Febre maculosa: Estado emite alerta e Bragança não tem casos
A Secretaria de Saúde do Governo do Estado de São Paulo emitiu um alerta nesta semana, com relação ao aumento de casos de Febre Maculosa. A região de Campinas, localizada a cerca de 80 km de Bragança Paulista, vive um surto da doença com 4 óbitos confirmados. Jundiaí tem 7 casos suspeitos.
De acordo com as autoridades sanitárias, pessoas que estiveram na Fazenda Santa Margarida, em Campinas, no período de 27 de maio a 11 de junho e apresentarem febre e dor pelo corpo, dor cabeça ou manchas avermelhadas pelo corpo, devem procurar atendimento médico imediatamente e informar que esteve na região.
[exactmetrics_popular_posts_inline]
O Estado de São Paulo registrou 12 casos confirmados da doença até o momento em 2023. Já a Secretaria de Saúde de Bragança informou que o município não tem registro de casos confirmados e óbitos pela doença desde o início da atual gestão, em 2017. Não foi informado sobre casos suspeitos. A pasta realiza ações educativas desde 2019 pelos agentes de controle de endemias com entrega de folders na área rural da cidade. As ações acontecem terça e quinta-feira no período da manhã.
E AS CAPIVARAS?
As capivaras podem ser hospedeiras do carrapato-estrela. Mesmo sem casos confirmados, o Em Pauta questionou a Secretaria de Meio Ambiente de Bragança, como o órgão está monitorando as famílias de capivaras residentes em áreas urbanas de Bragança Paulista e se a Prefeitura pretende realizar remoção das mesmas nas áreas públicas, como Lago do Taboão, Lago dos Padres, Lago do Tanque do Moinho e ainda se tem dialogado com condomínios particulares, também neste sentido. Até o momento não tivemos retorno.
A DOENÇA
A Febre Maculosa, também conhecida como doença do carrapato, é uma infecção febril de gravidade variável, com elevada taxa de letalidade. Causada por uma bactéria do gênero Rickettsia é transmitida pela picada do carrapato. Entre junho e novembro, a infestação ambiental por ninfas de carrapato estrela é alta (o ciclo de vida do carrapato inclui as seguintes fases: ovo – larva – ninfa e adulto).
As regiões com maior frequência de casos são as de Campinas, Piracicaba, Assis e Sorocaba. O período de incubação da Febre Maculosa é de 2 a 14 dias. Portanto, é importante considerar exposições ocorridas nos últimos 15 dias antecedentes ao início de sintomas.
“Ao se aventurar em regiões de mata e cachoeira, é importante estar ciente que estamos no período de reprodução do carrapato estrela, ocorrendo o risco de transmissão da Febre Maculosa através de sua picada. Caso em até 15 dias após este deslocamento, você apresente sintomas deve procurar atendimento médico o mais rápido possível”, afirma Tatiana Lang, Diretora do Centro de Vigilância Epidemiológica do Estado de São Paulo.
Embora a Febre Maculosa seja grave e com alta letalidade, é possível reduzir significativamente o risco de contrair a doença. Verificar com frequência se há algum carrapato preso ao seu corpo, usar roupas claras com manga longa, calça comprida e calçado fechado são algumas medidas efetivas para a proteção contra o carrapato transmissor.
Receba notícias no seu celular pelo WhatsApp do Jornal Em Pauta ou Telegram
Siga o Bragança Em Pauta no Instagram e no Twitter