Coluna do Marcus Valle e os projetos aprovados “goela abaixo” em Bragança

Coluna do Marcus Valle e os projetos aprovados “goela abaixo” em Bragança

*Por Marcus Valle

 

Pergunta 

Na arena do Lago, haviam fechado trechos da pista de caminhada e da ciclovia, para futuras obras. Isso já havia sido feito por meses ano passado, e a “cobertura da arena” não foi realizada. 

Novamente anunciaram a obra, e fecharam o local, mas o reabriram novamente. 

A realização da cobertura foi suspensa? 

 Caso da janela do avião 

Foi muito simbólico um episódio de uma família que num avião, com intervenção de outra passageira, constrangeu (filmou e publicou nas redes sociais) uma moça que havia comprado uma passagem na janela da aeronave e se recusou a trocar de lugar. 

Mostra pessoas que acham que crianças têm direito a tudo, privilégios, e não podem ter frustrações, e nem receber um “não”. 

Isso abriu muitas discussões e comparações. 

Muitos professores se manifestaram dizendo que se sentem constrangidos como a moça do avião, são alvos de reclamações injustas de alguns, pais. 

É claro que “cada caso é um caso” e todas reclamações desde que relevantes, devem ser (após filtradas) apuradas. Mas esse episódio exemplar, mostra como se sentem muitos educadores (ou funcionários que trabalham com crianças e adolescentes). Ficam expostos a perda de autoridade nos locais de trabalho e salas de aula, e se sentem inseguros, e podem ser alvos de injustiças enormes. 

Por isso, repito, “cada caso é um caso”. Devem ser ouvidos, analisadas e filtradas as reclamações, antes de uma exposição pública (principalmente nas redes sociais). Denúncias equivocadas podem gerar serias consequências na justiça penal, civil, trabalhista e administrativa, sobre todos os envolvidos. 

Mortes no trânsito 

Mais mortes no transito em Bragança nesse mês de dezembro. Já são mais de 30 nas estradas estaduais e vias do município, só esse ano. Muitas (a maioria) por erros humanos, mas as condições das estradas, ruas e rotatórias colaboram para os eventos. 

Generalizações I 

Com a internet e a mídia em geral, temos visto noticiários constantes de crimes (corrupção, violência, assédios etc.) envolvendo médicos, advogados, magistrados, policiais, funcionários públicos, empresários, políticos etc.  

São casos escandalosos que ocorrem em várias atividades profissionais, que causam desgastes e injustas generalizações (e denuncismos) que maculam todos os profissionais. 

São, felizmente, exceções, já que a enorme maioria dos profissionais, são honestos e trabalham direito. 

Só para que os leitores tenham ideia temos 19 mil magistrados no país, mais de 1 milhão e 400 mil advogados, 520 mil médicos, 70 mil políticos eleitos (60 mil vereadores). 

Portanto, os muitos escândalos são um percentual mínimo sobre o total. 

 Generalizações II – Policia 

Ultimamente temos visto no noticiário, enormes escândalos e casos de violência envolvendo policiais no estado de São Paulo. 

A morte do empresário que delatou o PCC e corrupção na Polícia Civil, gerou enorme repercussão. 

Na Policia Militar tivemos episódios de um estudante de medicina morto friamente; um homem atirado de uma ponte; espancamento de uma mulher na porta de sua residência por um soldado; e mortes suspeitas em pretensos enfrentamentos no litoral. 

São casos chocantes, aparentemente injustificáveis e indefensáveis. Causam insegurança, medo e desconfiança. 

No entanto, devemos lembrar que temos no estado 21 mil policiais civis, e 80 mil policiais militares. 

Muitas vezes eles são atacados provocados, agredidos, desacatados e tem que agir rápido. Alguns extrapolam, agem desproporcionalmente, e inclusive são incentivados por parte da população a serem violentos (frases tipo “bandido bom é bandido morto”). 

Mas, “cada caso é um caso”, que tem que ser apurado, de acordo com a lei. 

O que não é certo é generalizar, e dizer que toda a polícia é violenta, e ou, corrupta e despreparada. 

Num universo de 100 mil profissionais, há os maus. 

Felizmente uma minoria; assim como todas as atividades profissionais. 

 Câmara aprova tudo 

Um péssimo costume dos prefeitos e políticos brasileiros é o de adotar medidas impopulares ou “jubutis” ou no final dos governos (após as eleições) ou no início do mandato (pois a população terá anos para esquecer. 

Foi o que muito aconteceu em Bragança, principalmente nas administrações do Grupo Chedid.  

Anos passados, época de Natal, aumentam salários e subsídios de vereadores, prefeitos e secretários. 

 Câmara aprova sem discutir 

Nesse ano, enfiaram “goela abaixo” da população, projetos que deveriam ser amplamente discutidos por serem impopulares, ou, no mínimo polêmicos: criação de taxa de iluminação pública, e possibilidade de alterar IPTU sem necessidade de lei. 

Obviamente os vereadores da situação (deveriam ser, da população) votaram todos a favor desses projetos (exceto o edil Marcolino que é independente). 

Os demais votos contra foram dos oposionistas: Quique, Miguel, Claudio Coxinha, e E. Simões. 

Triste… ter uma Câmara que se comporta como uma repartição da prefeitura, e não como um poder que deveria ser independente. 

 Juro que é verdade 

 Desde criança eu gosto de animais, e socorro bichos feridos, com fome ou em perigo. Mas dessas minhas ações, destaco três que foram inusitadas: 

  1.  Eu vinha de carro pela Avenida Lindoia quando vi um cara chicoteando um cavalo, que não suportando o peso da carroça, arriou. Parei o carro e falei para ele não fazer aquilo. Ele nem me respondeu e continuou a bater no cavalo. Irado…tomei o chicote da mão dele e se não fosse o Dr. Fábio Vilches me segurar, eu teria chicoteado o carroceiro. Considero que fui JUSTO, mas MEIO IMBECIL.

  2. Estava remando no Tanque do Moinho, quando notei que um pato selvagem (biguá) estava preso numa linhada de pesca. Com cuidado trouxe o pato para o barco e fui tirar o anzol do seu bico, que parecia uma serra. Consegui…mas tomei diversas bicadas, que deixaram minha mão sangrando em vários locais. Considero que fui EFICIENTE, mas MEIO IMBECIL.
  3. Estava nadando na piscina da casa de um amigo, quando notei uma mamangava (vespona preta que parece um besouro) se afogando. Coloquei as mãos em concha e a tirei fora da piscina. A água da mão escorreu e … ela me deu uma puta ferroada. Considero que fui IMBECIL, MAS… TOTALMENTE IMBECIL 

 

 

*Marcus Valle é advogado, professor universitário e ex-vereador. 

Contato: [email protected]

A Coluna do Marcus Valle é publicada todos os sábados. Para conferir as colunas anteriores basta clicar aqui.


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