DIG liberta homem sequestrado no “golpe do Tinder”
Policiais civis da DIG – Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Bragança Paulista, do GARRA – Grupo Armado de Repressão a Roubos e Assaltos, do SAT – Serviço Aerotático Polícia Civil e do DOPE – Departamento de Operações Policiais Estratégicas – realizaram uma operação neste final de semana na Brasilândia, em São Paulo, para libertar um morador da Região Bragantina, vítima de sequestro.
A vítima é um homem de 46 anos, morador de Serra Negra, que caiu no golpe do aplicativo de relacionamentos. Esta prática aumentou exponencialmente nos últimos meses e tem feito centenas de vítimas, inclusive, com registro de mortes.
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COMO FUNCIONA O GOLPE?
Os criminosos utilizam perfis falsos no aplicativo para conseguirem marcar um encontro com a vítima. Ao chegar no local combinado, a vítima é rendida por uma quadrilha armada, sequestrada e levada para um cativeiro, para que faça transferências bancárias, principalmente via PIX.
BANDIDOS QUERIAM 100 MIL
No caso da Região Bragantina, os bandidos fizeram contato com a irmã da vítima por meio do WhatsApp e informaram sobre o sequestro. Como ela chegou a pensar que fosse o outro golpe de extorsão, no qual os criminosos pedem quantia em dinheiro mas não estão com a vítima, eles chegaram a fazer uma chamada de vídeo para mostrar que de fato estavam com o homem em seu poder. A vítima estava sentada em um colchão e ao seu lado os bandidos armados, com os rostos cobertos.
Inicialmente foi solicitado um resgate no valor de R$100.000,00 que após negociação passou a ser de R$50.000,00 e deveria ser pago por meio do PIX.
A Delegacia Seccional de Bragança Paulista foi acionada devido à gravidade dos fatos e iniciou a investigação, constatando que o carro do homem foi localizado abandonado no bairro da Brasilândia, na capital.
Por meio do trabalho de inteligência, a Polícia Civil conseguiu mapear a região aproximada do cativeiro e durante a operação na região, a vítima acabou sendo libertada.
O homem foi colocado na viatura da DIG e levado à Bragança Paulista, onde prestou depoimento e se reencontrou com seus familiares.
ORIENTAÇÕES DA POLÍCIA CIVIL
A Polícia Civil de São Paulo orienta os usuários de aplicativos de relacionamentos a certificar-se de quem realmente seu “crush” exista, antes de marcar um encontro.
Isto pode ser feito adicionando esta pessoa em outras redes sociais como Instagram e Facebook, por exemplo; pesquisando informações sobre o nome da pessoa na internet e efetuando chamadas de vídeo para confirmar a identidade da pessoa.
Com relação ao encontro, a polícia orienta que este ocorra em locais públicos, com grande circulação de pessoas como parques, shoppings, praças de alimentação, ou estabelecimentos seguros como restaurantes e lanchonetes.
Não é recomendado carona no primeiro encontro, seja para você oferecer ou receber a gentileza. A polícia também pede que quem marcar um encontro, sempre avise amigos ou familiares sobre o assunto, com hora, local e se possível localização em tempo real.
A Polícia Civil de São Paulo orienta ainda que nunca sejam fornecidos dados pessoais ou de familiares, como nome completo e endereço a estranhos. E que a população também tenha cuidado com o envio de fotos íntimas, pois isto pode ser utilizado para prática de crimes como extorsão.
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