Conheça a Mata Ciliar, associação que resgata animais silvestres em Bragança e região 

Conheça a Mata Ciliar, associação que resgata animais silvestres em Bragança e região 

Quem já precisou resgatar algum animal silvestre ferido em Bragança Paulista, certamente já ouviu o nome da Mata Ciliar, associação sem fins lucrativos com sede em Jundiaí, que é conhecida quase como um hospital para os animais não domésticos. É para lá que vão os tucanos, ouriços, gambás, entre outras espécies encontradas nas áreas urbanas da cidade. 

Os trabalhos da associação visam o equilíbrio do ecossistema: desde a preocupação com o solo, água, animais, até o bem-estar das pessoas. A ONG, que recebe o nome da vegetação que protege os rios, realiza diversos trabalhos, como por exemplo,  reflorestamento e educação ambiental.

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Entretanto, o trabalho mais reconhecido é o de resgate e reabilitação de animais silvestres. Para isso, a associação e a Prefeitura de Bragança Paulista firmaram há anos uma parceria que tem como um dos principais objetivos, amenizar a situação de espécies não domesticadas no município.  

“A gente fala que somos um hospital de guerra, porque a gente acaba recebendo os animais nas piores condições possíveis. São animais que foram atropelados, que sofreram algum ataque de cão ou de gato, animais que levaram choque, que levaram tiro ou caíram em laços de armadilhas, animais de tráfico. Aqueles que sobrevivem têm que passar por um processo de reabilitação para  que possam voltar à natureza, mas muitos deles têm sequelas que não permitem seu retorno: animais sem pata, sem asa, filhotes que chegaram muito pequenos”, explica Jorge Bellix, presidente da Mata Ciliar. 

AUMENTO DO APARECIMENTO DE ANIMAIS

Para ele, o crescente aumento do aparecimento desses animais em áreas públicas e privadas nos últimos anos, foi, sem dúvida, um fator decisivo para que os municípios passassem a olhar para a causa com mais seriedade. Para isso, é necessário um cuidado especial, não apenas na identificação das espécies, mas também na conservação ambiental, preservando o habitat natural dos animais silvestres. 

Entre as espécies que mais precisam de resgate estão as aves, principais alvos de caça e do tráfico de animais, mas elas não são as únicas a precisarem de reabilitação. Segundo Jorge, dependendo da época do ano, há uma incidência maior ou menor de determinadas espécies. 

 “O interessante é que você consegue, através desse trabalho, mais ou menos ver como é que funciona a natureza. Desde setembro, outubro, a gente vem aumentando a quantidade de filhotes de gambá que chegam. Tem épocas que chega uma quantidade enorme de filhotes de maritaca e tem épocas que vem chegando uma quantidade enorme de filhotes de veados ou de ouriços. Mas ao longo do ano você acaba recebendo de tudo. Nós já recebemos desde tamanduá, aí de Bragança, até lobo-guará”.


 ENCONTREI UM ANIMAL SILVESTRE, E AGORA?

 O primeiro passo para quem encontrar um animal silvestre em área urbana é bem óbvio: não mexer com ele. Por mais inofensivo que esse animal possa parecer, sempre há um risco, seja ele de um ferimento causado por mordidas, bicadas ou arranhaduras, e até mesmo de infecção por doenças. Depois, se constatar que o animal está ferido ou apresenta algum risco, o melhor a fazer é entrar em contato com a Secretaria do Meio Ambiente. 

 De acordo com Cláudio Zago, Chefe da Divisão de Bem-Estar Animal de Bragança Paulista, a grande maioria dos animais silvestres encontrados em área urbana estão, na verdade, fazendo uma transposição para outro território. Dessa forma, não há necessidade de resgate e o mais indicado é deixá-lo continuar seu caminho. O resgate é feito em duas situações: caso o animal esteja ferido, como por exemplo, vítimas de atropelamento, ou se ele se encontrar na classificação de “animal não ferido em local de difícil acesso”: aqueles que porventura acabaram entrando dentro das casas. Nesses casos, o Corpo de Bombeiros fará o resgate e depois esse animal será devolvido em segurança para a mata mais próxima de onde foi encontrado. 

 É importante ressaltar que não se deve tentar alimentar esses animais. Se ele estiver ferido ou com algum sinal de maus-tratos, é necessário deixar que os especialistas avaliem. 

“A alimentação é um fator de atração. Então esse animal que em determinado momento pode estar só fazendo uma passagem por ali, para ir de um território para outro, quando começa a encontrar alimentos, ele pode se estabelecer e aí criar um problema para aquela família, para aquela pessoa. Então, procurar não alimentar mesmo”, ressalta o presidente da associação. 

 O telefone da  Secretaria do Meio Ambiente de Bragança Paulista é o (11) 4034-6780. 

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