Corte de árvores gera críticas em Bragança Paulista

Corte de árvores gera críticas em Bragança Paulista

O corte de árvores realizado no cruzamento da Rua José Guilherme com a Rua Madre Paulina, ao lado do Jardim Público, tem gerado críticas da população nas mídias sociais, sobre a real necessidade da remoção completa das árvores.

Como não é de praxe na Prefeitura disponibilizar de forma online as autorizações de corte expedidas pelo órgão, que poderia dar maior transparência a estes processos, o tema se tornou uma polêmica nos últimos dias, principalmente pela falta de informações.

Em buscas destas informações, os vereadores Quique Brown e Cláudio Coxinha realizaram um Pedido de Informações à Prefeitura (PI n°88/2024) solicitando explicações detalhadas dos motivos que levaram ao corte destas diversas árvores e se a pasta do Meio Ambiente efetuou estudos para buscar soluções que não fossem a erradicação das árvores.

Caso tenha sido realizado, os vereadores pedem cópia destes estudos ou solicitam uma explicação do porque não foi realizado. Eles também pedem cópia do Processo Administrativo que deu origem a supressão das árvores e informações se esta remoção foi realizada por funcionários públicos municipais ou por empresa terceirizada.

NOTA OFICIAL 

Após grande repercussão negativa, a Secretaria de Comunicação da Prefeitura informou na tarde desta sexta-feira (1), que “a Secretaria do Meio Ambiente faz a análise de risco de árvores existentes” e esclarece ainda que “um conjunto de fatores motivou a tomada de decisão para a realização dos cortes, entre eles os diretamente relacionados à espécie exótica ali plantada, que tem por natureza porte avantajado e inadequado para plantio em canteiros estreitos e em taludes; raízes agressivas e que na condição de talude, estavam expostas, associada a espaço restrito, além da condição fitossanitárias atestadas pela engenheira agrônoma da Secretaria”.

Outro argumento apresentado foi o “histórico de sucessivas podas severas devido a fiação, que ocasionaram rebrotas que aumentaram o volume da copa e deixaram os galhos mais vulneráveis ao rompimento e queda”. De acordo com a Prefeitura “havia no local grande risco de queda com fortes ventos e chuvas, além do risco de vida para quem transitava pelo local”.

Conforme informado, um novo plantio ocorrerá no mesmo local. Serão colocadas espécies nativas e adequadas, garantindo a arborização do município e a segurança da população. Prazos para este plantio não foram divulgados.

ÁRVORE DA MORADA DAS PEDRAS 

Em dezembro de 2023, outro ponto que houve corte de árvore que gerou questionamentos foi na Morada das Pedras, escritório político do deputado estadual Edmir Chedid, na Rua José Raposo de Medeiros, no Jardim Nova Bragança.

Esta supressão também foi alvo de questionamento por parte do vereador Quique Brown, que recebeu cópia do Processo Administrativo da Prefeitura e o Parecer Técnico da Secretaria do Meio Ambiente.

Sobre a árvore da Morada das Pedras, a engenheira agrônoma Ana Carolina A. Santos Rubio, da Divisão de Desenvolvimento Urbano afirma em seu parecer que “por se tratar de exemplar exótico à fauna brasileira, recomendamos que a árvore seja suprimida de acordo com a Legislação Ambiental em vigência, não há previsão de compensação ambiental, entretanto, recomendamos que seja realizado o plantio de novo exemplar arbóreo de médio a grande porte de espécie nativa”.

A autorização de corte de exemplar arbóreo exótico isolado (Terminalia catappa) é assinada pela secretária municipal de Meio Ambiente Nádia Zacharczuk.

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