acaba por contar a verdade.
Em relação a mentiras à família, o advogado mais experiente convence o cliente a abrir o jogo, contar a verdade, pois senão ficará difícil ou impossível trabalhar no caso (pressão dos familiares fica insuportável, as vezes).
Saída temporária
Muita gente pergunta sobre essa questão de proibir a saída de presos que estão em regime semiaberto que foi votada pelo congresso.
É uma questão técnica. A grande maioria dos presos retornava ao presidio, cumpria as condições. Era uma forma de se relacionar com a família, de se buscar na teoria e na prática, uma reintegração à sociedade.
Uma minoria não se apresentava, e dentre esses, alguns cometiam crimes.
Isso gerou repercussão. “Cada caso é um caso”, e na verdade essa minoria absoluta, prejudicou a todos os outros.
Nos parecia mais correto tecnicamente, regulamentar ou limitar o número de saídas anuais, e monitorar os que tivessem um histórico criminal mais complicado.
Red Bull
O Red Bull Bragantino é um dos 8 melhores times do Brasil. Participa do Campeonato Brasileiro série A, Copa do Brasil e Sul-Americana. Isso, por si só, já é um grande destaque e atração para nosso município.
Mas o grande objetivo do clube é a formação e comercialização de atletas (o que não significa que não deseje obter títulos). Daí, devido a inexperiência e juventude da maioria do plantel, o time tem sido derrotado nas fases finais das competições.
Mas, é, repita-se, um dos 8 melhores do país, e a empresa escolheu um clube onde não haja grande pressão de torcida, a fim de ter tempo de moldar seus atletas. Não conseguiria isso num Corinthians, Palmeiras etc.
Juro que é verdade
Um importante integrante do Poder Judiciário me contou, que quando jovem foi delegado de polícia, e certa vez a Polícia Militar conduziu à delegacia um bêbado que havia discutido num bar.
Ele resolveu dar um corretivo no pinguço, deixando-o sentado no banco do corredor da Delegacia, até “sarar o fogo”.
Mas o cara, depois de meia hora foi até a porta da sala dele, botou a cara para dentro e perguntou se podia ir embora… o delegado disse: AINDA NÃO… ESPERA LÁ.
No espaço de uma hora, mais umas duas vezes, o pingueiro foi até a porta da sala e fez a mesma pergunta, obtendo a mesma resposta do delegado.
Passado mais um tempo, o bêbado voltou à porta da autoridade, mas dessa vez trazia uma cédula de dinheiro nas mãos. Estendeu o braço pela fresta da porta e disse: “É ISSO QUE VOCÊ QUER NÉ…?
Recebeu voz de prisão.
*Marcus Valle é advogado, professor universitário e ex-vereador.
Contato: [email protected]
A Coluna do Marcus Valle é publicada todos os sábados. Para conferir as colunas anteriores basta clicar aqui.
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