Morto em ação da GCM era procurado por disparar 7 tiros contra residência de guarda
Ailton Luan Toledo Santos, de 24 anos, mais conhecido como “Luan/Irmão Zangado”, morreu na tarde de quarta-feira, 23, após resistir à uma ação da Guarda Civil Municipal (GCM). Contra ele havia pelo menos 4 mandados de prisão, entre eles uma por tentativa de homicídio. Luan era acusado de no dia 22 de abril ter disparado 7 tiros contra a casa de um guarda civil municipal.
O guarda que não participava da ação da GCM desta quarta-feira, 23, na época, aliás, chegou a ter que mudar de residência por causa das ameaças à sua família.
Acusado de tentativa de homicídio
Os tiros contra a casa do guarda aconteceram horas depois de um jovem de 16 anos, ser morto em uma ação da Polícia Militar. Na época, a PM contou com reforço inclusive do Batalhão de Ações Especiais (BAEP), de Campinas. O patrulhamento foi intensificado no bairro durante dias, porém, Luan não foi preso.
Durante a ação foram apreendidos 167 pinos de cocaína, 4 porções de maconha e 63 pedras de crack, além de balança de precisão, rádio comunicador e celulares.
No dia 4 de maio de 2018, a Polícia Civil realizou uma operação para tentar prendê-lo. Mas foi em vão. Durante a operação os policiais estiveram em bairros como, por exemplo, Cruzeiro, Parque Brasil, Henedina Cortez e Popó, locais onde ele costumava ficar, mas ele não foi detido.
A ação que culminou com a morte de Luan
Na tarde de quarta-feira, 23, no entanto, Luan não conseguiu fugir. Ligeiro, ele ainda pulou de uma casa para outra e invadiu uma residência, se escondendo dentro de um armário. Não teve tempo, porém, de disparar, antes do guarda civil municipal que agiu rapidamente quando Luan sacou um revólver.
Outros dois rapazes que estavam com Luan e também tentaram fugir foram presos. Um deles era menor de idade. Com o maior, de acordo com o registrado no Plantão Central da Polícia Civil, foram apreendidas 140 pedras de crack. Já com o menor havia 108 pedras.
O Bragança Em Pauta, conversou com o delegado Felipe Pellatieri Beluzzo Gonçalves, sobre a ocorrência. O caso teve registro como tráfico de drogas e morte por intervenção policial. A arma que Luan usava foi apreendida assim como as drogas encontrada com ele e com os outros dois acusados.
Nenhum policial ficou ferido na ação.
Acusado de homicídio
Além de ameaçar e atirar contra a casa do guarda Luan também era acusado de homicídio.
Ele é apontado como autor do assassinato de Camila Romão, de 36 anos, na madrugada do dia 13 de janeiro de 2018. O crime aconteceu em um bar na Rua João Franco.
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A Delegacia de Investigações Gerais (DIG) investigou o caso e chegou a conclusão que ele cometeu o assassinato. É por isto, que contra ele também havia aliás, um mandado de prisão por homicídio.
Acusado de tráfico
O jovem morto em ação da GCM, era procurado também por tráfico de drogas. Em fevereiro quando investigava o homicídio, a Polícia Civil chegou a fazer uma busca no Parque dos Estados. Na época chegaram a apreender na residência 9 kg de maconha e R$ 3.690,00 em dinheiro trocado.
Luan é apontado como chefe do tráfico em Bragança Paulista. Ele seria aliado a uma facção criminosa, onde de acordo com o apurado era tratado como Irmão Zangado. Além de atirar contra a casa do guarda, Luan/Irmão Zangado também teria feito ameaças à policiais militares.